Capítulo 12

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        Ele olhou para o seu abdômen e viu sua camisa preta grudenta, assim que ele levantou viu um buraco no lado esquerdo.

         Ele virou e saiu andando em direção a floresta.

- Espera!!! Você está sangrando, não pode ficar assim. - falei segurando seu braço.

- Não é nada. - ele andou mais caiu de joelho. - o que está acontecendo? - ele quis saber.

- Você está perdendo sangue. - falei. - Você está com... - ele me interrompeu.

- Dor?. - me olhou de lado. - não sinto nada. - ele forçou e levantou. - não sinto dor, carinho, amor, felicidade, fome, sede, e nada, simplesmente nada.... da para entender isso? - ele falou indiferente.

- Você pode até não sentir, mas não é imortal, venha vomos sair daqui e cuidar disso.

                Ainda negando minha ajuda o levei para a floresta,  sentei ele em uma rocha e tirei uma adaga da minha cintura.

- Toma, vai ter que me golpear  com isso. - falei.

- Como? - ele me olhou.

- Quero que você me cause um ferimento, não me mate é claro.

         Ele ergueu o ombro e me apunhalou no abdômen também, ele tirou a adaga e sentou.

           Dei uns passos para trás e caí de joelho com a mão no ferimento, o sangue corria entre meus dedos, a dor era horrível mas não vem ao caso, fiquei impressionada com a frieza dele.

           Assim que meu sangue caiu no chão uma planta dourada brotou, eu estava perdendo a consciência já,  pela perda de sangue, ele deve não ter ouvido a parte que eu pedi para não me matar.

         Peguei uma semente da planta e mastiguei, o sabor era horrível mas era para meu bem, intantanemente o corte da minha barriga se fechou e cicatrizou.

         Peguei uma e corri até Dylan, ele tinha deitado e respirava de vagar, coloquei em sua boca e ele mastigou, levantei sua camisa e seu ferimento começou a fechar, mas ele não levantou, sem querer deixei uma lágrima cair.

- Chorar não vai me fazer levantar, pra mim levantar você precisa sair de cima de mim. - ele falou.

- Não estava chorando. - levantei de cima dele.

- Que seja. - ele levantou.

- Não vai agradecer? - falei nervosa.

- Pelo que? - ele tirou a poeira da roupa.

- Como assim pelo quê? Eu salvei sua vida!!! - elevei o tom da voz.

- Gratidão? - ele me olhou. - é um sentimento. - simplesmente se virou e caminhou, estava escurecendo e tínhamos que caminhar enquanto dava para andar.

- Eu ainda vou matar você. - gritei.

            Peguei um chachinho de semente da planta e ela morreu, guardei no bolso para servir de remédio.

             A floresta estava em um blel total, comecei a xingar aquele idiota por ele não parar para descansar.

- Dylannnnn, precisamos descansar. - falei pela última vez.

- Eu não... - o interrompi.

- Ok, você não sente cangaço, por favor eu preciso descansar. - falei sentando ao pé de uma árvore aleatória.

- Tanto faz. - ele sentou ao meu lado.

               Eu sei que ele não sente cangaço,  mas seu corpo precisa descansar,  algo me diz que as coisas não vai ficar muito legal a partir de hoje.

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