Capítulo Único

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FIC SIYOON ONE SHOT -A PRINCESA E A SAMURAI

- Só mais uma história mamãe ! - Diziam os gêmeos Lily e Bryan agitados dentro da cabaninha.

- Tá certo. - Disse Joalin enquanto abria o livro de coletâneas de histórias no terceiro capítulo  - Essa história é a minha preferida. Acho que vocês também vão gostar.


History on

Karlsruhen, Alemanha 
Sec XIX
Em um reino muito distante da Alemanha, o rei a rainha Deinert sonhavam em ter uma criança, e possuíam um desejo especial de que fosse uma menina. Após longos anos de tentativa, falha e muito sofrimento para o casal, desistiram. Até que, um belo dia, ao caminhar pelos riachos que cruzavam a parte de trás do reino, a rainha Deinert recebeu uma mensagem de uma rã que jazia no leito do riacho. Ela dizia "Não se desanime. Sua criança logo será concebida, nascerá daqui a um ano. E será uma menina." O rei Deinert também ficou radiante com a notícia e resolveram organizar uma festa de boas vindas.
No reino, possuíam exatamente treze fadas, as quais certamente o casal gostaria de receber a presença para que trouxessem bons presentes e boas energias à sua filha. 
Todavia, só possuíam doze pratos de ouro para dispor no jantar, de modo que resolveram convidar somente doze das treze fadas. Ao chegarem, cada uma doou um presente diferente à garotinha. 
"Será a mais bela moça do reino" desejou a primeira, debruçando-se sobre o berço;
"E a de caráter mais justo" acrescentou a segunda;
"Terá riquezas a perder de vista" proclamou a terceira;
"Ninguém terá o coração mais caridoso" afirmou a quarta;
"A sua inteligência brilhará como um sol" disse a quinta;
Assim que onze das fadas haviam feito seu desejo em relação à ela, uma nova fada, a décima terceira fada que estava furiosa por ter sido a excluída entre todas as fadas apareceu e interrompeu o momento. Ela lançou um olhar mortal para a bebê, que dormia tranquilamente em seu berço e disse "Quando a garota fizer 15 anos, espetará seu dedo no fuso de uma roca de fiar e morrerá."   
A décima segunda fada, que ainda não havia feito seu desejo, viu ali uma oportunidade de salvar a vida da princesa. Ela então, desejou que a garota não morresse, mas sim dormisse por cem anos, até que o amor verdadeiro a encontrasse e lhe desse um beijo sincero. 
Diante de tal atemorizadora situação, o rei tomou a providência de proibir todo e qualquer contato de instrumentos pontiagudos pelo castelo, de forma que nenhum dos empregados podia mais costurar. O tempo passou e a princesa Sina mostrou ter se tornado de acordo com os presentes que as fadas haviam lhe concedido. Era bela, gentil, inteligente, rica em carisma e todos no reinos a amavam. 
No dia em que Sina completou 15 anos, os pais estavam ausentes, numa partida de caça. A princesa, aborrecida por estar sozinha começou a andar pelos múltiplos cômodos do castelo, encontrou, no último andar de umas torres do castelo, uma salinha que nunca havia conhecido. Se deparou com uma senhorinha realizando uma atividade que até então nunca havia visto ninguém fazer, fiar. Com um ar de curiosidade, Sina foi até o instrumento pontiagudo com o qual a senhora estava fiando e espetou seu dedo no fuso. Sentiu um grande sono, caiu desmaiada ali mesmo.
Foi naquele mesmo momento que todo o reino caiu em um sono profundo também. Todos os funcionários do palácio, os animais do reino, assim como os pais de Sina haviam adormecido. Até mesmo o fogo das lareiras se apagou, causando um grande silêncio. 
O mato e as flores cresceram de forma grandiosa, de maneira que encobriam os muros do palácio. Nas aldeias vizinhas, passava-se a história de Sina, de geração em geração de modo que todos soubessem da origem de tal abandono naquele pedaço do reino. 
A grande barreira de matos, espinheiros e galhos no entanto impedia que qualquer indivíduo adentrasse aquele reino, fazendo com se ferissem imediatamente ao tentarem. 

Daejon, Coréia do Sul
Sec XX

Uma bela jovem samurai, chamada Heyoon Jeong treinava para suas batalhas cercada pelas muralhas do castelo de seu pai, um samurai muito famoso na Coréia. Sonhava em um dia, lutar batalhas para combater o mal do mundo, por isso, treinava firmemente desde os sete anos de idade. A garota não só era conhecida por sua bravura excepcional para uma garota tão jovem, mas por sua beleza e charme estonteantes. 
Um belo dia, o reino entrou em guerra com um imperador alemão de extrema riqueza, portanto, o império coreano corria perigo pois o imperador podia mandar bombardear a Coréia quando bem entendesse.  
Após dois anos de uma guerra cansativa e persistente, o império não tinha mais escolha a não ser começar a enviar aprendizes de samurai para uma invasão na Alemanha, e apesar de muito jovem, Heyoon se prontificou para a missão, faria o que fosse possível para salvar seu povo, mesmo que sua família fosse contra a decisão dela. 
Ao chegar no pequeno vilarejo de Karlsruhen, por onde era mais fácil criar uma barreira nas fronteiras da Alemanha, os samurais da primeira leva fincaram o solo com suas lanças. No entanto, o povo alemão, que estava ali à mais tempo na espreita prevendo um possível ataque coreano se juntou em massa e começou a atacar a barreira de defesa. Heyoon então, correu sem parar por uma densa floresta na tentativa de atirar lanças nos soldados coreanos e acabou por deparar com um beco sem saída, que lhe parecia ter sido formado um muro natural composto de espinheiros, matos e galhos entrelaçados. Lhe ocorreu que ali fosse um ótimo esconderijo para os soldados, que se davam por vencedores já que ninguém conseguia ultrapassar aquelas barreiras. 
Ela conseguiu adentrar o emaranhado e seguir caminho, sempre com sua lança a frente do corpo, buscando por soldados alemães, estranhando por não estar encontrando nenhum deles. Após tortuosos momentos de esforço, se deparou com o que parecia ser a entrada de um palácio. Tomada por curiosidade, a samurai foi afastando os arranjos de flores e mato de sua frente e adentrou o castelo.
Percebeu o silêncio mortal e reparou como o castelo, assim como praticamente todo o reino havia sido acometido por uma misteriosa maldição, a qual imediatamente se sentiu curiosa em descobrir. 
Andou pelos longos corredores empoeirados até se deparar com uma grande escada que dava acesso a uma das torres laterais. A medida que subia pela torre, Heyoon encontrava cavaleiros, criadas e costureiras adormecidos, ali no chão mesmo. Ao chegar no último andar da torre, um pouco ofegante, chegou a um portão de ferro semi-aberto que levava a uma salinha. Os espinheiros e as rosas quase cobriam a imagem de uma bela moça loira que estava adoravelmente adormecida em uma cama pomposa. 
Heyoon se encantou com a princesa, de pele clara e lábios rosados. Apesar de que tudo ali estar ter tornar o ambiente sem vida, Sina trazia em sua feição tranquila, traços vitais remanescentes. 
A samurai então, enclinou-se devagar chegando mais perto da princesa e acariciou sua face. Selou seus lábios nos dela,  terminando por encerrar a maldição que há 100 anos atormentava o reino dos Deinert. 
-------------- 

Sina se tornou eternamente grata à Heyoon desde o momento em que acordara.
Se sentia grata por ter sido salva pela dona do par de olhos castanhos mais belos e amorosos que já vira em sua vida. Ela buscou tornou coreana parte de sua vida, de modo que a ensinou tudo sobre os afazeres reais e etiqueta. Heyoon ensinou a princesa a lutar e cavalgar, no caso de ela precisar se defender se Heyoon estivesse por perto. 
O rei e a rainha jamais esperavam que o amor verdadeiro capaz de quebrar a maldição da filha deles fosse outra moça e encararam o fato com uma certa apreensão a princípio. Mas o olhar com o qual Heyoon admirava Sina era raro. Perceberam ali o amor e a afeição sinceros da parte da samurai e o quanto Sina correspondia seus sentimentos.  Resolveram celebrar de fato, o amor entre as duas e o despertar do reino, promovendo um novo baile. 
O rei tomou o microfone na metade da cerimônia, chamando a atenção dos convidados com um tilintar em sua taça de vinho e começou seu discurso. 
"Caros convidados. Gostaria da atenção de vocês por um momento. Esta noite celebra o retorno do nosso reino à ativa, graças a bravura e a generosidade da samurai Heyoon Jeong. O amor dela por minha filha não só a despertou, demonstrando ser a salvação da vida de Sina, mas de todos nós. O amor delas quebrou barreiras, ultrapassou limites, Heyoon foi a única a conseguir atravessar os espinhos e os galhos que cobriam a passagem para o castelo enquanto vários cavalheiros se arriscavam sem sucesso. Nada disso aconteceu por acaso. O amor delas era predestinado. Por isso lhes digo. Não importa o que aconteça, nunca deixem de acreditar no amor. Ele pode salvar o mundo." 
Terminado o discurso, o rei convocou Heyoon para subir ao altar e lhe apresentar formalmente ao reino.
"Heyoon Jeong. Eu lhe concedo a mão da minha filha em casamento." 
Ambas começaram a chorar de alegria enquanto o todo o reino se agitava em felicidade. 
Elas oficializaram sua união diante do pôr-do-sol de uma tarde de domingo, no jardim  do palácio, na companhia de todas as fadas, magos e súditos. 
Heyoon se tornou então, a herdeira do trono da Alemanha junto de Sina, ao passo que a situação de guerra entre os alemães os coreanos se dissipou,  visto que a união entre as duas representava um sinal de paz entre todos. 
Se tornou também a guardiã oficial de Sina, jurando lealdade, reverência e proteção à ela e ao reino. 
Nunca mais ouviu-se dizer de maldições ou guerras em ambos os países. 

History off

- Você e a Mommy tiveram uma história de princesa também?? - Os olhinhos de Bryan brilhavam ao ouvir o fim da história. 

- Sim, meu amor. Porquê acreditamos que só o amor pode salvar o mundo. - respondeu Joalin.

- Posso me juntar a vocês? - disse Sabina, espionando a esposa e os filhos com uma lanterna pela fresta da cabana. 

- Mommyyyyy - Bryan disse, agarrando a cintura da morena.

- Eu tenho a família mais linda do mundo! - Sabina comentou e deu um selinho em Joalin e um abraço nos filhos.

Os quatro dormiram ali, abraçadinhos até o sol raiar. 

 

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A princesa e a Samurai (Fic Siyoon One Shot) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora