"Alta"

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Hoje foi o dia de finalmente levar nossas pequenas pra casa depois de dois meses no hospital. Estamos muito felizes, a cara de bobo do Rafael me derrete toda e as gêmeas são tão lindas e tem muita coisa do pai, provavelmente o gênio vai ser o meu.

Enfim prontos, pegamos nossas pequenas e saímos do quarto, e a surpresa foi maior quando várias enfermeiras, médicos e afins estavam do lado de fora com muitos balões, presentes e comida. Uma verdadeira festa de despedida, ou um até logo, pois depois de tudo que eles fizeram por nós e pelas nossas meninas não poderíamos simplesmente ir embora e nunca mais olhar pra trás, afinal sabemos que o hospital precisa de ajuda e estamos dispostos a colaborar financeiramente.

Olho para todos os presentes e não consigo conter as lágrimas, eu amo cada pessoa que tem ali, uma admiração enorme por todo tempo dedicado, por todo o carinho, cuidado que tiveram.

-Felicidades pro casal e pra essas meninas lindas.-disse a enfermeira Miriam.

-Obrigada Miriam. Obrigada a cada um de vocês que dedicou seu tempo a nós, e que fez de tudo pra que hoje pudéssemos sair do hospital e finalmente levar nossas princesas para o lar delas.

Uma salva de palmas ecoou no hospital seguido de abraços, beijos, e palavras de  carinho. Depois de passar por todos fomos comer e aproveitei pra alimentar as gêmeas que já estavam com fome de novo. Elas não largam o meu peito e tenho leite suficiente para alimentá-las por enquanto.
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Estamos entrando na garagem de casa depois de duas horas a mais no hospital, mas não reclamo porque foi muito bom sair de lá com toda energia positiva que nos passaram.
Pego na mão do Rafael que carrega a outra gêmea e entramos juntos pela porta da frente, subimos direto para o quarto delas e as deitamos no berço, agora estão dormindo que nem uns anjinhos e tentamos fazer o mínimo de barulho possível para termos pelo menos alguns minutos de descanso.

O Rafael senta no sofá do lado da cama e me puxa para seu colo, me aninho em seu peito e cheiro seu perfume que tanto amo.

-Obrigada. -diz ele de repente.

-Pelo quê?

-Por tudo, mas principalmente por elas, são o meu maior tessouro, e claro o Nicolas também é, mas isso é incrível ter tido o prazer de acompanhar tudo, de cuidar desde cedo, mas devo admitir que tenho medo, algo me diz que elas darão muito trabalho ainda se forem igual a mãe.

-Como é?

-Estou brincando, eu amo você meu amor.

-Eu também te amo.

-Vamos deitar um pouco já que não dá para fazer outra coisa.

-Já começou Rafa? São dois meses viu, aguente.

-Vou enlouquecer.

-Enlouqueceremos juntos.

-Por uma boa causa.

-Com toda certeza.

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