Capítulo 9

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O beijo tinha sido muito diferente daquilo que Louis esperava que fosse, o calor que havia subido por sua espinha não havia sumido após ter juntado seus lábios em um selar calmo. Sua fome não havia cessado e ele queria mais, ele precisava de mais.

Harry apertava os dedos contra sua nuca enquanto deslizava os lábios macios contra os seus de forma lenta e suave; deslizando e sugando a língua de Louis, sua respiração era quente e batia no rosto do outro durante o beijo, toda a calma e gentileza que Harry transmitia agora era focado nos lábios finos de Louis, que retribuía o beijo e entreabria a boca para que aprofundassem. As línguas se enroscavam de modo lento e sedutor, provocando uma a outra com leves pressões e sugadas, podia se ouvir alguns estalos baixos durante o beijo.

Os dedos de Louis agora estavam enroscados nos fios encaracolados de Harry, puxando-os cuidadosamente enquanto Harry mordiscava a boca de Louis, tomando um fôlego ao afastar-se minimamente de seu rosto.

Parou para examinar a visão e sorriu abertamente, Louis tinha os olhos fechados, os lábios entreabertos e  soltava uma respiração pesada entre esses. Harry não tardou a juntar sua boca a de Tomlinson novamente, explorando o máximo que sua língua podia conseguir, suas mãos apertavam as bochechas do rapaz e o beijo durou um pouco mais de tempo, aproveitando a maciez dos lábios.

Harry sorriu em seguida ao beijo, agora que Louis o encarava de olhos abertos, suas pupilas estavam dilatadas e seus lábios avermelhados e inchados, Harry pensava que não podia existir alguém mais belo que Louis.

Dormiram agarrados um ao outro, a chuva havia se acalmado em companhia ao coração de Louis, que agora batia no mesmo ritmo ao de Harry.

No dia seguinte as coisas não haviam mudado entre eles, Louis sentia que não havia necessidades para tal coisa, mas algo dentro dele sentia que as coisas iriam ser diferente a partir daquela noite. Acordou com Harry ao seu lado, seus braços ainda rodeavam seu corpo e o calor ainda reinava neles. Não havia dormido tão bem em toda a sua vida, e até soaria como piada se não fosse as circunstâncias.

Louis estava sorridente com tudo ao redor, mesmo estando perdido, sem comida e uma cama para dormir, sabia que em nenhuma hipótese ou em outra situação estaria melhor que agora. Harry acordou após um tempo, com o cabelo bagunçado e o sorriso amplo em seu rosto demonstrava o quão bom humorado ele estava.

— Bom dia, Lou. — A voz rouca matinal de Harry fez o estômago de Louis vibrar.

— Bom dia, dormiu bem? — Louis estava deitado de lado com o braço apoiado em sua cama improvisada, enquanto equilibrava seu rosto entre os dedos.

— Melhor do que nunca. — Harry sorriu, Louis assentiu e abaixou a cabeça, ainda se sentia confuso por todos aqueles sentimentos novos dentro do peito.

— Olha, Lou, as coisas não precisam mudar entre nós. Eu sei que ontem pode ter significado mais para mim do que pra você, e eu entendo isso.

Louis pigarreou evidentemente incomodado com o assunto.

— Nada vai mudar se você não quiser.

— Promete? — Louis levantou o rosto, seus olhos azuis cintilavam para Harry.

— Prometo. — Por mais comum que aquilo parecesse ser, Harry se sentia incomodado por Louis não ter reagido diferente após o beijo.

Um silêncio incômodo tomou conta do local, somente dava para se ouvir o vento batendo nas folhas das árvores e os pássaros cantando naquela manhã.

— Vamos levantar e ir até a cachoeira encher as garrafas e ver se tem algum peixe, ok? — Harry havia se levantado, Louis procurava não olhar em direção ao encaracolado, tentava a maior parte do tempo evitar todos os sentimentos e a necessidade de estar perto de Harry.

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