Automatic - Seulrene

Capítulo 2 - O novo emprego

— Seulgi... acorda. — Senti alguém me chacoalhar pelos ombros, me virei de barriga para cima e com dificuldade abri meus olhos, após esfregá-los para tentar enxergar melhor, vi Yura sentada na beira de minha cama praticamente socando meu celular em minha cara. — Ligação pra você, bebê. — Me sentei e por segundos fitei seu corpo coberto apenas por sua calça jeans e um sutiã azul.

— Mas o quê? — Franzi o cenho, peguei o celular e o fitei, era um número qual eu não conhecia que ligava. — Quem tá me ligando a essa hora da manhã? — Resmunguei ao ver que era apenas quinze para as oito.

— Atende logo, boba. — Yura riu e se levantou, atendi e levei o aparelho ao meu ouvido enquanto a observava caminhar até meu banheiro.

— Alô? — Falei tentando não demonstrar meu desconforto.

— Kang Seulgi? É a Yeri, me desculpe te ligar tão cedo, mas tenho uma notícia para você. — Esbocei um largo sorriso ao saber quem era e nisso minha ficha caiu.

— Oh, oi srta. Yeri, fico feliz em ouvir sua voz, pode falar. — Me levantei e fui rapidamente até meu guarda-roupa, comecei a procurar uma boa camisa para eu vestir, meu corpo no momento só estava coberto por minha calcinha box.

— Irene pediu para que você venha imediatamente assinar o contrato, a vaga é sua! — Senti certa animação em sua voz e de fato fui contagiada. — Ela quer que você comece hoje, mas você tem que vir o quanto antes, sua presença é extremamente importante.

— Oh! Okay, estarei aí o mais rápido possível. — Joguei uma camisa social preta sobre minha cama e uma calça da mesma cor. Yura saiu do banheiro vestida e arrumada, veio em minha direção me fitando de um modo malicioso.

— Estamos te esperando, até breve. — Disse por fim de uma forma simpática, Yura me segurou pelos ombros e distribuiu mordidas por meu pescoço.

— A... té. — Murmurei e desliguei, joguei meu celular sobre a cama e grudei minhas mãos na cintura de Yura, ela levou seus lábios até os meus, apenas roçou os mesmos.

— Preciso ir... e vejo que você também tem que se apressar. — Uma de suas mãos acariciou minha nuca, fechei meus olhos e senti ela chupar meu lábio inferior.

— Melhor você ir mesmo, antes que eu decida te jogar na cama e... — Seu dedo indicador parou sobre meus lábios e ela levou sua boca até meu ouvido.

— E me chupar? — Mordeu de leve minha orelha, soltei um suspiro ao sentir meu sexo reagir a aquelas palavras. — Oh Seulgi, você me come tão gostoso..., mas agora realmente não dá. — Se afastou de mim sorrindo descaradamente, me deu as costas e pegou sua bolsa sobre minha cômoda.

— Aish, não me provoca. — A abracei por trás, beijei sua nuca. — Você sabe que pra eu perder o controle é fácil. — Falei arrastado em seu ouvido, ela riu enquanto fechava seus olhos.

— E você tem controle, Seulgi? — Se virou de frente para mim, segurou meu rosto com suas mãos. — A única que perdeu o controle aqui fui eu, e a culpa é sua. — Disse e tomou meus lábios com os seus, nossas línguas se encontraram de uma maneira excitante e gostosa, porém ela logo cortou o beijo. — Mas agora é hora de voltar ao normal, preciso ir antes que eu me atrase pro trabalho. — Sorriu.

— Se quiser, me mande mensagem depois. — Retribui ao seu sorriso e ela se afastou.

— Sim, vou mandar. — Piscou para mim. — Tchau, Seulgi. — Rumou para a porta de meu quarto.

— Tchau sua grande gostosa. — Ela riu com o que eu disse e me lançou um último olhar divertido antes de sair do alcance de minha vista, no instante seguinte meu despertador começou a tocar e eu tomei um leve susto. — Mas que droga... — Resmunguei e fui até ele, o desligando. Eram oito horas.