7° Capítulo

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(Eva)

Demorei para dormir pensando em tudo que aconteceu comigo e com o meu chefinho Daniel. Não dormi direito.

Estava sonhando com o idiota-sexy-gostoso do meu chefe quando a campainha tocou e não parou mais. Olhei no relógio do meu celular e eram 6:30h da manhã, eu só teria que acordar as nove para o trabalho hoje. Deduzi que era a Malu por que ela não voltou para casa ontem a noite e ela tem uma grande mania de esquecer as chaves em casa. A campainha não parava de tocar.

- Já vai porra.- eu disse chegando na sala. Mas a campainha não parou.

Quando abri a porta comecei logo falando para a vaca da Malu parar com essa mania de esquecer a chave. Só que perdi o ar quando vi aqueles olhos castanhos me comendo, eram puros 1,90m em minha frente sem camisa e muito gostoso.

- Caralho Eva.- Daniel disse me olhando de cima a baixo.- É assim que vamos ser amigos? Por que se for, quero ser seu amigo para sempre.- ele falou rindo. Só por que eu estava usando uma camisa enorme do Nirvana e uma calcinha boxer.

- O que você esta fazendo aqui essa hora?- eu perguntei puta da vida. Realmente não gosto de acordar cedo quando não à necessidade.

- Vim tomar café com a minha nova amiga.- sério produção?

- Se você quer ser meu amigo por um bom tempo, vai para casa.- falei.- Não gosto de ser acordada cedo quando não à necessidade.

- Para de graça pequena Eva.- ele falou passando por mim e entrando sem ser convidado. Ele é muito sem noção. Com a porta ainda aberta eu disse:

- Se você tem amor a sua vida mete o pé daqui.- falei apontando para a porta.

- Você esta muito marrenta pro meu gosto.- ele disse rindo e vindo em minha direção.

O que ele esta fazendo? Ele perdeu a noção? Ele não tem realmente amor a vida! Ele me pegou e me colocou em seu ombro, fechou a porte e me perguntou:

- Onde fica o banheiro?

- Não vou falar seu idiota. Me larga.- comecei a bater em suas costas, mas ele me levava com a maior facilidade, sem o mínimo esforço.

- Então eu vou descobrir sozinho.

Ele começou a abrir todas as portas comigo ainda em seu ombro... Até que ele achou o banheiro. O que ele quer comigo no banheiro?

- O que você...- não consegui terminar de falar pois ele tinha me colocado no boxe do banheiro e ligado o chuveiro na água fria.- Seu filho da puta.- eu falei tremendo os lábios.

- Não fala assim da minha mãe.- ele deu un sorriso sínico.- Prontinho agora você esta bem acordada.- ele falou saindo do boxe.- Podemos tomar café agora?

- Seu idiota.- eu sai do boxe e comecei a bater naqueles músculos gigantes que estavam sem camisa.- Eu te mato porra.- ele segurou os meus braços.

- Acordou esquentadinha hoje Flor?- ele perguntou mostrando as covinhas.

- Eu nem dormi seu filho da mãe.- eu gritei ainda tentando bater nele, o que foi inútil pois ele segurava os meus braços.

- Esta pensando em mim né?!- eu olhei para ele como que dizendo 'como você sabe?'. Dei um tampa em minha consciência por isso.- Eu sei, eu também não parei de pensar em você.A.Noite.Toda.- ele falou e me largou, só não se afastou.

Então ele foi chegando muito perto, colocou a mão em minha nuca e aproximou ainda mais o seu rosto do meu. Ele ia me beijar cacete, seu eu não parasse agora iria dar merda.

- Então onde vamos tomar café?- eu falei me afastando. Só depois que me afastei percebi que estava tremendo de frio, acho que o calor do corpo dele me aqueceu.

- Aonde você quiser.- ele pegou uma toalha que estava no banheiro e me cobriu.- Vá colocar uma roupa, empata foda.- ele bateu na minha bunda e riu.

Troquei de roupa e voltei para a sala, só que ele não estava mais lá, o desespero me bateu e quando fui procura-lo na cozinha ele estava sem camisa e com um avental de cozinheiro, é a coisa mais sexy do mundo ver ele daquele jeito. Quando me viu sorriu e disse:

- Gosta de panquecas?- você vem junto? quase falei, mas me repreendi.

- Amo panquecas.- Lambi o meu lábio inferior. Estava morrendo de tesão.

(Daniel)

Essa foi a melhor manhã da minha vida, depois de ver aquela beldade só de calcinha boxer e com uma blusa do Nirvana (e sem sutiã), quase ataquei ela ali mesmo. Esse é o sonho de todo homem! Depois dos acontecimentos no banheiro fui bisbilhotar a cozinha dela, procurando algo para o café da manhã. Acabei fazendo panquecas. Coloquei um avental de cozinheiro e botei a mão na massa.

Enquanto colocava as primeiras panquecas em um prato, a desusa que atormentava os meus sonhos e o meu pau entrou na cozinha e quando me viu soltou um suspiro de alívio. Será que ela pensou que eu tinha ido embora? Pequena Eva não vai se livrar de mim tão rápido assim.

- Gosta de panquecas?- eu perguntei.

- Amo panquecas.- ela lambeu o lábio inferior. Porra ela é muito sexy.

- Ah Eva. Não faça essa cara para mim.

- Que cara?- ela se fez de desentendida.

- Essa sua cara de me foda.- ela corou e eu sorri.- Adoro quando você cora assim.

- Não estou fazendo cara nem uma... Agora vamos parar de flertar comigo meu cozinheiro particular.- ela disse e sorriu.

- Por que você cora toda vez que eu falo de sexo com você?- Será que ela é virgem? Como uma mulher daquelas pode ser virgem?- Eva você é virgem né?!

Ela começou a gargalhar da minha cara, quase se engasgou.

- Qual é a graça?

-Você realmente acha...- Mais risadas.- Que eu... Euzinha aqui...- e mais risadas.- Sou virgem?

- Por que não? Se for a gente resolve isso agora mesmo.

- Daniel não se iluda, tenho 25 anos, não sou virgem desde os 18 anos.- ela disse enxugando uma lágrima que caiu de tanto ela rir.

- Então por que cora tanto?

- Por que sexo é uma coisa íntima, particular, não é para ser falado explicitamente do jeito que você fala, ao meu ver é assim.- então ela é do tipo romântica?

- Entendo... Vamos comer?- pegunto e ela sorri.

Comemos conversando sobre coisas normais. Tipo época da escola, infância e coisas do tipo. Ela comia com o maior prazer o que me fazia sentir prazer em ve-la comendo, não um prazer erótico mas sim um prazer de satisfação, por que ela sentia prazer em comer o que eu preparei, é um sentimento confuso.

- Me diz o que você não sabe fazer?- ela disse lambendo os lábios depois de comer a sua última panqueca.

- Acho que não sou bom em conquistar você.- sorri.

- Você é bom nisso, só que sou difícil.

Essa é a característica que mais me atraí nela, ela não se dá fácil, você precisa lutar para ter algo com ela.

- Eu gosto disso em você.- falei levando os nossos pratos para a pia e lavando.

- Obrigado, e eu admiro a sua persistência.- ela falou.

Que bom, por que eu não desistirei até ter ela em minha cama. Agora é questão de honra.

Depois que arrumamos a cozinha eu fui para a minha casa e me arrumei para mais um dia de trabalho. Só que hoje não seria um dia normal pois não conseguirei tirar essa mulher da minha cabeça. Minha pequena Eva.

Tão Natural (Completo)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora