- Estou. - ele cheirou o pescoço. O bebé começou a chorar. - o dever de uma mãe. Amor vai me desculpar mas os médicos disseram para eu ficar em repouso então... - foi levar o bebé. - ou você contrata agora mesmo um grupo de trabalhadores fixos, ou você vai limpar. - saiu da cozinha.

- Mandona .

- Eu ouvi isso. - gritou da escada.

- Chata. - gritou depois sorriu. - Alô Charles, preciso que me encontres um grupo de trabalhadores para essa mansão.

- Tudo bem, daqui a uma hora te direi algo.

Victoria foi para quarto de visitas encontrou a sua mãe sentada olhando para bela vista que tinha na varanda.

- Linda vista não é mesmo? - Perguntou se aproximando.

- É muito bonita. Filha - virou. - Você não deveria estar repousando na cama? - Perguntou sorrindo.

- Deveria mas, vim ver a minha mãe. - A expressão na cara da mãe era engraçada para Victoria. - o que é?

-  Nada minha filha, é que estou a me recordar, quando você era criança, era difícil notar se você estava doente ou não - sorriu - mesmo doente você sorria e andava de um lado para outro, até dançava, só ficavas quieta quando estavas muito fraca. - Victoria sorriu. - E é isso que eu admiro em você minha flor. Mas agora vai para caminha amor, você precisa repousar. - falou a levantando.

Victoria foi para quarto, caminhou até o berço do bebé e ficou o apreciando.

Tudo estava tão bonito, num instante ela fechou os olhos e deu um playback geral da sua vida, agora ela se sentia completa, ela tinha um ótimo marido e um filho lindo.

Ela tinha a sua família ainda mais unida e o seu marido na posição do pai babão.

Tinha amigos incríveis e havia recuperado uma bela, antiga e longa amizade, que se não fosse por ele e pelo destino de Deus em lhe colocar sempre por perto não saberia como estaria nesse momento.

Mas sentia que alguma coisa não estava certa, e que aparentemente o seu filho não teria um membro da família por perto, a sua avó paterna.

E era isso que ela iria resolver.

- Vida, Charles me ligou e disse que tem uma família que precisa de trabalho, eu pensei que talvez seria bom, porque será fácil, assim não precisamos fazer muita audiência para contratar pessoas diferentes. - David falou todo empolgado entrando no quarto. Victoria estava em silêncio, com os pensamentos muito longe. - amor. Vicky.

- Ham - resmungou o olhando.

- Será que ouviu alguma coisa de que te falei?

- Perdão meu amor, é que tenho uma preocupação.

- Você sabe que pode me dizer tudo não é? Me diz amor.

- Não é nada demais, esquece amor, podes dizer?

- O que você acha de vir uma família de trabalhadores aqui em casa?

- Ótima ideia amor, pode chamar eles, eu vou avaliar todos eles.

- Mas eu quero saber porquê toda essa distração?

- Tem algo que não se encaixa amor. Nosso filho não tem nada com essa vossa briga de mãe e filho.

- Já falamos sobre isso. E não vamos voltar a conversar.

- Eu estou a falar sério, deixa de ser egoísta e pensa. Acha que será bom para seu filho ficar sem a sua avó paterna? O que será dele? E se ele quiser saber a causa dele não manter contacto com ela?

- Amor isso não é de se preocupar, eu mesmo posso lhe ensinar a não depender muito das pessoas.

- Você vai lhe ensinar a ser um egoísta, a arrogância não é algo bom. Ele perderá muita gente com isso que você como pai dele vai ensinar.

- E o que você quer que eu faça? - perguntou ele com aquele ar arrogante.

"Ah não... Voltou aquela arrogância."

- Eu pensei que você já tivesse cortado esse hábito. - falou ela o olhando nos olhos, que o deixou fraco com aquele olhar triste e sereno. - Quando você se acalmar vem falar comigo. - ela virou para outro lado dando costas para ele na cama.

- Ah, Vicky... Desculpa.

O silêncio soou por uns minutos. O quarto estava calmo, frio e como se estivesse vazio. Victoria de costas para ele, com os seus lindos olhos castanhos fechados. David levantou da cama e foi analisar o bebé, que dormia serenamente, provavelmente sonhando com uns anjinhos.

Já eram duas horas da madrugada e David não conseguia dormir, as palavras da sua esposa estavam na sua cabeça como um bloco de notas. Victoria finalmente pegou no sono.

Despertou quando sentiu braços fortes a apertando na cintura, sentiu David a encostando, afastou um pouco para trás colando os seus corpos completamente, deixando o frio do quarto não existir naquela cama. Ele abraçava ela carinhosamente, era o seu jeito mais óbvio de pedir desculpas. Ela sentia que o frio já sumiu e que os dois colados permaneciam quentes.

Acordaram com o som do bebé chorando, Victoria levantou e não sabia o que fazer, e a cada choro do seu filho o coração ficava em pedaços. Foi para quarto que a sua mãe se encontrava e bateu a porta.

A mãe com cara de sono abriu a porta.

- Desculpa mãe é que eu não sei o que fazer.

- Não tem problema filha, hoje mesmo eu te ensino tudo, você já amamentou o seu filho? - ela recusou. - ai ai minha filha, senta aqui. Eu vou te ensinar. - ela ouvia atentamente os conselhos da sua mãe enquanto amamentava o seu filho.

- Você e o David brigaram ontem. - Victoria abanou a cabeça positivamente. - Minha filha não precisa me contar a razão, se não quiser. Mas tem algo que eu possa ajudar? Eu estou aqui para isso.

- É que ele não tem uma boa relação com a mãe então, ele recusou a entrada dela para ver ou ficar com nosso filho e...

- Você não gostou. Você quer que o vosso filho tenha acompanhamento de todos os avós não é mesmo?

- E isso mesmo.

- Mas vocês devem chegar a um consenso, vocês são como uma dupla, são casados e têm um lindo filho juntos. Então vocês precisam conversar com calma e chegar a um acordo.

- Obrigada mãe. - deu um beijo. - Podes ficar com o bebé? - Entregou.

- Vai lá minha querida.

Victoria caminhou até o quarto e parou na porta, ouviu que David estava numa chamada com alguém, preferiu se manter em silêncio e ouvir.

- Sim, hoje mesmo estarei aí. Vamos nos encontrar... No mesmo restaurante de sempre... Tudo bem... Tchau. - olhou para ela que já estava na porta.

- Com quem você estava falando? - Victoria perguntou com os braços cruzados.

A Mascarada : O Disfarce Em LondresМесто, где живут истории. Откройте их для себя