Dois amigos e um bebê

Eu quero um gato

JEONGGUK

- Tem certeza que o papai não tá grávido de um cachorro? - Jyun perguntou, enquanto balançava os pés no ar, já que não alcançava o chão, de modo impaciente.

- Não, Jyun. Pela décima vez, isso é impossível. - respondi. Ele deu de ombros.
Nós estamos no hospital. Jimin tem uma última consulta antes do bebê nascer. Eu tive que ficar do lado de fora porque minha mãe e minha sogra resolveram acompanhar meu noivo.

Sim, nós noivamos. No quarto mês da gravidez.

Quando nós descobrimos que seria uma menina, nós saímos para comemorar. Levamos Jyun para contar a novidade, mas ele dormiu no meio do caminho e acabou ficando na casa dos meus pais.

(...)

- A gente devia contar pra ele de um jeito divertido, pra ele ficar feliz, sabe? Eu tenho medo que ele não fique tão contente com a novidade. - disse, enquanto sugava o macarrão.

- Só se a gente comprar um cachorro que fala para contar, ele não vai desistir do cachorro. - Jimin deu de ombros.

- Pediu anéis de cebola? - mudou de assunto. Neguei. - Ah, eu quero tanto. - acariciou a barriga e lambeu os lábios.

Jimin sempre gostou de comer bastante, às vezes inventava uma dieta, mas não chegava a durar dois dias. Mas nessa gravidez... Ele pediu uma prato de macarrão, bife, batata frita, arroz e ainda quer anéis de cebola. Vê se pode? Pode sim, pode tudo que ele quiser. Se ele quiser o mundo eu dou.

- Você nem gosta de cebola, Jimin.

- Mas a Minwoo sim. É pra ela, e pede um suco de laranja pra mim, por favor.

Levantei para fazer o pedido, já que nenhum garçom estava próximo. Depois de terminar, fiquei observando de longe Jimin comendo. Tão lindo, mesmo sujo de molho. A cena ficou mais bonita quando ele passou a mão sobre a barriga para conversar com a nossa filha, ele ainda sorriu depois, como se a pergunta que fez tivesse sido respondida. E eu me perguntei: porque eu ainda não casei com esse homem? 

Jimin percebeu meu olhar sobre si e começou a gesticular com as mãos para que eu voltasse.

- Meu rosto tá sujo? - perguntou.

- Tá não. - tá sim, mas você fica fofo desse jeito. Quem sabe depois que eu tirar uma foto eu possa te ajudar a limpar.

- Você estava me olhando estranho... Pensei que tivesse algo no meu rosto.

Só a beleza de um anjo

Jimin voltou a comer. Eu já tinha terminado, então fiquei apenas observando.

- Você me ama? - perguntei e ele me encarou com o cenho franzido.

- Claro que sim. Que tipo de pergunta é essa? Eu hein... Você está agindo estranho...

- Você casaria comigo? - eu esperava qualquer reação vinda dele. Ele podia me rejeitar, me chamar de louco ou dizer que sim. Mas ele riu, riu muito. E eu fiquei confuso.

- Espera... Você... Você tá falando sério? - ele até colocou os talheres no prato para me encarar. Assenti. - Desculpa, pensei que estivesse brincando comigo.