Capítulo 33

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Cecília

André me viu pelada, meu senhor dos passos. Fiquei muito sem graça, mas ele sabe deixar as coisas mais confortável, sempre soube.

Fiquei morrendo de raiva por dentro quando me contou sobre Vanessa, mas não demonstrei sentimentos. Se ela tiver grávida dele mesmo ele vai ter que assumir ela e o menino. Pelo o que André me falou isso esta parecendo armação, mas vamos esperar os próximos capítulos dessa novela.

André chamou um uber e que uber meu Deus do seu, o cara é um charme só e me deu maior bola, André ficou puto de raiva por não deixar ele pagar, não fiz de propósito, eu já estava sentada na frente e com o dinheiro fácil de pegar.

Saiu igual um pouco para dentro do hospital.

- Vocês tem alguma coisa? -pergunta o uber.

- Não, ele é só pai da minha filha.

- Explicado a reação dele. Desculpa em atrapalhar.

- Não atrapalhou em nada, nós não temos nada. – nos despedimos e fui atrás de André. Preciso que ele me explique essa situação.

Vou até o quarto de Maria e só encontro a médica examinando Maria. Fico observando da janela até ela acabar. Ela me vê e acena para ir até ela.

- Boa noite doutora, desculpe em interromper.

- Não interrompeu, já estava acabado. E bom que você está aqui, precisava mesmo conversar com você.

- O que aconteceu? Ela piorou?- digo desesperada.

- Não não, o quadro dela teve uma melhora muito grande, ela só está dormindo por causa do sedativo, mas já cortamos e agora só esperar, creio que até amanhã ela acorda.

- Ah graças a Deus, que alívio. – digo bem mais aliviada. – Então o que aconteceu?

- É que você não pode ficar aqui no hospital depois do horário de visita, essa ala não aceita acompanhante, só mesmo no quarto. Você mora perto?

- Moro do outro lado da cidade. Mas tem alguma casa de apoio onde posso ficar?

- Lá só aceita pessoas de outra cidade, mas você pode esta indo e dando uma olhadinha, fica do outro lado da rua.

- Ok então, vou lá agora resolver isso é daqui a pouco venho vê ela.

Vou até o lado de fora do hospital dou uma olhada para ver se encontro André, e nada. Vejo a casa de apoio e vou até lá.  Vou até as duas mulheres que estão na recepção.

- Boa noite.

- Boa noite. – as das responde.

- Então, eu gostaria de saber se vocês aceita pessoas da cidade ficar aqui ?

- Infelizmente não, ainda mais que está cheio. Mas de onde você é e qual o caso?

- Eu sou do outro lado da cidade, minha filha sofreu um acidente e encontra desacordada. Queria muito ficar mais próxima dela até ela acordar e ser transferida para o quanto onde posso ficar com ela.

- Infelizmente não podemos te receber aqui.

- Obrigada e boa noite. – digo e saiu dali aborrecida.

Não posso deixar Maria sozinha aqui, qualquer momento ela pode acordar, quero estar por perto. Vou ter que ir atrás de um hotel, vai ser o jeito.

Quando estou voltando para o hospital vejo André encostado em uma moto no estacionamento. Vou até ele.

- André. – ele leva um susto. – Nossa você anda muito assustado.

- Já é o segundo do dia, vai ter troco.

- André por que você saiu daquele jeito do carro?

- Por que não sou obrigada ver um idiota paquerando minha ex noiva.

- Ele não estava me paquerando.

- A não, não mesmo, ele estava se jogando em cima de você é para de fingir de boba. – diz nervoso e eu fico sem entender.

- Você está nervoso atoa,  deixa isso de lado e vamos ao que interessa, você já vou Maria?

- Não.

- Ela está recuperando, até amanhã ela acorda.

- Graças a Deus,  aqui a pouco vou lá ver ela. – ele ainda tá bolado comigo.

Dou pulinhos por dentro, André apresenta me querer ainda. Aquele ódio que ele falou sentir deve ter passado.

- Mas tem um problema.

- Qual ?

- Eu não posso ficar com ela ainda, e na casa de apoio ele  não me aceita.

- Você pode ficar no hotel comigo, lá tem duas camas e fica perto daqui.

- Não precisa eu pego um quarto pra mim.

- Eu não vou fazer nada com você Cecília, mas já que você quer um quarto pra você eu pago.

- Mania de querer pagar tudo. Então eu fico no quarto. Então vamos lá ver Maria, daqui apouco acaba o horário de visita.

Vamos até o quanto de Maria e André não falou nenhuma palavra comigo, fixou o tempo todo conversando com Maria e acariciando as bochechas dela. Fiquei de longe vendo o carinho que André já tem por ela. Tenho certeza de que ele vai ser um ótimo pai.

Nunca imaginei presenciar nada parecido, eu pretendia nunca contar para André sobre Maria, mas foi tão bom tudo isso acontecer. Tem coisas na vida que só acontece na marra, e foi assim comigo.

Precisei quase perder minha boneca pra tomar jeito na vida. Meu celular toca me tirando dos pensamentos.

-  É Sarah, vou atender e já volto. – digo saindo do quarto.

Ligação on

- Oi Sarah, tudo bem?

- Oi estou bem e você? Já recebeu alta? E Maria?

- Estou bem, já sim, já até fui aí em casa. Maria esta melhorando.

- E quem te trouxe? Desculpa eu fiquei até tarde com um cliente, nem deu pra despedir de Jorge. – diz chateada.

- André Me levou aí.

- Oi? Você e André sozinhos aqui ?

- Não aconteceu nada sua boba, apesar dele ter me visto nua, não rolou nada.

- O QUE ? – ela grita. – Ele te viu nua? Me conta essa porra direito.

- Ele entrou sem querer e eu estava nua, só isso, sem espanto por favor.

- E ele não tentou nada?

- Não, nada, me respeitou. Só disse que estou um mulherão.

- Vocês dois ainda vão ter uma recaída.

- Então pra você ficar mais espantada com nossa situação deixa eu te contar onde vou dormir. A não vou te contar não, amanhã te conto os babados. Tchau pra você amiga. – falo e desligo o celular antes dela responder.

Ligação on

Não vai acontecer nada entre eu e André, mas é só pra deixar ela curiosa. Volto para o quarto converso um pouco com minha lindinha até da o horário de acabar a visita.

André foi guardar a moto na garagem do hotel e vem me buscar. Confesso que estou um pouco com medo de ficar no mesmo quarto que ele, mas é por nossa filha.

- Cecília. – a enfermeira me chama.

- Oi.

- Já acabou o horário de visita.

- A sim, nem vi a hora passar. Já estou indo.

- Sem problema. – diz e se retira.

- Minha bonequinha mamãe vai ter que ir, mas amanhã estou aqui, com Deus meu amor, mamãe te ama. – beijo sua testa e saiu.

Fico sentada na porta do hospital esperando André chegar, pelo que ele explicou o hotel não é longe para demorar tanto. Ligo pra ele ,mas cai na chamada em espera, deve ser isso a demora. Resolvo ir andando, não aguento esperar.

Estar escuro e essa rua não é tão movimentado a noite fico com um pouco medo, mas continuo seguindo meu caminho.

Passo um quarteirão e avisto André vindo em minha direção, graças a Deus.

- Cecília por que não me esperou? É perigoso essas ruas.- diz preocupado.

- Eu te esperei e até te liguei mas você estava ocupado.

- É, estava resolvendo uns negócios.

- Agora você pode levar essa bolsa para mim? Eu estou cansada e sentindo muita dor. – meu corpo começou a doer todo, acho que já abusei da cota de hoje.

- Você também abusou, tinha que ficar de repouso, mas não fica né? Chegando lá você toma um banho, toma seus remédios, come e descansa.

- Não precisa de toda essa preocupação comigo, eu sei me virar sozinha.

- Eu sei que você sabe, viveu praticamente sozinha por 5 anos, sabe se virar muito bem, mas não custa nada eu ser cavalheiro com você enquanto estiver aqui.

- Beleza André, faz o que você quiser.

- A moça da recepção me passou um número de um restaurante, diz ela que lá tem um espaguete maravilhosos. Você aceita? – pergunta.

- Pode ser.

Chegamos ao hotel e fomos direto para o quarto, onde eu temia vim com André, mas eu tenho certeza que ele vai me respeitar e vamos ficar tranquilos.

- Pode ficar a vontade, vou deixar a cama de casal pra você ficar mais espaçosa. – diz retirando sua mochila e o capacete da cama.

- Não André, eu fico na cama de solteiro, não tem problema.

- Para mim tanto faz, agora para você eu acho melhor a cama maior. Quiser indo tomar banho enquanto vou ligando para pedir o espaguete, no banheiro tem uma toalha limpa, e se quiser shampoo na minha mochila tem.

- Obrigada André.

- Não precisa agradecer.

Pego minha bolsa e vou para o banheiro, ainda bem que coloquei um pijama na bolsa.

Tomo meu banho visto o pijama saiu do banheiro, faço um rabo de cavalo no meu cabelo e sento na cama. André ainda não me viu, ele está no celular fazendo o pedido.

Fico ali na cama reparando André, ele trocou de roupa, está sem camisa e com um bermudão caído na cintura, tornando bem sexy. 

Como ele ficou lindo com o tempo, as cabelos já estão começando a ficar grisalhos, tem mais músculos em seu braço e o abdômen todo definido, as pernas bem malhadas, suas coxas são maiores de que a minha.  Eu realmente estou babando no corpo de André.

Ele percebe meu olhar em cima dele e da uma risadinha de lado, passando a mão pelos cabelos, nosso Deus, que homem sexy da porra. Eu desvio o olhar toda sem graça e ele vem até em mim.

- Agora estamos kits.

- Ham? – pergunto sem entender.

- Eu vi você nua e você me viu quase nu.

- Estamos em desvantagem, não é justo.- digo no calor do momento e ele me olha com malícia.

- Não seja por isso. – diz abaixando a bermuda.

- Não André, estou brincando. – digo tapando o rosto.

Nós dois nesse quarto não vai prestar.

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