Capítulo 6

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Montagens e crackships ao fim do capítulo

Segunda-feira — 7:00 da manhã

Abro os olhos meio grogue, a luz que entra pela janela vem direto no meu rosto me acordando da forma que eu mais odeio. Olho ao meu redor, com a visão embaçada, e os olhos lacrimejando, e vejo que minha colega de quarto, cujo nome não consigo me lembrar agora, não está mais em sua cama.

Apoio-me no colchão com meus cotovelos, e ouço o som do chuveiro ligado. Espero que ela esteja lá, porque se for o assassino do filme Psicose, teremos um sério problema, porque eu não sei usar meus poderes ainda.

Sento-me na cama, me espreguiçando e bocejando até acordar de fato. Em seguida me ponho de pé dando duas batidas no banheiro e recebendo a autorização de Amélia para entrar. Pego minha escova e pasta de dente e começo a higiene diária, esperando que minha querida colega de quarto saia do chuveiro para que eu possa usa-lo.

O silêncio no banheiro seria total se não fosse pelo som da água caindo. Agora que estou mais relaxada começo a pensar na forma que falei com Amelia ontem, a raiva que estava das fênix de gelo e de como queria tacar todas ela em uma fogueira em chamas. Por isso, resolvo tentar fazer as pazes.

O máximo que pode acontecer é ela me mandar a merda!

–É... Amélia? –Chamo.

–Falou comigo? –Ela fala fechando o chuveiro e pegando a toalha.

–Uhum. Então... Meio que eu queria falar sobre ontem com você. –Começo. –Eu tava meio irritada por causa de algumas coisas que aconteceram na festa e por causa de algumas fênix de gelo, ai quando descobri que você era uma, meio que foi a gota d'água pra eu explodir. Entende...? Tipo, eu sei que não foi certo, por isso to aqui pra pedir desculpas, mas quero que você entenda o que estava acontecendo também...

–Ta tudo bem... To acostumada com olhares tortos quando as pessoas descobrem que sou uma fênix de gelo. –Ela diz. –Mas, não te culpo, a história da minha espécie não é muito boa, e muitos de nós continuam sendo bem cruéis.

Queria perguntar o que a espécie dela havia feito de tão cruel, mas acho que esse não é o momento ideal.

–Isso não era desculpa pra eu ter sido tão grossa contigo como fui. Fosse você boa ou má.

–Ta tudo bem, mesmo. –Ela fala. –O importante é que você reconheceu.

–Significa que podemos ser colegas de quarto em paz agora? –Pergunto esticando a mão pra ela e levantando o mindinho.

–Sim! –Ela abre um sorriso e me da o mindinho firmando o acordo comigo.

Entro pro banho enquanto ela pega suas roupas e começa a vestir, ao mesmo tempo que prende o cabelo em um rabo de cavalo baixo.

–Você já morava aqui em Superno ou veio de fora? –Pergunto.

–De fora. –Ela responde. –Embora eu seja contra muitas coisas, a minha família é totalmente a favor. Eles não gostam da ideia de ter que se esconder dos humanos, então vivíamos em Praga, onde era frio o bastante. E você?

–México! Meus pais são esquisitos! –Digo me ensaboando.

–Ah sim! –Ela fala. –Quanto tempo vai ficar na E.S.S.?

–Uma semana. –Respondo. –Depois vou pra R.A., terei que ficar nisso até o fim pelo que parece.

–Que loucura, não acha? –Ela pergunta ajustando os brincos em formato de flocos de neve. –Ser escolhida para as duas escolas.

Escolas Para Seres Sobrenaturais - Apply FicOnde as histórias ganham vida. Descobre agora