Capitulo 1 (Parte 2)

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- Ei... Que fazes aqui tão sozinha, linda? - levantei a cabeça minutos mais tarde e encontrei o mesmo rapaz de há bocado, mas desta vez sorria sedutoramente para mim e estava vestido completamente diferente.

- Mas que..? - exclamei surpreendida, cansada, chateada, ou talvez, nada disso. Este rapaz só pode estar a gozar com a minha cara. - Já sabes a resposta ! Acabei de te dizer, idiota !

- Pois... acho que te enganaste na pessoa. Nós nunca falámos. - interrompeu-me e tentou desculpar-se, sem muito êxito. A mim é que não me deixava na rua depois de me falar mal e tratar-me como se fosse um pano sujo. - Se calhar era...

- Não! Eras tu! - acusei-o, levantando-me de novo.

Ele riu-se, deixando ver as suas notáveis covinhas. Eram adoráveis. Quase que podia jurar que eram pessoas diferentes. Ele agora estava completamente diferente quanto à atitude e ao vestuário. Este levava vestidas umas calças pretas justas, tal como antes, mas na parte superior vestia uma camisola branca com umas letras e um casaco castanho. A sua personalidade agora era divertida, mas charmosa também. Sorria sedutoramente e mostrava o quão confiante de si mesmo era.

- Ok, miúda... - disse e aproximou-se de mim. O que é que ele estava a fazer? Agarrou-me pela cintura e, ainda a sorrir, aproximou-se do meu rosto, cortando-me a respiração. Merda! Sou demasiado fraca para este tipo de aproximações! Os seu lábios estavam muito perto dos meus e os seus olhos fixos em mim. - Juro que não fui eu que falei contigo, e não sei o que te fez mas eu nunca iria tratar mal uma rapariga tão... - olhou-me de cima a baixo e passou a língua pelos lábios - tão linda.

-Deixa-te de coisas, estás maluco. Solta-me. - murmurei tentando parecer segura e nada intimidada. - Não sei o que pretendes com este joguinho, mas se vais falar mal para mim e fechar-me a porta na cara outra vez, fá-lo. Pareces bipolar, e nem te conheço mas já me irrit...

Não pude acabar a frase porque o rapaz colou os lábios aos meus, convidando-me a receber o beijo que ele me oferecia. Quis afastar-me. Quis gritar. Mas não consegui fazer nada e continuei com o jogo. Este rapaz era um cínico e um bipolar. Perdi-me nos seus lábios mas felizmente recuperei a consciência e, segundos mais tarde, mandei-lhe um estalo, demonstrando-lhe quem realmente era eu. Por acaso pensava que eu era fácil? Que tipo de pessoa era este rapaz?

-O que estás a fazer, estúpido?!

Aproximou-me mais a ele enquanto eu tentava separar-me, o que se tornou uma tarefa muito difícil porque ele era muito mais forte e maior do que eu, mas também porque, mesmo que não o quisesse aceitar, tinha gostado de estar assim com ele.

-A beijar-te. - disse lentamente e senti como os meus joelhos falhavam. Este rapaz era a loucura em pessoa, mas tinha que reconhecer que era irremediavelmente sedutor.

-Disso já eu me tinha apercebido, idiota! Solta-me! - exclamei e alguns murros embateram contra o seu peito, mas ele não me soltou. Apenas se dedicou a passar a língua pelos lábios e a sorrir sedutoramente. Aproximou-se da minha orelha.

-Sei que gostaste e sei que queres mais. Por isso diz-me o teu nome e deixo-te entrar em minha casa para descobrir as sete maravilhas que te posso oferecer. - disse descaradamente.

Mas quem foi o burro que lhe disse que esta era uma boa maneira de conseguir uma rapariga?

Bufei. Estava a propôr-me sexo duma maneira... Como hei de dizer?... Descarada.

-Não penso entrar contigo aí dentro! Fico na rua! És um porco e um cínico! - gritei e ele separou-se de mim. Cruzei os braços, admirando o sorriso que continuava no seu rosto.

-Está bem, quando estiveres cansada de esperar e não quiseres dormir na rua apenas toca à campainha. - informou, ajeitando o cabelo. - Ok, linda? - resmunguei, ele sabia que eu era a rapariga de acolhimento- Espero por ti na minha cama.

-Tu és um... - voltou a interromper-me. Tinha um sério problema em deixar as pessoas acabar de falar.

-Até logo, Bella. - disse e piscou-me o olho, fechando-me a porta na cara de novo.

Mas será possível?! Era um estúpido. Sabia o meu nome e o que estava a fazer ali e apenas se aproveitou da situação. De certeza que neste momento se estava a rir da minha cara.

Levei os dedos aos meus lábios e lembrei-me do beijo. Fixei o olhar no chão outra vez e, surpreendida, pensei se deveria mesmo entrar ali dentro. Conviver com um rapaz com dupla personalidade e um sério problema em deixar-te acabar as frases? Definitivamente não era uma boa opção.

Os Trigémeos Styles (tradução)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora