MONA LISA E TAEHYUNG, DUAS ARTES QUE RESULTAM EM UMA - AMOR

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[21.04.19]

Jeongguk queria enquadrar aquele olhar. Pegar o brilho dos olhos de Taehyung e preencher o céu escuro que pintava a janela de seu quarto toda vez que ia dormir sozinho e vazio. Algo em sua mente queria lhe pregar uma peça e lhe fazer crer que jamais alguém o havia olhado daquela forma. Mas... não. Não era uma peça. Ninguém nunca o tinha olhado daquele jeito. Num misto de desejo e carinho. Amor.

Amor?, Jeongguk se assustou com os próprios pensamentos. Ainda era cedo demais e já criava mil conjecturas, lavei ilusões.

O ar lhe escapou dos pulmões e ele puxou o corpo sobre o seu num ímpeto urgente, agarrando-o como se precisasse que ele o abraçasse e nunca mais o soltasse.

Taehyung passou as mãos por suas costas, mesmo com dificuldade por causa do colchão.

— O que foi, Jeongguk? — perguntou num sussurro.

— Você vai fugir amanhã? Vai fingir que nunca aconteceu?

— Não — Taehyung respondeu firme. — Eu não vou fugir, eu prometo — afastou-se para encará-lo. — Você vai fugir?

Jeongguk o encarou. Cada detalhe do rosto, cada pequeno detalhe. Passou o dedão pela bochecha de Taehyung e sacudiu a cabeça.

— Não.

Taehyung sorriu, entrelaçando seus dedos devagar aos de Jeongguk. Eles olharam para aquele emaranhado e sorriram em silêncio. O sol bateu em alguma coisa lá fora e atingiu o olho de Jeongguk, fazendo-o fechá-los.

Eles riram baixinho e Taehyung se levantou. Foi até a janela e fechou as cortinas. Quando voltou, deitou ao lado de Jeongguk, como se aquele momento fosse precioso demais para qualquer coisa que não fosse apenas estar ao lado dele, em silêncio, contemplando sua beleza.

— Você é lindo — sussurrou Taehyung subitamente.

Jeongguk pressionou os lábios, sentindo os dedos de Taehyung passearem por seu rosto, depois por seu braço. Então, devagar, Jeongguk se sentou. Desabotoou o primeiro botão da própria camisa. O segundo, o terceiro. Até tirá-la e deixá-la de lado. Taehyung o observou com cuidado, sem desviar os olhos por um segundo.

O violinista queria enfrentar e espantar a vergonha, mesmo que aquele ato o fizesse corar ainda mais e que seu coração batesse tão rápido que o roqueiro pudesse senti-lo sem ao menos tocá-lo.

O corpo de Taehyung se ergueu lentamente e as mãos aproximaram Jeongguk a toques gentis. Suas bocas se encontraram com delicadeza. Os dedos sutis do roqueiro acariciavam lentamente a nuca do outro, provocando-lhe arrepios maravilhosos.

As mãos de Jeongguk seguraram a barra da camisa de Taehyung com cuidado e a subiram com hesitação. A pele nua deixou à mostra algumas tatuagens, que foram contornadas devagar pela ponta dos dedos alheios. Os olhos se encontravam no silêncio e no desejo.

Taehyung deitou Jeongguk suavemente para tirar ambas as calças jeans. Ele percebeu como estava sendo calmo e suave em todos os seus atos, algo que não costumava ser. Sexo sempre lhe fora sexo selvagem. O que era aquilo que estava fazendo ali? Aquilo que os outros chamavam de amor...?

Aquilo era o tal do "fazer amor"? Aquela breguice toda?

Diante da hesitação momentânea de Taehyung, por estar preso em seu monólogo e questionamento internos, Jeongguk agarrou-o pelo mullet e o puxou para baixo, finalmente implorando por um beijo urgente e necessitado. Obsceno. Os dedos puxavam o cabelo do roqueiro com cada vez mais força. Cada toque exigia algo a mais. Quando as mãos ansiosas e impacientes de Jeongguk enrolaram-se ao cós da cueca de Taehyung e a abaixaram, o roqueiro compreendeu bem e empurrou-lhe o corpo mais para cima, até que a cabeça do garoto encontrasse os travesseiros, e se levantou para tirar a última peça do corpo.

sobre todas as bandas de rock que eu não conhecia antes de conhecer vocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora