A Arte da Guerra

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                                                                          Milena

Em 1772, um jesuíta francês traduziu a primeira versão conhecida no Ocidente de "A Arte da Guerra". Segundo a tradição, esse texto foi escrito por um estrategista chinês, de nome Sun Tzu, há mais de dois mil e quinhentos anos.

Por que estou contando isso? Bem, para começar porque tenho um avô coronel, um pai major e um irmão mais velho que são fascinados por guerra. Capazes de recitar nomes de batalhas, armas e generais como quem faz a lista do supermercado. Não que eles apreciem a violência. Meu pai, inclusive, é médico. Jurou salvar vidas, não acabar com elas. Mas sei o que fascina os três nas histórias de guerra: são as estratégias e táticas utilizadas pelos grandes generais para alcançar a vitória.

Também sou louca por esse assunto, embora, até outro dia, eu não me desse por conta disso. Eu pensava em mim apenas como uma menina mandona, que gostava de gritar ordens para os outros nos trabalhos de grupo ou nos jogos de equipe.

Foi quando me tornei editora do jornal do colégio, e senti que comandar era muito mais do que gritar ordens. Comandar era assumir responsabilidades e tomar decisões que, às vezes, podiam não ser compreendidas pelos outros. Mas, apesar de não ser muito fácil, adoro comandar minha equipe em busca de notícias. Sinto que nasci para isso.

Mesmo assim, eu não estava preparada para a guerra que explodiu nos primeiros meses de existência do meu jornal. Foi quando os ensinamentos de Sun Tzu me ajudaram muito, e "A Arte da Guerra" saiu da estante do meu pai para se tornar meu livro de cabeceira.

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