Theater and Student.

- Interrupções. -

POV: LISA.

Acordo com um peso sobre mim, e uma dor de cabeça terrível, tento me recordar da noite passada, o que não foi muito difícil, pois quando olhei para o lado vi o motivo da minha dor de cabeça.

Ontem saí pra beber, e agora estou aqui na casa dela, mais especificamente na cama dela, Lana, uma garota que conheci numa balada ontem. Sim eu sou lésbica, e bem assumida por sinal.

Vejo a hora no meu celular, e bom graças ao meu bom Deus não estou atrasada para pro meu primeiro dia na escola nova, como professora.

Me levanto bem devagar, tirando o braço da mesma de cima de mim com cuidado para não acorda- lá e ter que ficar dando satisfações de onde vou ou o que eu tenho que fazer.

Particularmente não gosto disso, não gosto de ter compromisso, não gosto de ter que dar satisfações da minha vida, principalmente pra meninas na qual eu transo. No dia seguinte eu provavelmente não irei mais ter contato, então não tem lógica ficar dando satisfações da minha vida para pessoas alheias.

Vou para o banheiro, faço minhas higienes. Após terminar visto outra roupa, socando a roupa do dia anterior dentro de uma sacola plástica, Lana provavelmente não vai se importa se pegar essa sacola, quando eu estiver indo para o meu trabalho deixo na lavanderia.

Estou terminando de pentear meu cabelo e quando estou prestes a sair do quarto Lana desperta.

- Onde você vai ? - A mesma pergunta manhosa, sentando na cama segurando lençol contra o corpo.

- Compromisso. - Respondo seca, sem dar muitas satisfações.

- Você não pode ficar mais um pouco ? - Pergunta com cara de cachorro pidão.

Adoro efeito que causo nessas meninas. Nunca é preciso de muito pra elas quererem me dar mais, ou quererem que fique mais um pouco. É sempre assim.

- Desculpa gata, mas deixei bem claro o que queria ontem. Tchau. - Digo acenando e logo saindo do quarto da mesma, descendo as escadas e para a porta de saída da sua casa.

Entro em meu carro e indo em direção ao meu trabalho.

Sempre deixo claro as minhas intenções, agora se a pessoa prefere se iludir comigo, o problema já não é meu, pelo menos eu estou ciente de que deixei a pessoa à par da situação.

Paro na frente da lavanderia deixando a minha roupa suja na mesma e continuo meu trajeto.

Estaciono numa vaga que foi reservada para mim, já que todos os professores com carros tem uma vaga especialmente para eles.

Vou para sala organizar os assuntos que seram passados para os alunos. Trabalharei com o segundo ano e o terceiro ano do ensino médio. Tenho apenas 19 anos, porém me formei cedo, creio que irei me dar bem com aulos.

Talvez você esteja pensando que sou otimista demais por pensar dessa maneira, mas não é bem assim, tenho certeza que vou me dar bem com boa parte dos alunos pelo simplesmente fato de que sou praticamente da mesma idade de boa parte deles. E também não serei como aqueles professores velhos e chatos, serei exigente apenas, dentro dos limites, isto é fato.

Sem contar que eu tenho outros truques. Sedução é um deles.

Os alunos começam a chegar e boa parte deles ficam me encarando e cochiando sobre algo que é inaudível. Resolvi então me apresentar para tais.

- Bom dia alunos. - Todos me olham com espanto, boa parte deles logo suavilizam as suas expressões, é um tanto normal encontrar professores novos, como eu, dando aula, nem tanto, mas é.

- Melhor como uma professora dessas, é impossível. - Um aluno, cujo ainda não sei o nome cometa.

- Cala a boca, garoto. - A mesma olha para ele revirando os olhos, mas logo pós seu olhar sobre mim e sorriu. - Continue professora. - A mesma da continuidade.

Vale ressaltar que odeio interrupções. Isso me dá nos nervos.

- Contin.. - Ouço batidas na porta sala. - Mas que caralho. - Sussurro um tanto audível, fazendo boa parte dos alunos rirem da minha reação. Mas que porra mesmo, será que eu não vou conseguir começar minha aula sem interrupções. - Entre. - Digo por fim, me dando por vencida.

[...]

-Notas-
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