Capítulo 78

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Pure heart, deeper
Beautiful, like the bluest ocean
Like a wave, we broke down
The barriers, like the bluest ocean

Coração puro, mais profundo
Lindo, como o oceano mais azul
Como uma onda, nós quebramos
As barreiras, como o oceano mais azul

— Nathan — sussurro tão baixo que não tenho certeza se ele conseguiu ouvir.

Antes de ter tempo para organizar os meus pensamentos, ele levanta o edredom e se deita na cama comigo. Eu o desejei tanto desde que foi embora, que não hesito nem um momento antes de beijá-lo. Assim que nossas bocas se encontram, eu puxo pela camiseta para cima de mim. Fecho os olhos e me concentro na língua dele, na mão subindo lentamente por baixo da minha camiseta e na outra que prende o meu pulso por cima da minha cabeça. O meu coração acelera e tremo com o toque que me faz gemer na boca dele. Quando para de me beijar e se afasta, abro os olhos devagar.

— Lucas — consigo ouvir a surpresa na minha voz.

Fico confusa por um momento, apenas o observo tirar a camiseta com os olhos fixos nos meus e sinto minha pele queimando. Passo a mão no peito dele e tento me levantar um pouco para beijá-lo, mas ele se deita contra mim e me beija devagar, descendo lentamente para o meu pescoço. Agarro o cabelo dele, mas não tenho forças para fazê-lo parar e simplesmente deixo de resistir.

— Você está gostando? — A voz rouca e sussurrada no meu ouvido me causa um arrepio. Olho para o lado e o vejo o Nathan com os olhos ardendo de desejo. Mordo o lábio inferior sentindo a língua do Lucas na minha barriga o que não me deixa responder e o Nathan me dá um sorriso malicioso. Ele passa o dedo na minha boca, mas quando aproxima o rosto do meu, tudo desaparece.

Tudo desaparece, e a dor volta.

— Pesadelo? — Lucas pergunta quando os meus olhos se abrem e o encaram sentado na maca ao lado da cama que os rapazes trouxeram para a enfermaria

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— Pesadelo? — Lucas pergunta quando os meus olhos se abrem e o encaram sentado na maca ao lado da cama que os rapazes trouxeram para a enfermaria. Minha respiração está rápida e meu coração bate acelerado. Ainda procuro o Nathan no quarto mesmo sabendo que foi apenas um sonho e dói demais não vê-lo aqui e voltar para esta realidade. Fecho os olhos e respiro lentamente. — Tudo bem? — pergunta. Devo estar parecendo bastante desnorteada. O sonho foi tão real que sinto o rosto corar quando olho de novo para o Lucas

— Tudo — minto, forçando um sorriso. Levanto-me devagar, ganhando tempo para meus batimentos voltarem ao normal e a dor que a ausência do Nathan me causa diminuir, e então caminho na direção dele. — Foi só um sonho... um sonho bem real.

— Com o quê? — ele quer saber e desvio os olhos nervosa. O cordão com o meu anel está fora da camiseta e sem pensar muito o seguro. Lucas suspira fundo.

— Com você... — digo e sinto as minhas mãos tremerem. — Com o Nathan.

Ele fica em silêncio por um momento.

— Eu também sinto falta dele — fala baixinho. Então pega a minha mão que está segurando o anel e me puxa envolvendo-me em um abraço. Sinto a febre ainda no corpo dele. — Ele vai ficar bem, Em — sussurra e o abraço de volta. Não consigo ficar indiferente a esta proximidade depois daquele sonho.

— Eu sei — digo, tentando soar confiante. — Vocês dois vão ficar bem.

Deito minha cabeça no ombro dele. Não sei quanto tempo ficamos apenas abraçados até ouvir a porta da enfermaria abrir.

— Ainda bem que estão acordados — Mere comenta com um sorriso carinhoso, mas os olhos vermelhos e a voz embargada dizem que ela acabou de chorar. — Como você se sente, Lucas? — Eu me afasto quando ela se aproxima dele já com o termômetro na mão.

Percebo que fiquei tão perdida no abraço e nasimagens do sonho que nem ao menos tentei descobrir o que ele está sentindo ouse está precisando de alguma coisa.

— Igual — Lucas responde hesitante. — A dor de cabeça e o enjoo não passam. Desculpa, Em — pede e depois desvia os olhos para o acesso do soro no dorso da mão e o ajusta um pouco.

— Não se desculpe por isso — digo. Ele levanta o rosto e me encara com os olhos cor de mel intenso. Tem muita coisa nas mãos dele e isso é um fardo pesado demais. Não queria que ele se sentisse assim, mas sei que é impossível evitar. — Eu só me senti um pouco melhor no terceiro dia — tento mostrar que é normal. — Está funcionando.

Tem que estar funcionando!

Ele toca de novo no acesso, o que atrai a atenção da Mere.

— Está incomodando você? — ela pergunta.

Antes que ele possa responder, Kyle e Vitor entram na enfermaria, seguidos por Matt. Olho para o relógio, eles estiveram fora por algumas horas, já são duas da manhã.

Eles saíram cedo, quando a Resistência apareceu. Eles levaram o corpo do Armon. Agradeci por Mere e Lucas estarem dormindo, não seria um momento fácil para eles, mesmo que já tivessem se despedido. Matt e Vitor vão amanhã ao funeral privado. Lucas queria ir, mas ele não pode sair do repouso. Ele não insistiu.

— O que aconteceu? — Matt pergunta com o sono estampado no rosto dele. Ele parece que estava dormindo, por isso, se eles o chamaram é porque há alguma novidade.

— Encontramos algo no lugar que o Nathan indicou, mas estava cercado por um muro alto e não conseguimos encontrar nenhuma forma de entrar — Vitor explica.

— Vocês acham que pode ser lá? — Mere pergunta com os olhos esperançosos.

— É impossível ter certeza, mas a Resistência vai investigar e eles vão nos ajudar a encontrar uma forma de entrar no local — Kyle diz sentando-se na cama onde eu estava dormindo há pouco.

Sorrio para ele e ele sorri de volta. Consigo imaginar a alegria que está sentindo com a possibilidade de encontrar a irmã de novo. Nem acredito que posso encontrar os meus amigos.

Para tudo ficar perfeito, só preciso que o Nathan volte.

Só preciso que o meu amor volte.

It feels so natural, natural
When we come together
Like a force of nature

Parece tão natural, natural
Quando estamos juntos
Como uma força da natureza
(Natural | Zayn)

Parece tão natural, naturalQuando estamos juntosComo uma força da natureza(Natural | Zayn)

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A Resistência | Contra o Tempo (Livro 2)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora