Capítulo vinte e oito

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Coringa🔥

Coringa: Quem tu pensa que é, pra dar um tapa na minha minha cara? Piranha.- Segurei firme no cabelo dela, puxando pra trás.

Mi: Solta o meu cabelo, viado! - O dragão virou, metendo vários tapas no meu peito.- eu não vou apanhar pra macho.

Coringa: Vai se fuder, caralho! - Empurrei ela contra a parede, segurando no pescoço dela.

Mi: Era isso que você fazia com a mãe da sua filha? Seu monstro! - Gritou, chorando.

Coringa: Colé, tu também bateu. Eu não tô errado.- Falei virando o rosto dela.

Mi: Eu não tô brincando, eu tô com medo de você...- Me empurrou.- idiota.

Coringa: Eu podia muito bem te arrebentar, mas eu não vou fazer isso.- Colei meu corpo no dela, puxando o cabelo dela pra trás, sem colocar força.

Beatriz: Era isso que ele fazia com a minha mãe...- Ouvi a voz baixa dela.- você é igual ele.

Bruna: É...- Coçou a cabeça.- encontrei ela ali na frente, com a vó. E ela pediu pra vim.

Coringa: Bea...- Olhei pra Milena, que me encarava.- não é isso pô, nunca que eu ia machucar a Milena, nós tava brincando.

Beatriz: Mas ela tá chorando.

Bruna: Você tem qual tipo de demência, Coringa?

Mi: Eu vou sair.- Falou baixo, vindo passar do meu lado, mas eu segurei na mão dela, negando com a cabeça.- tira a sua mão imunda de mim.

Beatriz: Pede desculpas pra ela, pai. Isso foi muito feio, e não foi essa educação que a vovó te deu.

Bruna: Essa garota é o auge, vou ter que te pagar um sorvete.- Ela riu, olhando pra Milena, que deixou um meio sorriso escapar.

Coringa: Eu preciso conversar com ela.- Olhei pra Milena, entregando dez reais na mão da Bruna.- vai tomar sorvete com ela, e só volta daqui meia hora.

Bruna: Meia hora? Vocês não vão conversar não, vão é transar.

Coringa: Vai logo, depois quero conversar contigo, Bruna.

Ela balançou a cabeça saindo de casa junto com a Bea, que falou alguma coisa no ouvido da Milena, e depois fecharam a porta.

Mi: Não chega perto de mim.

Coringa: Eu não ia te machucar.- Tentei me explicar.

Mi: Não ia? - Virou o braço, me mostrando o roxo.- você acha que é quem?

Coringa: Tenta me entender, eu acabei de descobrir que o meu irmão tá morto, e nem sei como vou contar isso pra tua amiga, e pra minha mãe.

Mi: Nada disso vai justificar, porque eu tava lá pra te ajudar. E você simplesmente me machucou, idiota.

Tentei ir pra perto, mas ela foi dando passos pra trás. Até bater com a parede, e colocar a mão na cabeça, segurei na nuca dela, querendo me aproximar, mas ela me empurrou.

Mi: Nojento, escroto. Tira sua mão imunda de mim, tô com ranço de você.

Coringa: Foi mal, Milena. Sério mermo, tô te pedindo desculpas, nunca faço isso.

Mi: Problema seu.

Coringa: Tu fica gatinha quando tá chorando.

Mi: Amado?

Coringa: Eu gosto de tu, vamo estragar isso não. Se eu tô dizendo que não ia te machucar, é porque eu não ia, quer que eu faça o que pra tu me perdoar?

Mi: No início você não tava brincando, e eu senti isso só de olhar no seu olho.

Dei as costas pra ela, já tava putão com altas paradas na mente, sentei na minha cama, olhando pro meu celular todo despedaçado no chão, e puxei dois de uma vez.

Eu tentava ao máximo não usar muito, mas quando alguma coisa batia na minha mente, era a única coisa que eu tinha pra aliviar.

Mi: Você tem que me prometer que não vai mais fazer isso...- Entrou no quarto.- sendo brincadeira ou não.-Balancei a cabeça, sabendo que ela tava na razão.- e para de usar isso.

Coringa: Me deixa ficar na minha, Milena.

Mi: Vai se afundar até quando? Você tem uma filha, Thiago.

Coringa: Porque ao contrário de tu me encher o saco, tu não senta aqui e puxa um comigo? - Ela riu, me dando um tapa.

Olhei pro chão, negando com a cabeça. Pensando em como eu ia contar pra minha coroa, bagulho difícil de contar, e eu não tinha o melhor jeito pra isso.

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