Capítulo 50 • Sua Majestade, Daphne da Alpia-Ístria

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— MAJESTADE, – o agente Cod bateu continência assim que entrou no meu gabinete – gostaria de ter algo concreto para apresentar, mas Van Basten não deixou nenhum indício de que está envolvido no que aconteceu com a princesa

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— MAJESTADE, – o agente Cod bateu continência assim que entrou no meu gabinete – gostaria de ter algo concreto para apresentar, mas Van Basten não deixou nenhum indício de que está envolvido no que aconteceu com a princesa. Tudo o que ele tem feito nos últimos dias é jogar golfe com o filho num campo que fica perto da propriedade da família no leste da Germânia. Ele nem sequer parece estar acompanhando as notícias do casamento.

Olhei para Fayat, meu conselheiro de guerra, parado à minha direita. Eu havia enviado Cod para se infiltrar e recolher informações em Berlim não porque imaginava que ele conseguiria provas para incriminar o duque, mas porque talvez assim fossemos capaz de antever onde e como nosso inimigo desferiria o próximo golpe.

Cada mínimo detalhe era importante naquela missão, mesmo que não parecesse. E Cod compreendia aquilo, ou não teria vindo até Vienna e feito Fayat me tirar do jantar de noivado de Eveline apenas para dizer que não possuía nada relevante para mostrar.

— Se Van Basten está se deixando ser visto dessa forma, – interpretei – é porque quer que as pessoas o vejam. Ele está fabricando um álibi.

— Pensei o mesmo majestade. – Cod concordou – O duque nunca foi de comparecer em espaços públicos antes, mas nós não temos como provar nada com isso.

— Provar o que ele fez ou deixou de fazer é a última das nossas preocupações agora. – Fayat disse sem rodeios – Se a intenção de Van Basten é criar um álibi, isso significa que há algo prestes a acontecer. Algo grande com poder de incriminá-lo se ele não tomar os devidos cuidados.

Não havia nenhuma novidade naquilo. Todo mundo sabia que a tentativa frustrada de assassinar Eveline em Rosenthal não o pararia. Para alguém que já havia investido tanto, Van Basten sabia que teria mais um movimento no jogo e que este seria a sua última chance de se livrar do único obstáculo que o impedia de assumir o controle da Germânia.

— Ele vai atacar Eveline. – afirmei, sentindo a raiva se espalhar pelas minhas veias.

— Ele pode vir. – Fayat respondeu resoluto, tentando me acalmar – Dessa vez estaremos preparados e não vamos permitir que nada de ruim aconteça a ela. – me assegurou e então se virou para o agente – Obrigado Cod. Você pode voltar ao seu posto. Qualquer coisa, venha diretamente a mim ou a rainha.

— Sim, senhor. Farei assim. – o agente prometeu antes de focar no meu rosto – Majestade. Com licença. – pediu, fazendo uma reverência antes de sair.

— Você precisa se acalmar Daphne. – Fayat pediu um segundo depois, indo se acomodar na poltrona à frente da minha – Se Oliver desconfiar que estamos operando sem autorização em solo germânico... – disse, enquanto servia dois cálices com licor da garrafa que estava no centro da pequena mesa entre nós.

— Ele não vai fazer nada. – garanti, sentindo a raiva dobrar de tamanho dentro de mim, fervendo com ódio que eu sentia por aquele homem que eu chamava de marido – É o que os Rosenthal fazem de melhor: nada.

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