Eu sou um bruxo.

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Uma semana já havia se passado, Harry pesquisou e até mesmo conversou com Hermione via flu. Mas tirando a beleza, nada do que Harry havia notado de diferente nos Cullens se encaixava.

Edward até tentou se manter longe na sexta, Harry tinha criado o hábito de analisá-lo e o mais alto não se sentia confortável com isso, não sabia o que fazer caso o moreno descobrisse.

Eles haviam achado rastros de vampiros perto da casa da Bella e suspeitavam de que Victoria ou os vulturi estivessem por trás disso. Ele não queria nem podia arriscar mais uma vida. 

A amizade de Harry e Bella estava cada dia maior, e Edward estava feliz. Depois daquela cena perto do estacionamento antes de irem em bora, Bella o procurou e eles conversaram, Edward revelou para a garota que Harry era seu verdadeiro companheiro, e todos seus medos.

A menina o entendia, afinal, por causa dela os vulturi podia chegar ao seu pai e se tivesse uma forma de impedir ela o faria, e o mesmo sevia para Edward e Harry. Mas não se arrependia de ter ido para a Itália atrás de Edward.

Ela tinha sofrido muito quando ele foi embora, mas a distância foi clareando sua mente e pode ver que tudo era apenas encanto. Ela precisava dizer a Edward que estava tudo bem, e Bella não queria ser a culpada pelo suicídio do vampiro. 

E não queria que seu novo amigo corresse perigo, no entanto, ele já estava em risco apenas por ser seu amigo, não é? Bella não queria abandonar a amizade, Harry era engraçado, as vezes dizia coisas que ela não entendia e ele não entendia coisas que deveria ser normais para o dia a dia de um adolescente. Como filmes, jogos ou bandas. Mas quem liga, os dois se davam bem.

Era sábado de manhã e Bella tinha prometido ajudar Harry com álgebra. O moreno estava sentado em uma poltrona lendo outro livro tentando encontrar uma resposta para o mistério Cullen, foi quando a cabeça de seu amigo Ron, apareceu na lareira. 

- Oi Ron, tudo bem? – perguntou preocupado. 

- sim cara. – respondeu o tranquilizando. – Hermione me disse que você encontrou uma família estranha. 

- eles não são estranhos. – revirou os olhos. – eles são diferentes... Se bem que não sentir o coração de alguém é bem estranho. 

- você disse a ela que eles são frios, certo? Sem batimento, beleza encantadora e exalam perigo ao mesmo tempo que atraem, não é? – perguntou. 

- sim, e o engraçado é que não são parentes de sangue, mas eles de alguma forma são parecidos. O Sr e a Sra Cullen adotaram os cinco filhos.
 
- isso é estranho sim. – disse Ron franzindo as sobrancelhas. – mas é meio obvio, eles são vampiros... de acordo com o que você descreveu. 

- vampiros? – perguntou tendo um estalo, claro, como não notou? Talvez culpa dos olhos, os olhos o confundiu, além do fato dele ter visto vampiros sem camuflagem apenas na guerra, e eles não eram em nada como os Cullen, eram selvagens e assassinos, e Harry não parou para analisar o inimigo. – os Cullens são vampiros. Mas como você sabe? 

- se esqueceu que tem um vivendo no sótão da' toca?

- ah, é. - riu de sua lerdeza. - então é isso, os Cullen são apenas vampiros.

- o que? – Harry virou o pescoço quando ouviu a voz atrás de si, encontrando Bella com os olhos arregalados. 

- Bella? 

- quem é essa? – Ron perguntou clamando a atenção da menina para a lareira. 

- tem uma cabeça falante na sua lareira. – disse chocada. 

- Rony, conversamos depois. Tchau. – disse Harry interrompendo a conexão. – Bella, se alcança, eu posso explicar. 

- me desculpe, eu chamei e você não atendeu, a porta estava aberta então eu entrei... Tinha uma cabeça ali. – Bella desatou a falar atordoada, piscou várias vezes olhando para a lareira que estava normal novamente. 

- sim, tinha. – disse Harry devagar. 

- como você fez isso? – perguntou realmente curiosa. Ao menos sei que não estou louca, aquilo foi real. Pensou se sentando no sofá perto. 

- magia. – disse a palavra que lhe renderia uma surra e uma noites sem comida na casa dos tios. 

- tipo...  Houdini? 

- quem? – perguntou confuso. 

- Harry Houdini... O ilusionista. – respondeu como se fosse o óbvio. 

- eu não conheço ele, mas não foi ilusão, foi magia. – disse. 

- de verdade? – perguntou desconfiada. 

- sim. Você não vai gritar e me chamar de aberração? – questionou temeroso e de cabeça baixa. 

- porque eu faria isso? – ela sorriu quando o moreno lhe olhou com olhos arregalados. – foi bem estranho, mas não é pra tanto. 

- obrigado. – Harry sorriu largamente, ao menos a menina não sairia correndo dele. 

- então você é um... Mágico? – perguntou incerta. 

- bruxo. – respondeu vendo a garota concordar com a cabeça e morder o lábio pensativa. 

- eu achava que bruxos viviam em cabanas no meio da floresta, voavam em Vassouras e tinha grandes caldeirão em suas salas. – brincou e o outro riu. 

- quase isso, na verdade a maioria dos bruxos vivem no mundo mágico, onde podem ser eles mesmos sem a intervenção dos trouxas, e sim, voamos em Vassouras, temos até esportes sobre Vassouras e eu não tenho um caldeirão, mas acho que se entrássemos na casa do meu antigo professor de poções, encontraríamos um no meio da sala. – riu com a ideia e Bella o acompanhou. 

- isso parece muito louco. – ela comentou com olhos brilhantes de curiosidade. – você pode contar mais sobre esse mundo ou é algo do tipo máfia, e se você me contar terá de me matar depois. 

- eu não vou mata-la. – disse rápido com medo da menina querer fugir ainda e Bella riu do medo do outro. 

- é brincadeira. – falou e Harry suspirou aliviado. – mas você disse algo sobre os Cullens. Como descobriu? 

- eu... Espera... O que? – o garoto a olhou chocado. – você sabia sobre eles? 

- bem. – ela mordeu o lábio e se perguntou se podia falar sobre a família de Edward. – eu prometi manter segredo. 

- eu não vou contar a ninguém, além do mais, você sabe o meu segredo. – Harry apontou para si mesmo quando ela lhe olhou confusa. – sou um bruxo, e os bruxos não podem sair por aí se revelando. Não se preocupe, você não vai morrer, mas se a cidade toda ficar sabendo sobre mim, posso ter problemas com o ministério da magia. Nossas leis são rigorosas.

- oh, eu não vou contar. – disse determinada. 

- obrigado. 

- agora, me explica mais sobre seu mundo bruxo e como descobriu que os Cullens são vampiros?

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