Capítulo três

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O sol da tarde brilhava pela janela do escritório de Lili quando ela finalmente desligou o telefone. Esfregando a nuca com as duas mãos, ela alongou os músculos tensos. Se soubesse que teria tanto trabalho para coordenar o comitê beneficente para o abrigo de animais de São Francisco, ou o quanto seria difícil convencer doadores em potencial para contribuir com aquela causa nobre...

Bem, ela teria se oferecido para o trabalho de qualquer maneira. Mas, pelo menos, poderia ter se preparado melhor. Felizmente, os dois grandes eventos beneficentes aconteceriam naquele fim de semana, e, posteriormente, ela poderia relaxar em uma banheira quente, com os olhos fechados e uma enorme taça de vinho por tanto tempo quanto desejasse.

Mas, no momento, teria que se contentar com um café. E talvez uma ou duas daquelas trufas de chocolate que mandara sua assistente Camila jogar fora.

Ela se levantou da cadeira em frente ao computador e tanto Atlas quanto Ternurinha bocejaram quando passou por eles.

— Não deixem que eu interrompa a soneca de vocês — disse ela.

Eles passaram o dia inteiro brincando e ela ficara impressionada com o fato de que a cadela de Cole tivera apenas dois acidentes, causados mais pela empolgação de estar na companhia de um cão maior do que por qualquer outra coisa.

Atlas imediatamente pousou a cabeça enorme sobre sua almofada para cães, e ela o olhou com uma careta, fingindo estar aborrecida, enquanto abria a porta.

— Continue a esfregar na minha cara o quanto a sua programação para os próximos dias é tranquila. Da próxima vez, vou mandar você para lidar com cada uma das empresas com quem eu estava falando ao telefone agora há pouco.

Suas últimas palavras sumiram quando ela se chocou contra o que parecia uma parede sólida e masculina.

— Conversando com os cães, hein?

O calor queimou-lhe as mãos quando ela as pressionou contra o peito do homem incrivelmente bonito, cuja voz acabara de fazê-la vibrar.

— Cole.

— Lili.

Ele sorriu para ela, com os olhos escuros tão cheios de sensualidade que ela quase se sentiu incendiar apenas com aquele olhar. Um olhar que prometia mais prazer do que ela jamais imaginara ser possível.

O que havia de errado com ela? Afastou-se imediatamente, dando um passo para trás. E por que era tão difícil pensar em outras coisas quando estava perto desse homem?

Nunca tivera problemas para manter a guarda quando lidava com homens. Mesmo com aquela aparência maravilhosa, Cole Sprouse não deveria ser diferente. Principalmente por ser tão encantador.

Ser encantador nunca fora um atributo que favorecesse um homem aos olhos de Lili. Em especial depois de seu pai ter dado àquela característica um significado tão ruim.

— Como está a cadela?

Ela se afastou para que Cole pudesse ver Ternurinha lambendo o focinho de Atlas com o imenso entusiasmo que somente um filhote seria capaz de exibir.

Se você fosse minha▪️ SprouseHart CONCLUÍDOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora