- Eu só... Queria fazer algo legal para você. Não é muito, eu sei, mas--
- Shahbanu?
-...Sim?
- Pode parar de falar para eu começar a comer?
Eles comem o jantar juntos na pequena mesa. Comem silenciosamente, a não ser pelos pequenos murmúrios de agrado do Harry.
- Então, o que é isso? Uma recompensa por bom comportamento?
- Eu estava tentando fazer um gesto legal.
- Um gesto. Certo.
- O quê?
- Bom, você conhece gestos.
Louis fica confuso. Harry levanta a mão, a acenando vagamente.
- Gestos: fáceis de fazer.
- Olha, estou tentando. Talvez eu não esteja tentando o suficiente, mas-- Mas eu não sei mais o que fazer. Eu tive de implorar ao capitão para me permitir te dar essa noite.
Harry pausa, o rosto suavizando ao inclinar a cabeça.
- Você implorou ao capitão? - isso parece agradá-lo. - Gostaria de ter visto você se rebaixar assim, Shahbanu.
Querendo seguir em frente de toda essa conversa, Louis pega a garrafa de vinho. Tirando a rolha, ele serve cada um na taça.
- Você já tomou vinho antes?
- Uma ou duas vezes. As vezes eu dividia uma taça com o velhote em ocasiões especiais.
-...Ah.
A verdade é que Louis nunca tomou nenhuma gota de álcool na vida e se sente estranhamente atrevido.
- Hehehe! - ele ri de si mesmo.
Um fugitivo, acusado de assassinato, no meio disso se sentindo "atrevido" por tomar o primeiro gole de vinho. Enquanto esvaziam as taças lentamente, Louis se sente cada vez mais ousado.
- A tripulação gosta de você, sabia.
- O quê?
- Gostam mesmo. Estão sempre me falando o quanto você os ajuda. No outro dia, um deles falou que o barco provavelmente teria afundado se você não estivesse cuidando dele.
Harry encara a taça e Louis se pergunta se não deveria ter dito nada disso, mas aí...
- Huh. Eu não sabia disso.
- Sim, porque você nunca fala com ninguém. Eles diriam essas coisas para você. Se não achassem que você arrancaria a cabeça deles.
- Huh.
Aparentemente o álcool não libera a boca do Harry, só o torna mais quieto. Quando os dois beberam mais da metade da garrafa, Louis sente isso. A cabeça se volta pro elefante que tá sempre presente e do nada, as palavras saem antes que repense:
- O Shah...
Harry fica rígido. Os olhos brancos prendendo os azuis, esperando.
- Você... Você o matou?
Harry franze o cenho.
- Você pode me falar! Depois de tudo que passamos, você--
- Eu não o matei. Eu estava indo de quarto em quarto tentando procurar uma maneira de escapar. Mas eu acabei o encontrando.
- Ele já estava morto?
- Não. Estava tentando falar e se esticou para mim. Hah, eu nem sei por que fui até ele. Ele morreu momentos depois e eu fiquei coberto de seu sangue. Estupido da minha parte.
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Wilder (l.s. AU Djinn!Harry)
FanfictionLouis Tomlinson é sobrinho de um homem importante da nobreza que viveu recluso e protegido a vida toda, num mundo onde seres chamados Djinns são escravos e os humanos são seus mestres. Louis nunca questionou nada dessa realidade, mas isso está para...
CAPITULO VII
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