Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite : Parte 2

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— Obrigado. Mas e então Cat, você está preparada pro nosso encontro?

— Não faço a menor ideia do que você preparou, mas não vou negar. Pensei nas possibilidades e estou quase preparada para tudo.

— Esse é o espírito! Você me acompanha? A nossa noite está apenas começando.

Ele me oferece o braço e aceito de bom grado. Andamos poucos passos até o carrinho de golfe, e mesmo sem precisar, ele segura minha mão e me ajuda a subir. Ele é bem atencioso.

— Então temos que ir de carro até lá?

— Nem é tão distante assim, mas achei que se economizássemos a caminhada, podemos aproveitar melhor.

— E eu posso saber pra onde a gente vai?

— Ainda não. Olha, minhas opções foram bem limitadas. Então não se espante se talvez não seja uma coisa muito tradicional... — ele sorri e continua a dedicar a sua atenção para o caminho.

— O não-tradicional começa logo com o horário do encontro... Meia-noite não é o horário que eu costumo sair com alguém.

— Já não posso dizer a mesma coisa. É um horário normal pra mim. Shows estendidos e em diversos locais... Eu já tive encontros até mesmo ao nascer do Sol. Não é um dos meus horários favoritos, mas trabalho com o que tenho.

— Vamos ver se o amanhecer é atrativo... — sorrio e olho para cima. A noite, mesmo com algumas nuvens encobrindo o céu, ainda tinha seu brilho e a temperatura estava agradável.

— Assim espero — ele morde o lábio de uma maneira bem fofa, quase como se estivesse inseguro. Eu não tenho estruturas.

Poucos momentos de silêncio depois ele começa a diminuir a velocidade, parecendo procurar por algo. E então ele para. Olho ao redor sem saber ao certo onde estava, mas sei que ainda estávamos na propriedade. Nada ao meu redor me chamava muita atenção, e então a minha curiosidade aumenta.

Ele levanta e eu o sigo.

— Tem certeza que estamos no lugar certo? — brinco com ele, mostrando o que nos rodeava.

— Mas é claro que sim! Quer dizer, acho que uns noventa e cinco por cento de certeza... No mínimo uns noventa por cento... — ele também brinca, mas por um momento eu fico preocupada que ele esteja enganado.

— Olha, pelo menos eu me conformo em não ficar perdida sozinha! — sorrio da melhor maneira que consigo.

— Vem logo... — ele ri e segura a minha mão, entrelaçando nossos dedos. Eu fico encantada olhando apenas para aquele ponto de conexão. Meus pés se movem sozinho.

Estou tão concentrada, que só percebo que ele parou de andar quando acabo me chocando contra as suas costas. Chuck se vira rapidamente e segura o meu rosto entre as mãos, erguendo um pouco.

— Ei, você está bem?

— Claro...

— E então, o que acha? — ele aponta com a cabeça para trás, mas sem desviar o seu olhar do meu. Como é que eu olho pra onde ele está apontando assim?!

Mas eu consigo e fico impressionada. Uma pequena clareira, com o que parece ser um pequeno parque está ali. Uma mesa de madeira enorme, estilo de piquenique estava a poucos passos. Uma fonte baixa e de pedra iluminava o ambiente. Algumas tochas apagadas rodeavam a clareira. Tinha até um poste de luz, mas esse não estava ligado.

— Me dá um minuto — Chuck diz e se afasta, nem vi que ele tinha um isqueiro, mas ele vai acendendo as tochas e ali vai ficando melhor iluminado, e de alguma maneira mais romântico. Agora consigo ver que em cima da mesa tem uma cesta, taças e uma toalha bonita e quadriculada.

O que Acontece nos BastidoresWhere stories live. Discover now