tattoos are art

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8.

Na quarta-feira, depois de chegar a casa recebi uma mensagem do Harry a informar-me do dia e horas exatas da festa.

'Como ele obteve o meu número?' Pergunta fácil com uma resposta óbvia. Ele obtem tudo o que quer.

De qualquer maneira por uma vez na minha vida, eu estava verdadeiramente entusiasmada. Não por estar com o rapaz de caracóis, mas pela quantidade de pessoas que poderia conhecer e o seu estatuto. Era uma oportunidade para arranjar conexões com índividuos prestigiados, o que me ajudaria no futuro. Sim, porque eu não tenciono ficar a minha vida inteira dedicada á revista. 

Na quinta feira, o dia combinado, faltei ao último tempo da faculdade e dirigi-me a casa mais cedo de modo a ter tempo para estudar antes de me arranjar. Tinha vindo da universidade de metro, chegando a casa a nadar em suor. Literalmente. O casaco de malha que me cobria foi suficiente para provocar essa reação na minha pele durante a caminhada de 200 metros da estação até minha casa. Tomei um banho frio e rezei para que o sol que iluminava e aquecia a Madison Avenue se mantivesse no céu o resto da tarde. Enrolei uma toalha em torno do meu cabelo comprido e vesti uma t-shirt e uns calções básicos. Ainda tentei interiorizar um pouco sobre o Mercado Global Têxtil, pelo menos o que estava presente nos livros, mas acabei por arrumar os mesmos. Estava esgotada de matéria, por hoje. Para não falar que estava sem vontade ou inspiração para me vestir para a festa. 

Contrariada, vi-me obrigada a ligar ao Harry. Eu não sabia o que vestir e apesar de ter a certeza que a chamada iria ser embaraçosa, não iria aparecer num lugar tão importante vestida de forma diferente a toda a gente, isso seria ainda mais embaraçoso.

Surprendi-me quando ele atendeu a chamada depois de uns vinte mil toques. - Babu? - ele perguntou e eu esmorrei-me mentalmente por ter deixado que esse diminuitivo pegasse.

- Hazz. - suspirei de alívio, utilizando o apelido que a Gem tinha usado para chamar Harry, assim como ele utilizou o meu. - Então, eu só ... - impedi-me a mim mesma de falar, pensando na melhor maneira de pôr em palavras o que queria dizer.

- Sim? - ele perguntou, a sua voz mais rouca e lenta que o normal, dando-me a impressão de que este estava a dormir antes da minha chamada. Mas quem é que dorme ás três da tarde?

Deixei esse assunto de lado para me concentrar no ponto da questão.

- Eu preciso de ajuda com a roupa. Eu não faço a mínima do que hei de vestir. - eu disse rapidamente, apercebendo-me do quão estúpida e superficial estava a soar. Eu sou muito mais do que a roupa possa representar, mas não é o meu interior que cativa as pessoas á primeira vista, infelizmente, e eu ainda estava interessada em conseguir contactos.

- Baunilla, acordaste-me por causa disso? - ele resmungou com a voz baixa, provavelmente a controlar-se para não ser ainda mais rude.

Suspirei. - Esquece. - cedi, frustrada. Ele não podia ser um pouco simpático, para variar?

A linha ficou silenciosa por uns segundos, enquanto eu esperava que ele desligasse, mas esse mutismo foi interrompido por um resmungo do outro lado. - Traz calções e um biquini giro, tenho a certeza que ficas bem com o que quer que seja, passo por aí ás cinco. Adeus, Babu. - eu podia sentir um sorriso convencido nos seus lábios.

-Adeus, Harry. - despedi-me, ainda sem perceber a sua súbita mudança de humor mas, como já se tornara hábito em assuntos que envolviam o Styles, eu ignorei.

Atirei o telemóvel para a cama, depois de confirmar o fim da ligação e abri o meu armário e gavetas duvidosamente.

Peguei em vários biquínis antes de me decidir por um preto simples com uma parte de baixo de cinta subida e uns recortes. Segui o conselho de Harry, optando por um par de calções de ganga pretos também de cinta subida com uma camisa demasiado comprida para min. Demorei maior parte do meu tempo a secar o cabelo, deixando-o solto e natural.

troublemaker // h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora