4 · price of fame.

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22 de março de 2014
Los Angeles

justin bieber pov.

Eu me sentia fraco, extramente cansado. Desde a festa que dei na semana passada eu havia ido todos os dias àquela boate. Minha intenção era encontrar Flame. Saber como ela estava depois do que rolou, sei lá, eu queria poder ajudar de algum jeito.

Mas ela não havia comparecido. Em nenhum dia.

Mark disse que ela pediu mais alguns dias de folga para resolver problemas pessoais, e ele já está estranhando o porque de eu perguntar sobre ela toda vez que eu vou lá. Afinal, por que eu me interessaria tanto por uma dançarina? "Eu sou Justin Bieber!"

Foda-se isso, grande merda.

- No que você tanto pensa, querido? - Martha apareceu ao meu lado, puxando-me daquele transe, de volta para minha realidade. Respirei fundo e bati com a mão no sofá ao meu lado, indicando que ela sentasse ali, e assim fez.

- Você lembra daquela garota que eu te falei na semana passada? Da boate. - Ela assentiu e torceu a boca, provavelmente lembrando do que havia acontecido com a mesma. - Acho que estou preocupado com ela. Incomodado com tudo que rolou, sabe? É complicado. - Bufei, me escorando nas costas do sofá. Martha estendeu a sua mão até meu rosto, acariciando minha bochecha brevemente.

- Você é um bom garoto, Justin. Por mais que esteja envolvido com coisas erradas. - Ela suspirou. - E pessoas erradas. - Sua expressão facial mudou, mas ela tentava passar tranquilidade. - Mas você continua sendo uma ótima pessoa. Por isso você se preocupa. O que aconteceu com aquela garota e o seu amigo foi terrível, Justin, terrível. Mas você não é como ele. Talvez você sinta que tem uma parcela de culpa, mas não tem. E tenho certeza que hora ou outra você vai conseguir encontrá-la e poderão conversar, provavelmente isso ajudará você a se sentir melhor. - Ela me encarou e abriu um sorriso meigo, em uma tentativa falha de me confortar. Balancei a cabeça negativamente e soltei um riso fraco.

- É tudo muito mais difícil do que parece, Martha. - Peguei meu telefone no bolso, abrindo na matéria que foi postada alguns dias atrás, suspirando ao ler aquilo novamente. Estendi meu telefone para Martha para que ela pudesse ler.

"Prostituta é agredida por amigo de Justin Bieber na noite do dia 15 de março, na boate Sky. Durante a festa do cantor."

- Várias e várias notícias como essa, a maioria insinuando que eu apoiei o que aconteceu, já que não me pronunciei sobre. E se eu me pronunciar, vão interpretar errado, ou vão falar que só estou tentando limpar minha barra. - A encarei sentindo meu corpo ferver, era inexplicável como aquilo me atingia.

- Eles não te conhecem de verdade, Justin. Querem te queimar a todo custo. - Ela exclamou também furiosa com a matéria, largando o celular no sofá em seguida.

- É sempre a mesma coisa. Alguém próximo a mim faz algo errado e consequentemente eu estou compactuando com aquilo. E obviamente eu sou muito pior do que quem fez, porque o famoso sou eu. Porque a má influência sou eu. Tudo cai sobre mim, tudo é distorcido simplesmente para acabarem comigo, Martha. Eu me importei e ainda me importo com a garota, ajudei ela e quero ajudar mais, se possível. - Respirei fundo, sentindo um nó se formar na minha garganta. - Eu só queria que as pessoas soubessem que eu não sou completamente mau.

- E no momento você queria principalmente que essa garota visse isso, não é? - Engoli a seco, levantando do sofá. Dei um beijo na testa de Martha e comecei a andar até as escadas, querendo encerrar aquela conversa. - Eu acho que ela sabe, Justin. E se ela não souber, sei que vai mostrar a ela.

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