— O que quer que eu diga?
— A verdade. Lembra que combinamos de você não responder uma pergunta com outra pergunta?
Sehun bufou.
— Na real, eu estou cansado. Cansado de ter todos em volta. Cansado de não ter ninguém.
— Pode explicar melhor?
O garoto respirou fundo.
— Eu não queria ter que passar o dia inteiro sozinho.
— Você sabe que minha casa está sempre aberta para você. Luhan sempre vai estar lá com minha mulher.
— Também estou cansado disso. Das pessoas. Elas sempre estão se esforçando pra me fazer bem. Eu olho para o Suho. Ele trabalha o dia inteiro, e eu ainda tenho a coragem de pedir a ajuda dele pra tudo, sem se importar se ele está cansado, se pode.
— Acha que incomoda seus amigos. Certo?
— Tenho certeza.
— Humm. Sabe... Hoje de manhã, Luhan me deu o seu recado. Por que mentiu?
— Por que... Isso não importa.
— Na verdade, tudo é importante agora. Até sabermos exatamente o seu problema.
Sehun respirou fundo, tentando formular algo plausível em sua mente.
— Eu queria dar o troco no meu pai, porque ele não deixa eu beber de jeito nenhum. É isso — falou rapidamente, quase tropeçando nas palavras.
O doutor sorriu.
— Por que está mentindo de novo?
— Não estou.
— Eu sei que está. Estudei linguagem corporal. E também, a forma como você me contou naquele dia foi completamente diferente da de hoje. E você não parecia estar em condições de mentir aquele antes.
O garoto desviou o olhar e mordeu o lábio inferior.
— Certo. Eu sou mesmo um idiota.
— Não diga isso de si mesmo. Você só se deixou levar.
— Eu fui um covarde. Sei disso.
— Sabe... O problema é que você nunca conta a história inteira.
— E nem vou.
— Tudo bem. Então vamos mudar de assunto — disse enquanto fazia anotações numa folha. — Você parece levemente mais leve hoje.
— Levemente mais leve...
— Okay. Um pouco mais leve. Há algum motivo em especial?
— Me acertei com o Kyungsoo. Acho que é isso.
— Com certeza é. É notável que você é muito apegado a todos que o cercam. E isso é bom.
— Do que adianta? Do que adianta se apegar a alguém que não está o tempo inteiro com você? A alguém que precisa andar metros e metros até chegar a você e te ajudar?
— Você não pode esperar que as pessoas estejam sempre por perto. Elas não vão estar. Cada um tem a própria vida.
— Eu sei disso. Não foi isso que eu quis dizer. Eu só queria não me sentir tão dependente deles.
— Entendi. Sehun, as pessoas se apegam àquilo que elas mais sentem falta nelas mesmas. Sejam pessoas, objetos, e até mesmo sensações. Daí nascem os vícios. As pessoas podem se viciar nas coisas mais improváveis que você pode imaginar. Até mesmo em outras pessoas.
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Lutherapy
FanfictionA mãe já não está entre nós, seu pai é como se não estivesse. A cada lembrança, um copo. Sehun está passando dos limites e sabe disso, mas enquanto as memórias estiverem lá, sua melhor amiga, cerveja, também estará. "É para o seu bem", foi o que esc...
15 장 - 꽃, 비디오 게임 및 카이수
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