Aviso

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Will caminhava pelo apartamento que Nico morava com os amigos antigamente. Ele estava desesperado, ligava para Nico à cada minuto e nada do noivo responder, seus amigos não tinham respostas e a família do ômega ainda não tinha retornado suas ligações.

- Will, ele pode estar com a mãe.- Jason falou e tentou acalmar o outro alfa.- Ou então com as irmãs. Você disse que descobriram hoje o sexo do bebê, vai ver ele foi comprar alguma coisa, fazer uma surpresa.

- Mas ele atenderia, ou responderia minhas mensagens.- Will quase gritou.

- Tente ficar calmo.- Luke instruiu. O namorado de Thalia estava querendo ajudar, mas não sabia como. Nunca tinha visto alguém tão nervoso como Will estava.

- Ficar calmo?!- Will praticamente gritou.- Não posso ficar calmo, Nico não me responde e ainda temos a situação não resolvida da pessoa que fica nos mandando cartas e mensagens! Então não me peça pra ficar calmo!

- Will, toma aqui.- Reyna falou e entregou um copo de água para o loiro.- Não vai ajudar em nada o seu surto.

- Temos que pensar em todas as possibilidades.- Thalia falou.- Por isso, assim que a Hades, Maria ou qualquer uma das meninas responderem, nós tomamos uma providência mais ativa.

- Mas temos que fazer alguma coisa!- Will falou novamante.- Eu... eu estou com um mal pressentimento.

[...]

Nico sentia sua cabeça doer e o coração bater cada vez mais rápido. Octavian estava dirigindo o carro enquanto Nico estava do lado do carona, com os pulsos preso e olhando a arma perto da perna do ex.

Oh céus, por que isso estava acontecendo com ele?

Por que nunca tinha paz?

- Nós estamos quase chegando.- Octavian falou e passou a mão pelo rosto de Nico, acariciando.

- Pare de me tocar!- Nico gritou e afastou o rosto. O choro estava preso em sua garganta, queria sair dali, estar com seu alfa e amigos, com sua família.

- Pare com isso!- Octavian gritou também. Os olhos azuis muito claros faiscavam de ódio em direção ao celular de Nico, que vibrava novamante.- Inferno!- o loiro pegou o celular e jogou pela janela.

- Para onde estamos indo?- Nico perguntou enquanto tentava controlar o choro. Estava com tanto medo, que estava difícil de respirar.

- Para um lugar onde vamos poder ficar juntos.- Octavian sorriu e passou a mão pelo rosto de Nico, secando as lágrimas que escorriam pelo rosto pálido.

Ele queria tanto poder ficar em paz.

[...]

Will estava parado na cozinha do seu apartamento, com uma xícara de chá nas mãos. Seus olhos vermelhos e inchados denunciavam que ele tinha chorado e não tinha dormido a noite toda.

24 horas.

Esse era o tempo que Nico estava longe. Eles já tinham acionado a polícia e até mesmo o detetive particular de Hades estava investigando.

- Oi.- o loiro se virou e viu Rachel parada no arco da cozinha. A ruiva usava um jeans surrado e um moletom verde folha.- Vim assim que soube. Lou Ellen, Clarisse e Cecil estão na sala.

- Não era necessário terem vindo.- Will murmurou. O alfa estava abatido, os ombos caídos, cabelos desgrenhados e barba por fazer, um caco.

- De qualquer forma, nós viriamos visitar vocês.- Rachel apertou o ombro do amigo.- Você tem que resistir, Nico vai precisar de você quando voltar.

Will apenas olhou para a amiga. O soluço que saiu do fundo de sua garganta foi o gatilho para ele chorar tudo de novo, derramar toda a sua tristeza e raiva, mas dessa vez com o apoio de um ombro amigo.

  Alguns minutos após ter se recuperado e ter se arrumando, Will ficou na sala com os amigos e alguns policiais. Eles achavam que como já teve o caso dos tiros e o desaparecimento de Nico, todo cuidado era pouco.

- Muito bem, vamos repassar o que aconteceu a partir do momento que começaram a receber os envelopes.- falou um dos policiais. Esse era loiro e tinha olhos castanhos escuros como a noite.

Will repetiu tudo de novo pela milionésima vez só naquele período de 24 horas. Ele queria sair e procurar por si mesmo, mas não podia, não permitiam.

- Estão esperando mais alguém?- a policial que estava com eles perguntou assim que a campainha tocou.

A moça caminhou até a porta com cuidado, a mão junto da arma e a outra no trinco da porta.

- Hã... oi, o Will está?

[...]

Nico sentou na cama dura e desconfortável, sentiu Octavian prender seu pulso esquerdo com a algema na cabeceira da cama.

- É apenas precaução, meu querido.- o loiro sorriu.- Já vou trazer algo pra você comer.

Nico observou Octavian sair do quarto e logo começou a se debater, tentando de alguma maneira se soltar. Sentiu seu pulso doer e arder alguns minutos depois, que ótimo tinha se machucado.

- Tcs, Nico.- o moreno se assustou ao ver Octavian parado perto da porta com uma bandeja na mão.- Você não vai conseguir sair, você nem deve tentar fugir.

- Me solta!- Nico gritou e se debateu mais.- Me tira daqui seu maluco.

- Já chega!- Octavian gritou, jogando a bandeja com alimentos perto de Nico, que se assustou. O alfa se aproximou e apertou os braços de Nico.- Você é meu! Só meu! Agora fique queito.

Octavian tirou uma câmera do bolso e começou a tirar algumas fotos de Nico.

- O que está fazendo?- Nico perguntou.

- Mandei ficar quieto.- Octavian falou usando a voz de alfa, logo em seguida dando um tapa no rosto de Nico.- Ômega devem obedecer alfas, e é assim que vai ser entre nós. Comece a se comportar.

O loiro saiu do quarto, deixando Nico sozinho no cômodo escuro e mal arejado. O moreno não pode deixar de segurar as lágrimas, seu rosto doia por causa do tapa e podia sentir o gosto metálico do sangue na boca.

- Will... estou com medo.- Nico murmurou para o nada.- Nós estamos com medo.

[...]

Todos encaravam a mulher parada no meio da sala. Anne usava estava usando um vestido verde e um casaco comprido preto. Cada olhar direcionado pra si a deixava desconfortável.

- O que faz aqui?- Thalia foi a primeira a perguntar. A alfa tinha os olhos brilhando de raiva, parecia que atacaria Anne a qualquer momento.

- Acho que posso ter uma pista.- Anne falou e jogou um envelope para a alfa.- Disse que iria ver se meu pai estava envolvido... bem, ele está.

- Tem certeza?- Will perguntou.

- Apesar de ser modelo, fiz direito e sei investigar várias coisas.- Anne sorriu de lado.- Vi que tinha várias movimentações suspeitas de autas quantias em euro e dólar, pesquisei e bem, tudo isso ia para um tal de Frederick Cantalupo.

- E quem é esse?- Will perguntou e pegou o envelope, vendo todos os papéis ali.

- Ele não seria tão idiota.- Reyna falou, um sorriso torto adornando seu rosto.

- É algo que eu precise saber?- Will perguntou.

- Cantalupo é o sobrenome do Octavian, e Frederick era o nome de um dos caras ckm quem ele comprava drogas.- Reyna falou.

- Então só pode ser ele, certo?- Will falou afoito.- Como podemos descobrir onde eles estão?

- Duas opções, ou eles estão na casa que meu pai comprou a pouco tempo aqui em Nova York ou eles estão em um chalé em Long Island.- Anne falou.- Descobri também que meu pai vai tentar tirar eles do país, tem uma pista de pouso perto da casa e um cais perto do chalé.

- Iremos avisar a polícia e vamos investigar isso.- falou um dos policiais que estava ali.

- Espero que esteja certa.- Will murmurou.

- Eu também.- Anne falou apreensiva.

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