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Lili Reinhart

— Lili.

Amanda praticamente deu um salto do sofá quando me avistou passando pela porta. Tirei o avental da lanchonete e o apoiei no braço. Franzi as sobrancelhas.

Ela parecia nervosa e ansiosa. Ela me observou por alguns segundos, olhando atentamente da cabeça aos pés.

Eu havia ficado mais confusa ainda.

— Você vai servir. — ela disse simplesmente, puxando seu celular do bolso e discando algo, o apoiou contra a orelha e falou:

— A minha filha é bem bonita, vocês dão alguma roupa cara e de marca à ela e fará estrago neste evento. — Houve uma pausa. — Eu tenho certeza do que eu digo. — Amanda
disse me observando com uma expressão entediada. — Sim, você pode mandar alguém buscá-la em dez minutos.

Ela revirou os olhos e encerrou a chamada.

— Quem está vindo me buscar?

— Eu estava devendo uma ao Dwayne e ele precisa de uma jovem bonita para participar de um evento social. Parece que está faltando uma garota e você é estupidamente bonita, Lili.

Ela se sentou novamente sobre o sofá.

Um evento social?

— Que tipo de evento?

Perguntei, nervosa. Eu teria que estar em torno de pessoas que eu nunca havia visto em toda minha vida.

— É algo com encontros. Um desses caras ricos que cagam notas irão te levar para sair.

Ea disse retirando um cigarro de seu maço e o acendendo nos lábios.

Suspirei, aparentemente eu não tinha outra escolha.

— O que eu tenho que fazer?

— Absolutamente nada. Só seja você, os caras adoram esse seu ar doce e ingênuo.

Ela deu uma tragada, indiferente.

Já haviam se passado dois dias desde a festa. Eu evitava a entrada do campus.

Sempre me esgueirava pelos fundos da faculdade, com muito cuidado para não me esbarrar com Cole em algum dos prédios do edifício ou nos corredores. Eu sentia a falta
dele. Mas eu ainda estava me convencendo de que era a escolha certa, afinal, eu não poderia arriscar morar na rua e perder a faculdade. Isso me arruinaria completamente, o
dinheiro da lanchonete não era o suficiente.

Nós éramos diferentes. Nunca daria certo.

Repeti para mim mesma a milésima vez no dia.

— Olha.

Amanda fez um movimento com a cabeça indicando a janela.

— Acho que é a sua carona.

Ela me deu um sorriso torto e completamente amargurado.

Observei entre as cortinas uma limusine preta enorme. Sacudi a cabeça.

— Eu não posso fazer isso

Eu disse recuando dois passos para trás.

— Eu não vou me encaixar lá.

Pânico dominou meu corpo.

— Vai ter que se encaixar, querida. Vai ou você está deixando esta casa para sempre. Agora mesmo.

Não fiquei surpresa com a ameaça repetida, eu já estava me acostumando. E então, eu definitivamente não tinha uma opção. Abri a porta e fui até o carro, um homem com roupas formais e óculos de sol abriu a porta para mim e eu deslizei para dentro, murmurando um "obrigada".

ᴀᴘᴇɴᴀs ᴍᴀɪs ᴜᴍᴀ ∾ sᴘʀᴏᴜsᴇʜᴀʀᴛOnde as histórias ganham vida. Descobre agora