Sinto Muito 2/3

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Amélia

Marie descobriu que eu e Matheus Gabriel estamos casados. Isso faz três meses. De lá para cá eu e Gabriel começamos a dormir no mesmo quarto e Marie parou de importunar a vida de Gabriel, embora às vezes ela ainda tinha um surto e o atacava.

Certa vez ela entrou no quarto no calado da noite, deitou ao lado de Gabriel e começou a masturba-lo. Por conta da inevitável ereção e Gabriel estar abraçado comigo eu acordei.

- Gabriel, o combinado de hoje era dormir. - Digo sonolenta.

- Hum? Dormir? Eu estou dormindo, tu és quem não deixa. - Ele diz me abraçando mais forte, tentando despertar inutilmente, pois dormiu de novo.

Diante daquela frase estranha eu acendi as velas do candelabro ao lado, virei-o na direção de Gabriel e vi Marie com a mão nele e uma perna já encima de pronto para vira-lo em sua direção. Mulher nojenta e atrevida.

- O que pensa que está fazendo!? - Gritei furiosa.

- Estou em buscar de um filho. - Ela respondeu sorrindo.

- Sua vadia, agora eu acabo com tua raça.

Joguei o candelabro encima de Gabriel que finalmente acordou depois de ser queimado no peito.

Avancei para cima de Marie. A derrubei no chão, sentei encima dela, segurei seus cabelos e os puxei com força fazendo-a bater repetidas vezes a cabeça no chão, se já estava ficando doida, pois então que ficasse de vez. Ela quebrou a taça sobre a cômoda ao lado na minha cabeça na intenção de me dispersar. Sorri. Ela ainda tentou rebater, mas seus braços finos comparados com os meus era totalmente inútil, Marie podia ser mais alta que eu, mas nunca seria mais forte. Arranhei seu rosto e braços. Soquei sua cara e seu peito com força.

- Amor, já chega. - Diz Gabriel bocejando.

Ele se levanta e tenta me separar de Marie. Me desvio de seu braço, me levanto e arrasto a vadia pelos cabelos para fora do quarto. Ela nem ao menos teve a chance de se defender.

- Se aparecer no meu quarto de novo eu acabo com você. - Digo fervilhando em raiva. Bato a porta do quarto na cara dela, vendo-a tentar se levantar.

- Sereia... - Gabriel diz se aproximando. - venha, vamos trancar essa porta com chave, uma cadeira e fingir que nada disso passou de um pesadelo.

- Desculpe não ter notado a presença dela. Isso deve ter sido horrível.

- Foi sim, mas me prometa que não fará mais isso.

- Eu daria mil surras nela se pudesse.

- Eu sei, il mio amore, mas não sabemos até onde Marie é capaz de chegar e nem até quando a obsessão dela por um filho meu virará uma obsessão para nos matar... Matar você... Não quero que isso ocorra.

- Não permitirei que Marie encoste em mim sem que seja devidamente revidado. Ninguém fez isso e ela não será a primeira.

- Eu não estou disposto a correr esse risco. - Gabriel diz segurando meu rosto para encara-lo. Podia ver o medo em seus olhos.

Acariciei seu rosto e beijei seus lábios com delicadeza. Seu beijo era o que faltava para meu coração se aquecer e se acalmar.

- Me desculpe. - Disse.

- Eu amo quando me beija assim...

- Dormir, Gabriel. - Alertei. - Vamos dormir.

- Claro, vamos dormir. - Ele repete.

Tranca a porta, encosta uma cadeira na fechadura e deita na cama. Eu fico lhe acariciando os cabelos até ambos pegar no sono.

Houve outras tentivas de Marie, porém uma mais falha que a outra, mas em certo momento, percebi que suas atitudes tentavam me atingir muito mais que a Gabriel.

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