ένα κεφάλαιο

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"Certa vez, na intenção de desafiar a onisciência dos deuses, Tântalo resolveu roubar um pouco dos seus manjares divinos, visto que ele era sempre convidado a partilhar a mesa com os deuses, já que era tão querido por eles.

Alimentou-se do néctar e da ambrosia roubados e julgou-se uma divindade, desta maneira convidou os deuses para banquetear em seu palácio.

Tântalo decidiu fazer uma oferenda nada tradicional. Para isso ele esquartejou o seu filho Pélops e o serviu no banquete.

A deusa Deméter que estava com a mente um tanto conturbada graças ao rapto de sua filha Perséfone por Hades, acabou comendo o ombro do rapaz.

Percebendo a loucura de Tântalo, Zeus ordenou que Cloto, uma das Moiras, trouxesse Pélops à vida novamente. Já no lugar de seu ombro foi posta uma réplica de marfim feita por Hefesto, deus dos artesãos e escultores.

Irados os deuses decidiram lançar Tântalo ao Tártaro. Mergulharam-no até o pescoço e deram a ele o castigo eterno de não poder alimentar-se nem matar a sua sede, mesmo rodeado de muita água e vegetação.

Por conta do castigo, a água, mesmo sendo abundante, se afastava quando Tântalo tentava bebê-la e os galhos das árvores se levantavam com a força dos ventos sempre que ele tentava colher algum fruto delas."

Louis fechou o livro não sem antes marcar a página que havia parado sua leitura, ele sorria com a riqueza do mito, ele era apaixonado pela mitologia grega e sempre pegava livros sobre isso na biblioteca de sua escola para ler o fim de semana inteiro, para que ele pudesse contar para seu amigo Niall durante a semana.

Ele realmente não sabe de onde veio esse interesse, ele só o tem... é como se um dia tivesse sido parte daquilo. É apaixonado por Medusa e Hécate, as Deusas que mais lhe encantam, seus mitos lhe enchem os olhos e lhe ensinam muitas coisas sobre a vida... como o mito de Tântalo.

Nunca se deve querer algo que sabe que está fora do seu alcance, muito menos fazer barbáries para que isso aconteça, na verdade se for necessário barbáries, é pré suposto que não deveria definitivamente ter o que almeja.

Louis tem 17 anos e está no último ano do ensino médio, ele é gay mas nunca teve um namorado na vida, já havia frequentado algumas festas de pessoas da sua escola e lá foi onde perdeu sua inocência, não havia sido mágico, apesar de que ele não podia esperar por um príncipe encantado, nao é mesmo? Mas alguém que minimamente lhe desse valor, não como o quarterback não assumido que só o procurava para beijá-lo escondido.

De baixo das calças apertadas de uniforme ele se encaixava em pequenas e delicadas calcinhas de renda, o que apenas Niall sabia, seu pai não podia nem desconfiar do gosto para roupas íntimas de Louis.

Dan tentava a todo custo arranjar namorados para seu pequeno mas ninguém o agradava.

Ele mantinha todas as suas peças delicadas bem trancadas num pequeno baú no fundo de seu armário, seu pai mal entrava em seu quarto de todo jeito.

Ele mora só com Dan fazia mais ou menos dez anos, quando sua mãe pediu o divórcio deixou o menino escolher com quem ficaria... e desde então vê sua mãe nas férias de inverno e verão.

A mulher é médica e sempre estava de plantão, não adiantaria muito morar com ela se Louis iria praticamente morar sozinho. Daniel Tomlinson é escritor, autor de dois best sellers na Europa.

Louis tem uma vida muito, muito boa.

Descendo as escadas ouviu o pai lhe chamar.

"Louis? Venha até a cozinha, filhote."

Tantalize; one shotOnde as histórias ganham vida. Descobre agora