Capítulo 7 - Materiais

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Sophie dá uma bebericada no refrigerante quando me chama, -Carrie, não sei você, mas esse foi o meu rolê mais aleatório até hoje.

Eu engulo o lanche para poder respondê-la -O meu também. Mas não sei o motivo, não acho eles tão estranhos assim.

Sophie me olha com uma sobrancelha erguida -Está falando sério?

-Sim, eu percebi que eles são sozinhos e só tem um ao outro. Deve ser só isso.

-Realmente é uma maneira de pensar. Se as garotas fossem menos atiradas pra cima deles e os outros parassem de considerá-los intocáveis eles não seriam tão sozinhos. Pelo menos Cameron, Joshua e Dylan. 

Eu concordei com a cabeça -Ainda não posso dizer algo dos outros. Realmente não os conheço.

Sophie dá um sorriso -Vai conhecer amanhã. Bem, pelo menos vai ouvir falar bastante deles.

Pisco os olhos antes de arregalá-los um pouco -Eles são tão populares assim?

-Populares? As pessoas só falam deles. Os outros gostam de uma boa fofoca, ainda mais de pessoas que não dá pra se descobrir nada.

-O que você quer dizer?

Sophie ri antes de falar - Estou dizendo que não dá pra saber nada sobre eles. Pra falar a verdade eu e você sabemos mais deles do que todo aquele Campus junto. Então qualquer coisa vira notícia muito fácil. Você vai ver.

Eu concordei com a cabeça -Entendi.

-Aliás, falando em Campus e faculdade, você já tem material? 

Me senti gelar. Caramba, como eu esqueci do material? Poxa, eu não tenho um caderno e uma caneta se quer. -Amiga, eu esqueci totalmente.

-Relaxa, eu já desconfiava. Quer terminar de arrumar essas coisas e quer sair pra comprar o seu material?

-Claro que quero. Será que ainda tem alguma papelaria aberta?

Sophie dar uma mordida no seu lanche antes de responder, -Sim, não está tão tarde. É só sairmos logo, e na pior das hipóteses, você pode usar os meus materiais até comprarmos os seus.

Eu concordo com a cabeça, então Sophie e eu voltamos a comer nossos lanches.


Quando acabamos, estávamos realmente cheias. Mas se parássemos, iríamos perder o pique. Me ofereci para cuidar das embalagens enquanto ela levava as sacolas de compras para o quarto. Fizemos tudo bem rápido e logo estávamos prontas para sairmos novamente.

Descemos as escadas e fomos direto para o carro. Sophie sabia exatamente onde ir, então apenas liguei o rádio enquanto ainda não chegássemos no nosso destino. 

No rádio tocava algo sobre o novo artista pop do momento quando Sophie estacionou numa papelaria consideravelmente grande e de cara meu olhar foi atraído por um enorme cavalete de pinturas na vitrine.

Lembrei de quando eu era criança. A lembrança veio mais rápida do que meus instinto de detê-la. Vi meu pai sentado do lado de fora de casa, pintando num caderdinho a minha mãe cuidando das flores. Tinha muito amor naquela cena. Meu pai deixou de lado o amor pela pintura para poder cuidar de negócios, então dês de pequena, me dediquei ao sonho que tínhamos em comum.

-Carrie, você tá bem? -Sophie estava me segurando me olhando com aqueles óculos de gatinho.

Fiz que sim com a cabeça, sorri com a lembrança e Sophie soube exatamente o que tinha acontecido, porquê ela na mesma hora destravou as portas do carro e tentou chamar minha atenção para qualquer outra coisa.

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