Capítulo 1 - Verdades Ditas

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Meninas, eu estava ansiosa para esse momento chegar! Como vimos ontem, a história de Tiago e Marina é marcada por uma frase: "O amor é uma história de dor contada do começo"  e hoje vamos começar a nossa história da primeira parte dessa frase, do amor. 

Eu mal podia esperar para viver essa aventura com vocês!

VAMOS COMEÇAR!!! COMENTEM TUDO!!!

P   A   R   T   E   -   I

O Amor


Gostaria de ter uma super-história para contar sobre nós, mas não tenho.

Eu e Marina éramos coleguinhas desde a pré-escola, estudamos juntos por anos e em certo ponto, tanto nossos pais quanto as professoras já sabiam que éramos a dupla certa, tanto para os trabalhos quanto para as danças das festinhas.

Marina era legal, eu era legal, duas crianças normais.

Quando fomos para o sexto ano, mudamos de uma escola na qual tínhamos "amiguinhos de infância" para uma na qual éramos os "alunos novos".

Se sentir deslocado não era difícil para mim, eu nunca fui uma "pessoa de pessoas", mas Marina sentiu um impacto maior: pessoas mais velhas, grupos fechados há anos, meninos competindo para ser o melhor no futebol e meninas competindo pela atenção dos meninos... Logo percebemos que seria como a pré-escola novamente, eu e Marina sentando perto e emprestando material um para o outro; a única diferença era que naquele momento também estávamos aprendendo a passar cola.

Todos os dias  ficávamos juntos no intervalo, eu levava o lanche e ela a bebida ou vice-versa

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Todos os dias  ficávamos juntos no intervalo, eu levava o lanche e ela a bebida ou vice-versa. Fazíamos trabalhos em dupla e voltávamos para casa juntos. Marina morava duas ruas antes da minha, descíamos no mesmo ponto de ônibus e de segunda a quinta eu a levava em casa. Às sextas, ia direto para a minha casa. Sexta era o dia "dos outros amigos", no caso de Marina, a menina que ela quisesse convidar para passar a tarde com ela, no meu Alex, um amigo da época do primeiro segmento do fundamental.

Nossa dinâmica foi essa, ano após ano, até que no nono ano eu e Marina fomos separados de turma. Era uma merda saber que perderíamos o contato que tínhamos desde a  pré-escola , era pior ainda saber que eu precisaria encontrar outra dupla, mas pensei que seria legal fazer novas amizades. 

Querendo ou não, minha proximidade com Marina nos afastava das outras pessoas. Nós éramos um grude e, num período que os outros meninos da nossa idade andavam na linha "as garotas são todas chatas", nossa relação não agradava a muitos. No entanto, esse meu pensamento durou pouco, percebi que para Marina a separação das turmas não foi nada boa e no meio do intervalo ouviu-se uma confusão vindo da secretaria. Ela tinha ido tirar satisfações com a direção da escola sobre "Qual direito eles tinham de nos separar assim?". Confesso que morri de vergonha e também morri de rir com a inocência dela, mas o máximo que Marina conseguiu foi pegar três dias de suspensão e uma advertência. 

O amor de MarinaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora