18

207K 13.5K 6.2K
                                    

Luíza 🌻

Eu não era tão burra, quanto parecia.

Só não queria ficar no mesmo ambiente que ele e acabar sentando pra ele.

Que era o meu desejo.

Mas não tava afim de pagar a prostituta de luxo dele.

Ele passou o tempo todo me ignorando, mas na hora de querer sexo ele sabe falar bem direitinho.

Incrível ele.

Fiquei do pertinho de um dos seguranças que tava rondando a casa, ele me olhou como se eu fosse uma doida e eu sorri.

Luíza: Ainda tem perigo de sair? - Ele olhou o relógio.

- Tem pô, deixa dar pelo menos uma hora dá invasão, que os caras já vão ter feito a limpa.- Bufei, vendo que ainda tava bem cedo.

Me sentei na calcadinha e encostei a cabeça na porta.

O raidinho do menino tocou e ele se afastou, depois de uns segundos ele voltou me olhando.

- Coringa tá mandando tu entrar, entra na moral aí, quero ter que fazer nada a força não.- Abriu a porta, me levantando.

Luíza: Você é fofoqueiro ein.- Dei língua pro menino.

- Ele é chefe, sabe de tudo.- Deu os ombros, me empurrando.

Entrei vendo o Coringa de olhos fechados, deitado no sofá.

Luíza: Tô com fome.- Sentei no chão, do lado dele.

Coringa: Não posso fazer nada.- Murmurou.

Luíza: Você se preocupa comigo? - Olhei pra ele, curiosa.

Coringa: Não..- Senti sinceridade nas palavras dele.

Luíza: Entendi.- Assenti, olhando pra tv.

Fiquei calada, esperando o tempo passar, enquanto ele dormia, ou apenas tava de olhos fechados.

Luíza: Coringa..- Chamei por ele, ao atingir o ápice do tédio, olhei pra ele que continuou de olhos fechados.- Você realmente acha que tudo que a Rebeca passou foi culpa minha?

Coringa: Não.

Luíza: Por que você falou aquilo então?

Coringa: Pra ela ficar com raiva de você e se afastar.

Luíza: Uau, você conseguiu foder minha vida mais que isso.- Sorri armagruda, pós escutar essas palavras.- Além de tirar minha melhor amiga de mim, fez meu pai ficar decepcionado e a Marta me achar uma puta interesseira, valeu mesmo.

Coringa: Não foi esse meu foco.- Falou sem dar importância.- Afastando a Rebeca de você, o foco do Peixe ia ser em você, ele vai deixar ela de lado já que ele quer você, não ela.

Luíza: Depois eu que sou a egoísta.- Sussurrei pra mim mesma, me levantando.

Pela terceira vez no dia, engoli minhas lágrimas, dessa vez saindo realmente da casa.

- Ei, fica aqui novinha.- O menino tentou me puxar.

Luíza: Não faz diferença, tá suave.- Sorri falsa pra ele, andando rápido.

Quando cheguei na porta de casa, de longe já tinha visto o Magrinho parecendo um pouco com o raidinho em mãos, andando de um lado pra outro.

Magrinho: Tu é maluca? Tu quer foder meu coração, desgraça? - Gritou comigo, preucupado.- Eu vou tacar um fuzil no teu cu, Luíza.

Luíza: Eu tô bem.- Sorri de lado, vendo que ele realmente se preocupava comigo.

Magrinho: Não tá, tu usou droga.- Me agarrou, bem forte.

Deitei a cabeça no peito dele, retribuindo o abraço.

Mas do nada ele me empurrou e começou a dizer que deveria me matar, por deixar ele preocupado.

Visita Íntima Onde as histórias ganham vida. Descobre agora