Way back into love

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Dias atuais
—Mystic Falls—

O humor de Madeline havia mudado muito em relação à noite anterior. De alguma forma, Stefan conseguiu convencê-la a ficar um pouco mais naquela cidade e alguém ter se importado, significou muito para a morena. Estava há tanto sempre sem se envolver com as pessoas, sem deixar que seus próprios sentimentos evoluíssem, que tivesse uma vida. Não podia dizer que confiava em Stefan, não o conhecia bem e toda aquela situação era nova e incerta, mas ela queria que as coisas fossem diferentes. Queria se importar, confiar em alguém. Do que adiantaria viver a eternidade sem ter algo para amar? Sem ter uma vida? Ainda assim era difícil deixar seus antigos hábitos. Desde que seu filho morrera, Madeline decidiu que amar alguém era perigoso. Depois que sua vingança havia terminado, parecia em vão continuar a fingir que era uma pessoa normal, fingir que poderia ter uma vida.

Sua vida fora uma verdadeira bagunça. Em sua juventude, teve os pais mortos e foi enviada para servir a princesa em uma posição privilegiada de dama de companhia, foi lá onde conheceu o futuro rei. Nunca entendeu o porquê dele ter decido de se casar com ela, mas nunca o perguntou de seus motivos. Não era apaixonada pelo ex-marido, nunca tinha sido e nem o amado, mas a ideia de ser rainha era boa demais para se recusar. A vida não tinha sido gentil e em pouco tempo, tudo havia dado errado. Ter se transformado em vampira não ajudou a melhorar a situação, nem ao menos lembrava de quem a tinha transformado. As memórias daquele período eram abstratas, não se lembrava de muita coisa. Havia tentado prosperar e derrubar o reino de seu primeiro marido, mas mesmo assim não conseguiu tudo o que queria. Por mais que tentasse ignorar, o passado era incompleto.

Não era o tipo de pessoa que vivia em autopiedade, mas era pessimista. Esperava pelo pior, não deixava-se levar facilmente. Quando as coisas começavam a se tornar pessoais, ia embora. Não sabia quando tinha começado a agir assim, mas tinha certeza de que queria mudar. Queria importar para alguém e se importar, queria escrever uma nova história, uma que valesse a pena ser lida.

São pensamentos como esses que tiram Madeline da realidade e são pessoas como Stefan que a puxa de volta. Stefan tinha um quê de otimismo, por algum motivo quis que Madeline ficasse, que tivessem uma chance de se conhecer. Devia saber muito sobre o mundo sobrenatural, devia querer que Madeline fosse embora. Mas, por algum motivo ele não quis.

Batidas na porta fizeram a vampira despertar de seus devaneios. Não queria admitir que estava ansiosa, mas a curiosidade a dominava. Se perguntava quais eram os motivos dele para querer se envolver com Maddie, talvez não tivesse problemas em se envolver com vampiros.

Por mais que fosse vampira, estava longe de ser uma gótica, mesmo assim estava vestida em preto da cabeça aos pés. Uma calça, uma blusa regata e um tênis. Lembrava de quando os góticos estavam em seu auge, sempre achou estranho.

Não demorou para ir até a porta e abrir, se deparou com Stefan e seu belos olhos. Algo neles deixavam Madeline encantada, talvez fosse pela intensidade que o olhar carregava. Stefan estava com uma calça jeans escura e uma blusa de manga curta cinza. Parecia simples, mas ele estava bonito e continuava com seu charme.

—Você não foi embora.— fala sorrindo.

—Ainda.— disse a morena com um sorriso de canto.— Tenho que te dar uma chance antes.

Stefan era um grande cavalheiro, nunca abandonou os bons modos de sua época. Abriu a porta do carro para Madeline e ela sorriu com o ato, não era tão comum nos dias atuais. Lembrava-se da época onde deixar as mulheres passarem primeiro era uma obrigação, mas também lembrava de quando não expressar suas opiniões.

O loiro dá partida no carro e começa a dirigir pela estrada. Madeline o olhar com curiosidade.

—Pra onde você tá me levando?— perguntou.

The Vampire Queen | revisão/reescritaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora