Scores and Make Out | L.S. |

Scores and Make Out

O touchdown já tinha sido sinalizado. E ok, era isso, só mais alguns passos e tudo estaria acabado e Harry finalmente poderia... Porra! É, definitivamente, melhor não pensar nisso.
Não quando eles tinham um jogo praticamente garantindo. E, obviamente, não enquanto Styles corria, evitando ao máximo ser impedindo pelos adversários de fazer seus famosos 6 pontos, sua marca.

Com as pernas já um tanto doloridas, com seus músculos queimando assim como o suor quente fazia quando escorria para dentro de seus olhos, o garoto corria, evitando não pensar nas cócegas leves que a transpiração causava em sua nuca quando escorria para suas costas. Ou no quão incômodo era o uniforme grudado em seu corpo assim como a sujeira e grama que tinham impregnado no tecido da camiseta e shorts graças aos tombos brutos causados pelo esporte. Nada daquilo importava naquele momento, porque o touchdown era de Harry e depois disso, faltaria pouco para acabar e ele poderia buscar pelo quê, ou melhor, quem vinha procurando durante toda a noite.

Quando o camisa 23 quase o alcança, logo quando a distância entre seu corpo, a bola e os malditos 6 pontos eram meros dois ou três passos, Harry se joga, ganhando, por aquele mesmo jogo, mais um hematoma que provavelmente apareceria dali algumas horas.

Mas tudo bem, porque a próxima coisa que acontece é sua audição ficando incomodada com os gritos que vinham de todos os lados da arquibancada, e 6 pontos sendo adicionados ao placar. E, bom, a chuva de corpos de caiu sobre o seu próprio, gritando em seu ouvido e causando desconforto em seus músculos cansados. Mas os pontos eram seus, e a vitória era da casa.

...

Já livre do capacete que agora mantinha embaixo do braço, o garoto Harry Styles aceitava de bom grado as parabenizações do time e do treinador, recebendo abraços e tapinhas nas costas.

Em determinado momento, ele sai um pouco do foco dos alunos e de sua mãe que conversava furtivamente com o treinador.

Espere... Eles estavam flertando?

Ah, quem se importa? Harry estava muito mais preocupado procurando pelo par de olhos azuis que conhecia tão bem.

Passou muito tempo buscando por eles naquela noite. Logo que chegou em campo ou quando marcavam algum ponto, ou quando tomavam algum, ou quando já estava em sua marca, e às vezes enquanto corria mais próximo às arquibancadas. Mas ele não estava ali.
Nunca estava.

Mas havia a promessa de que aquela era seria última vez. Harry ainda se lembrava muito bem do momento em que ela foi feita entre beijos molhados e sussurros discretos que não podiam acordar sua família, e embaixo das cobertas grossas que abafavam o ar que rodeava seus corpos ali debaixo, cheirando a suor e porra.

Harry quase podia sentir aquele cheiro. Quase podia ouvir o sons feitos pelos beijos...

— Harry Edward Styles, não se esqueça do nosso jantar.

O garoto para de andar, mal percebendo que fazia até então e se vira para sua mãe com um sorriso quase que travesso nos lábios.

— Não vou.

A mulher sorri e se volta para o treinador, entretida demais para perceber a ansiedade estampada no rosto do filho.

Livre de qualquer atenção, Harry se vira e se apressa em direção ao colégio, percorrendo os corredores do vestiário em busca dele. O garoto ignora as conversas altas e os meninos se gabando por tal jogada ou tal ponto, e sorri simpático quando algo é dito para sua pessoa, mesmo que queira gritar de frustração ao abrir a última cabine e não encontrá-lo ali.

O garoto observa todas as portas escancaradas do vestiário e tenta imaginar onde mais ele poderia estar. Ou talvez ele não tivesse vindo...
Não, ele não faria isso. E a prova ainda estava ali.