Regra N°1: seja sem vergonha

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Não esquece de deixar a estrelinha pra eu saber se você gostou, ok? Boa leitura!

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— Preciso da sua ajuda.

Em resposta à minha declaração repentina e, devo admitir, mal pensada, Jimin – que está deitado sobre o colchão de sua cama, surpreendentemente quieto e comportado – levanta o olhar do livro que lê e me encara, erguendo apenas uma das sobrancelhas, que já reparei serem estupidamente bem feitas.

— Falou comigo? — pergunta, então, apontando o dedo indicador na própria direção.

A surpresa presente no tom de voz que ele usa soa tão forçada que me faz revirar os olhos em impaciência, antes de mirá-lo com um ar entediado.

— Tem mais alguém nesse quarto, seu sonso?

Para minha completa irritação, tudo o que ele faz é dar de ombros, voltando a atenção ao que antes fazia, ao mesmo tempo em que diz: — Sei lá, você 'tá sempre falando sozinho, não seria novidade.

E eu juro, juro mesmo, que tento evitar, mas meu revirar de olhos vem antes que eu possa sequer controlar.

Porque, bem, eu faço tanto isso quando estou na presença do ruivo-sem-noção que meu corpo já deve ter se acostumado com a ação e nem espera uma confirmação para realizá-la.

Acontece que Park e eu nunca fomos amigos. Sério, a possibilidade nunca chegou a ser cogitada desde a primeira vez que nos esbarramos. E parece até loucura, mas foi exatamente isso que aconteceu: nós nos esbarramos. Ombro com ombro, num dia de recepção de calouros da faculdade, depois que uma garota passou correndo ao meu lado e acabou me empurrando para o oposto que, em uma infeliz coincidência, era o de Jimin.

E olha... Se nessa vida estamos fadados ao acaso, eu digo com tranquilidade que esse foi o pior deles.

Bastou um colidir, um olhar e um sorrir desgraçado para que eu soubesse o que, pouco tempo depois, tornaria-se realidade: aquele ruivo seria a maior causa do colapso completo do que restava do meu juízo. O pior é que nem seria por uma boa razão – Se é que existe razão boa para se enlouquecer.

Contanto, ainda que eu tivesse essa certeza bem clara para mim, nunca pensei que nossas vidas fossem se cruzar tão literalmente assim. Digo, quando eu iria imaginar que, por alguma brincadeira sem graça do universo, eu teria de compartilhar meu cotidiano com Park Jimin?

Tipo, por quê? Existem milhares de pessoas estudando nessa universidade, então, por que logo ele, meu Deus? Era alguma variável de castigo? Algum karma da vida passada que não foi pago dentro do prazo e precisou ser estendido para o agora?

Sinceramente, eu não entendia.

— Ei, ei, ei, vai com calma, gatinho – Foi exatamente essa a primeira frase que escutei sair por aqueles lábios absurdamente carnudos, ao mesmo tempo em que as mãos pequenas tocaram minha cintura a fim de impedir que uma queda colossal acontecesse e me fizesse passar vergonha logo no primeiro dia.

JOGO DA CONQUISTA • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora