Princesa Milena [30]

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Meu pai conversou comigo, sobre como evitará a guerra. Teremos que achar provas que minha mãe ordenou o assassinato da Família Real do Reino Norte. Isso me deixa muito preocupada. Sei que ela não pode ficar impune de tudo que fez, a ambição a fez cometer vários erros. Mas mesmo assim, ela continua sendo minha mãe. Acredito que cedo ou tarde, terão as provas. E como a Rainha Victoria é a minha mãe, farei o possível para que ela não seja morta. Me contento com tudo, mas perde-la para a morte, não quero que isso aconteça.

Antes dessa bagunça fui muito amiga do Rei Henry. A decisão para executar minha mãe, pode vir dele. Percebi que essa era a chance que eu tinha para pedir piedade.
        Fui ao palácio do Reino Norte para encontra-lo. O Henry continuava lindo e forte, apesar das dificuldades que a minha mãe o fez passar.
— Majestade. – disse a ele
— Alteza, bom te ver.
— Já faz um certo tempo. – o abraço
— Alguns anos, pra ser exato. Acredito que você não fez uma viagem longa em vão.
— Espero que um dia nossa amizade possa ser a mesma depois que eu te pedir isso, ou após os acontecimentos.
— Está tudo bem entre nós Milena.
— Não, sei que não está. Em breve você terá provas que minha mãe ordenou o ataque a sua família.
— Agente não precisa discutir sobre isso, deixe que sua mãe se responsabilize pelos erros dela.
— Eu não posso Henry. Apesar de tudo, ela é a minha mãe.
— E o que você quer que eu faça?
— Dê o julgamento que ela merece, mas não a mate. Por favor, mesmo que ela tenha que viver para sempre presa, deixe ela viver. – chorei
— Não posso me responsabilizar pela decisão que irei tomar. Você sabe que não decido as coisas de acordo com meus desejos pessoais, levo em conta as leis e o reino.
— Você é Rei Henry. Quem irá te questionar?
— Escuta Milena, tenta esquecer isso por enquanto. Evite pensar no que pode acontecer, pode ser que sua mãe não seja a culpada.
— Você realmente não a conhece.

Quando estava para sair, presenciei uma garota alcoolizada discutindo com os seguranças ao subir as escadas. Pela aparência não foi difícil identificar, era a cópia perfeita da Beatriz. A famosa princesa falecida.
— Vamos carregá-la. – dizia os seguranças
— Já disse que não é pra me tocar. Como é mesmo que eu tenho que dizer? – ela responde incapaz de lembrar como dar uma ordem.
— É uma ordem? – diz o Rei Henry se divertindo com a situação
— Isso mesmo. – ela respondeu envergonhada

Assim que tiver oportunidade irei conversar com a filha do Tio Otto e Tia Beatriz, aparentemente irei gostar muito dela.
— Majestade, obrigada por me escutar. Espero que você possa fazer o possível.
— Não se preocupe Milena, irei pensar bem.
— Agora pode chamar pelo nome? Interessante. – a princesa Heloísa implica
— Com licença. – me despeço.

ANTES DE DORMIROnde as histórias ganham vida. Descobre agora