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•Melissa•

    Me despeço das meninas e entro na sala, onde quase todos já se encontram presentes. Ando em direção à uma das únicas mesas vazias e quando me sento, Bruna aparece na minha frente.

    —Esse lugar é meu—Diz ela, mandona—Eu quero sentar perto do meu namorado, então me faça o favor e levanta daí—Ela termina apontando para a mesa ao lado, e só então percebo Lucas ali. Quando volto meu olhar para a loira à minha frente, resolvo botar lenha na fogueira. Lucas está merecendo algo do tipo para aprender a não ser escroto.

    —Quando você diz seu namorado, você quer dizer o Lucas?—Digo, já com o meu sorriso debochado no rosto. O moreno, que percebe que estamos falando dele, logo se vira para acompanhar.

    —E quem mais seria?—Ela fala com uma cara de quem não estava entendendo nada.

    —Acho que você devia perguntar a ele sobre isso, pois pelo visto, ele não sabe que vocês estão namorando—Digo, e aos poucos vejo ela assumir um tom avermelhado no rosto com raiva.

    —Escuta aqui...—Ela diz aumentando seu tom de voz, mas logo o professor entra na sala e eu me viro para ela com o braço mantendo distância.

    —Sem tempo—Digo apenas, ao tempo de ver sua mão voando em direção a minha cara, mas sou mais rápida e a agarro no ar.

    Ela logo tenta se soltar, mas uma garota entra no meio na intenção de fazê-la parar e recebe um tapa no meu lugar.

    —Parem já!—O professor grita, indignado com o acontecimento—As três, para a diretoria.

***

    Enquanto esperávamos a diretora, Bruna andava de um lado para o outro, e eu e a garota que levou o tapa a observávamos sentadas.

    —Olha Bruna, se você não quiser abrir um buraco no chão, aconselho você a sentar—Falo, não aguentando mais vê-la andar.

    Na hora que a mesma ia me responder, a diretora entra na sala.

    —Muito bem. Me expliquem o que houve—Diz ela direta. Bruna, sem perder tempo, tenta se explicar.

    —Diretora, ela que começou. Essa puta chegou agora no colégio e já está querendo o meu namorado...—Ela começa, mas a diretora logo a interrompe.

    —Bruna, pare! Não me importa quem começou ou qual o motivo, cresça! E você sabe que eu não tolero palavrões, então se contenha. Eu quero saber o que aconteceu que fez o professor das senhoritas me tirar de uma reunião importante para resolver.

    —Se me permite...—Digo calma, pedindo permissão para falar, ela balança a cabeça positivamente e eu explico o acontecido para a mesma. A cada palavra que falava, a loira odonto do meu lado me fulminava com o olhar.

    —Lara, a história é verídica?—A diretora pergunta à menina, que até então, não havia pronunciado uma só palavra.

    —Sim diretora...—Ela diz de cabeça baixa.

    —Pois então, como as três devem aprender a conviver juntas, irão limpar o refeitório hoje—Ela diz e a olhamos indignadas—Sem reclamações, se não as ponho para limpar o banheiro. Dispensadas—Ela fala e nós saímos da sala.

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