Capítulo cinco

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— Socorro! Estou tendo mais uma emergência com Ternurinha.

Lili olhava para o relógio com os olhos semicerrados.

— São cinco e meia da manhã. — Não seria tão ruim se ela tivesse conseguido dormir por mais tempo, mas, durante a noite inteira, observara o relógio passar das 23 horas à meia-noite, depois à 1 da manhã e depois às 2 horas antes que seu cérebro finalmente cedesse e se desligasse.

Maldito Cole Sprouse. Não somente por acordá-la... mas por ser a razão pela qual ela não conseguia dormir.

— Ternurinha não se importa com o horário — grunhiu ele ao ouvido de Lili.

No dia anterior, ela ficaria em pânico ao ouvi-lo falar assim, presumindo que faria algo horrível com a cadelinha. Mas, depois de passar uma parte do início da noite em sua companhia, embora confirmasse que era cheio de si, Lili também estava confiante de que ele tinha jeito para lidar com animais. Até mesmo com filhotes que não se comportavam bem.

— A vida com um filhote é assim — ela informou em meio a um bocejo enquanto se recostava contra o travesseiro e observava o sol começar a se erguer do lado de fora da janela do seu quarto. Era estranho o fato de parecer tão natural conversar ao telefone com Cole, embora tivesse acabado de conhecê-lo. De qualquer forma, era assim. — Basta limpar qualquer sujeira que ela tenha feito, diga-lhe que você a ama mesmo assim, e não se esqueça de aparecer para sua sessão de treinamento no fim do dia.

— Ternurinha! — ele gritou. Ela ouviu algo se quebrar ao cair no chão, seguido por uma sequência abafada de palavrões antes de a ligação ser interrompida.

Ela fechou os olhos, mas já sabia que não haveria motivo para tentar voltar a dormir. Não deveria sair correndo sempre que ele lhe telefonasse, especialmente no caso de Cole Sprouse, que veria aquilo somente como uma confirmação de que era o rei do mundo. Mas, ao mesmo tempo, sabia que passaria o dia inteiro distraída imaginando se ele e Ternurinha conseguiriam chegar sãos e salvos para a sessão de treinamento às 17 horas.

Ela se arrastou para o chuveiro e ligou-o numa temperatura um pouco mais fria do que a habitual, forçando-se a acordar — e se refrescar após o sonho sensual que estava tendo, e que envolvia exatamente a pessoa que não deveria dominar seus pensamentos. Depois de se secar, Lili verificou o número no histórico de chamadas do seu celular, registrado quando ele lhe telefonara na noite anterior, e deixou-lhe uma mensagem dizendo que iria até sua casa para ajudá-lo, afinal.

Secar os cabelos e aplicar maquiagem foi algo muito mais tentador do que deveria ser, mas já era ruim demais ter que ir até a casa de Cole naquela manhã sem nada além de um telefonema. Se ela se vestisse especialmente para ele, qualquer chance de manter o respeito que tinha por si mesma desapareceria.

Quando vestiu uma calça jeans, uma das várias camisetas de mangas compridas em seu armário e trançou seu cabelo para mantê-lo longe de qualquer problema enquanto lidava com o caos que Ternurinha deveria estar armando na casa de Cole, ele lhe enviou uma mensagem de texto com seu endereço.

Se você fosse minha▪️ SprouseHart CONCLUÍDOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora