Minha respiração ofegante, o estômago embrulhado. Merda!

— Você está bem? — Helena pergunta.

 Balanço a cabeça várias vezes.

— Onde Andrey está?

— Foi para a Rússia. Chega amanhã — falo.

   O carro dá uma chacoalhada, parando. Ergo a cabeça, está escuro e entramos em um beco deserto.

— Fiquem aqui e não saiam do carro — Yuri diz.

   Os dois saem e nós duas ficamos em silêncio. Minhas mãos tremem.

  O tempo passa e nada dos dois voltarem. A chuva ameniza, assim como as batidas do meu coração.

— O que foi que aconteceu?

— Há dois meses atrás recebi uma ameça. Parece que estão tentando cumprir ela — falo.

  A porta do lado de Helena é aberta bruscamente, ela é puxada pelos cabelos. Solto um grito. O meu lado da porta também se abre. Um homem enorme tenta me pegar, porém chuto ele, ganhando tempo para pegar a arma dentro da bolsa. Santo Yuri! O homem não percebe, aproveito e atiro nele. Ofego de susto ao ver que o tiro acertou a cabeça dele. O grito de Helena me faz acordar da névoa que tomou conta de mim.

  Empurro o corpo do homem e saio do carro. O outro homem empunha a arma na minha direção, o braço ao redor do pescoço de Helena.

— Solte ela! — grito.

   Ele fala algo, o idioma desconhecido para mim.

— Solte ela!

    Helena dá uma cabeçada no homem. Ele cambaleia para trás, aperto o gatilho, disparando variadas vezes. O corpo do homem cai e eu vomito no chão, meu corpo tremendo.

— Você está bem? — Helena pergunta.

— Não.

   Minhas mãos tremem, meu corpo todo treme. Sento no chão, Helena tira a arma da minha mão.

   Escutamos passos rápidos, Yuri e Jonh aparecem. Jonh está sangrando no ombro. Yuri fala com alguém no celular. Os dois olham os corpos no chão.

— Ela está aqui — Yuri diz e me passa o celular.

— Diana! — a voz de Andrey está aflita.

— Preciso de você.

— Estou saindo daqui agora. Você está bem?

— Não.

— Está machucada? — pergunta.

— Não, eu matei duas pessoas —  começo a chorar.

— Shhh, fique calma. Passe para Helena.

  Entrego o celular para Helena e me abraço. A chuva parou. Solto uma lufada de ar.

  Um carro veio, levando os corpos dos dois homens.

💎

Quando chegamos na casa de Andrey, Helena me levou até o quarto dele. Tomei um banho demorado, sentia-me cansada.

— Que horas são? — pergunto.

— Cinco e meia — Helena diz — Andrey chegará de madrugada.

   O resto do dia passa em um borrão. Helena trouxe o jantar, mas não consegui comer. Ela ficou no quarto de Andrey comigo por um longo tempo, ficamos assistindo alguns filmes, contudo minha mente estava na cena do beco. O buraco na testa do homem, os tiros que dei no outro.

— Preciso dormir, se importa de ficar sozinha?

— Fica comigo — peço.

— Tudo bem.

   Helena apaga as luzes, deitando ao meu lado, seus carinhos em meu cabelo deixa a calmaria tomar conta. Ela me abraça e eu agradeço. Fecho os olhos, rezando para não ter pesadelos.

💎

Escuto barulhos no quarto e acordo, coço os olhos, espantando o sono. A visão de Andrey tirando a camisa aquece meu coração. A simples vontade de abraçá-lo corria minhas vontades.

— Que horas são? — pergunto.

— Cinco da manhã — ele diz se deitando ao meu lado.

— Ah...

— Como você se sente?

— Não sei dizer. Me sinto estranha. Eu matei duas pessoas!

— Eu tinha onze anos quando matei pela primeira vez. Meu pai ordenou que eu matasse, para provar o meu valor.

— Conseguiu esquecer?

— Nunca esqueci, acho que não conseguiria. Vai sempre ficar na memória, mas com o tempo você aprende a conviver com isso — ele diz.

— Eu espero que sim.

   Andrey segura meu rosto e me beija.

— Não fique pensando nisso.

— Tudo bem — digo

   Monto ele e beijo-o. Andrey aperta minha cintura, a língua habilidosamente brincando com a minha, causando sensações enlouquecedoras.

— Preciso de você.

Mordo a pele sensível do pescoço dele, seu gemido provoca arrepios pelo meu corpo.

Andrey pega uma camisinha e logo estamos nos entregando ao prazer.

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Meu Mafioso #1|Série TambovskayaWhere stories live. Discover now