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GILINSKY, Margot

Desci do carro como um furacão, eu nunca mais saio com esses meninos na minha vida. Assim que abri a porta, tomei um baita susto com as lâmpadas acesas e minhas amigas com placas escrito "por ali" viradas para a escada.

Olhei para elas confusas que gritaram um "apenas vai, burra", me fazendo revirar os olhos. Subi as escadas devagar, pois tinham pétalas de rosas espalhadas por elas.

Segui as pétalas até meu quarto onde as luzes estavam apagadas e tinha uma vela que formava um coração e tinha um "namora comigo". Escutei a porta fechar e me virei podendo ver o rosto de Nathan sorrindo e com uma caixinha virado para mim.

—O-o que é isso?— pergunto limpando rapidamente uma lágrima que caiu, poxa, ninguém nunca fez isso por mim!

— Eu não sei o que falar, confesso. Nunca pensei em me declarar para alguém, nem mesmo pra irmã chata do meu melhor amigo— reviro os olhos cursando os braços— Mas, eu vou fazer isso, porque...aí eu tô nervoso.— ele respira fundo e volta a falar de novo— Quando a gente se conheceu, eu era irritante, não gostava de brincar com você, até que a gente foi crescendo e eu fiz você ficar...assim. Eu não queria, em momento algum, te machucar e sobre a primeira "aposta" quero deixar BEM claro que seu irmão NÃO tem nenhum envolvimento nisso, eu apenas falei que ele tinha porque ele e o J te mimavam demais.

—O único mimado aqui é você— ele ri assentindo

—O que eu quero dizer, Margot, é que você fez eu me apaixonar. Com esse seu jeito bravona, com seu sorriso espontâneo, com seu jeito de amar, de cuidar, com o seu jeito irritante também. Você fez eu me apaixonar por você, e cara, isso dói. Dói. Porque eu não sei se você sente o mesmo por mim, mas eu vou fazer isso, eu tô fazendo isso, eu tô aqui que nem um idiota me declarando pra você. Você é a mulher da minha vida, a pessoa que eu quero construir um futuro, a gente se falou POUCO, mas eu te conheço com a palma da minha mão. Sei que quando você tá triste você gosta de ver Frozen, como eu era antes de você e a culpa é das estrelas com um balde de pipoca e comendo sorvete de flocos, que você ama balas finis e todos os doces existentes, que mesmo com fama de "pegadora", não pega ninguém a não ser que a pessoa te agrade. Sei que você odeia que fale mal dos seus amigos ou dos seus ídolos, pois cada um é especial para você. Mas o que eu não sei, é a sua resposta.

Eu já estava virando uma poça de água de tanto que tô chorando. Como isso é possível? Como esse menino consegue mexer comigo assim?

Me viro tentando racionar e limpando as lágrimas. Ele está mentindo. Ele nao me ama. Ele não me quer pra vida dele. Sou apenas outra aposta.

—Não vai dizer nada?— ele toca meu ombro mas eu me afasto— O que foi?

—Você tá mentindo, é mais uma aposta sua. Eu sou só uma aposta pra você. — e sem perceber as lágrimas caiem mais rápido, fazendo Nathan me abraçar apertado e me pedir um "desculpa" várias vezes.

—Eu juro, juro que eu tô arrependido e juro de dedinho que eu não tô mentindo, que eu quero mesmo isso. Quero você como minha namorada, quero acordar todo dia do seu lado, quero estar com você na sua TPM e até quando tiver feliz. Eu quero você, Margot!— ele limpa minhas lágrimas com as costas das mãos e me dá um sorriso

—Mesmo?— pergunto entre soluços e ele assente

—Se não fosse verdade, eu nem compraria aliança— reviro os olhos rindo e batendo em seu braço— E então?

O puxei para um beijo, de forma que, expressasse todos os meus sentimentos. Tudo o que eu estava sentindo, e espero que ele entenda que isso é um sim.

Ele para o beijo com selinhos e me gira me fazendo rir.

—Eu vou te fazer feliz, eu juro— ele me dá um selinho e coloca a aliança no meu dedo, e depois, eu coloco no dele.

Acordei com braços abraçando minha cintura e sorrio de lado, lembrando da noite que eu tive com Nathan. Não transamos, apenas aproveitamos o momento.

Nossos amigos não se pronunciaram desde que chegamos, apenas nos deixando a sós. Olho o relógio do quarto e vejo que são cinco da manhã, resmungo tentando me soltar de Nathan que me prende mais a ele.

—Fica aqui comigo— ele diz abrindo o olho

— Eu não posso...não consigo dormir— falo fazendo ele me puxar mais para si e deixar seu rosto na curvatura do meu pescoço.

—Quer fazer alguma coisa?— ele pergunta juntando nossas mãos

—Só ficar aqui já tá bom— ele sorri e me dá um selinho que foi de transformando em um beijo.

ʜᴇᴀʀᴛʟᴇss  ⟲ Nɑthɑn Mɑloley [1]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora