19° Capítulo - Gasoline

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Você é louco como eu? Esteve sofrendo como eu?
Comprou um champanhe de cem dólares como eu
Só para despejar o filho da puta pelo ralo como eu?
Você usaria sua conta de água para secar a mancha como eu?

Você está chapado o bastante sem a Mary Jane como eu?
Você se detona todo para se entreter como eu?
As pessoas sussurram sobre você no trem como eu
Dizendo que você não deveria desperdiçar seu rosto bonito como eu?

E todos dizem
Você não pode acordar, isso não é um sonho
Você é parte de uma máquina, você não é um ser humano
Com seu rosto todo maquiado, vivendo em uma tela
Com a autoestima baixa, então você funciona com gasolina

Oh ooh oh ooh oh oh
Acho que há uma falha no meu código
Oh ooh oh ooh oh oh
Essas vozes não me deixarão sozinha

Bom, meu coração é de ouro e minhas mãos são frias

Gasoline - Halsey

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Naquela noite depois da ajuda de Yan, Halya conseguiu dormir mesmo ainda pensando no homem em que tirou a vida. Ao contrário de Megalos que não parava de ser mexer na cama, mas não por consciência pesada, essa coisa de tirar vidas ele já estava acostumado, oquê lhe atormentava era o passado.

Ainda adormecido, Megalos se mexia e gritava na cama fazendo que Halya acordasse assustada e sem saber oque fazer com o rapaz que gritava " fique longe dele " repetidamente. Ela o abraça forte tentando acalmá-lo e transmitir confiança, fazendo com que ele abra os olhos, confuso.

—Está tudo bem, eu estou aqui... - ela diz tentando acalmar o rapaz que com o tempo desacelera a respiração.

—O que aconteceu? Você tá bem? Eu fiz alguma coisa com você? - ele pergunta a olhando.

—Você não fez nada, está tudo bem. Mas, você está?

—Estou ótimo. - diz como se nada tivesse acontecido e se levanta da cama indo ao banheiro.

Megalos lava seu rosto e volta pra o quarto levando seu olhar para Halya que estava sentada na cama o olhando preocupada, ele apenas voltou pra cama e se deitou novamente ficando de costas para a menina, não queria contar esses tipos de coisas pra ninguém.

—Sabe que pode me contar sobre tudo, não é? - ela diz e ele não a responde, fazendo a moça respirar fundo, ainda preocupada. - Sabe, talvez você já saiba não esteja interessado em saber... Quando minha mãe morreu vim para a Londres porquê meu padrasto estava atrás de mim, ele tentou me abusar quando eu tinha 15 anos, eu contei pra minha mãe e ela disse que era pra eu esquecer isso e não contar a ninguém porque ela estava feliz por ter seguido em frente depois da morte do meu pai e eu apenas concordei e tive pesadelos desde então, com medo dele entrar no meu quarto e algo acontecer, sempre acordava no meio da noite com medo disso. Quando minha mãe morreu ele disse que finalmente ia poder se vingar, que me machucando iria conseguir machucar outra pessoa, nunca entendi oque ele quis dizer com isso mas ele começou a me perseguir então vim pra cá. - ela diz com um suspiro no final e Yan se vira para ela e procura em seu rosto alguma lágrima e nada, só havia um vazio em seus olhos.

—Por que você nunca chora? - ele pergunta a encarando.

—Hum? - ela o olha confusa.

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