Quarenta e cinco.

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Penúltimo capítulo 🔥

Jota 💣

Jú: Não vai...- Pediu chorando e eu beijei a cabeça dela.

Jota: Vai dar tudo certo pô, eu prometi que ia ficar contigo não foi? Sou sujeito homem rapá, eu cumpro.

Jú: Promete pra mim que vai voltar?

Jota: Prometo que independente de qualquer coisa eu sempre vou amar tu, prometo que vou voltar também.- Ela me abraçou deixando as lágrimas molharem minha camisa e eu fiquei beijando a cabeça dela.- Amo tu, preciso ir agora.

Jú: Eu te amo, volta pra casa tá!? - Me beijou.

Jota: Sempre.- Sorri e ela encostou na porta enquanto eu montava na garupa do magrin.

As várias outras motos que nelas inclusive tavam os parceiros, ligaram e saímos como combinado pro morro do dendê, onde a Sofia tava. Eles deixaram bem claro onde ela tava, como se quisesse que a gente fosse mermo, se ligou?

Os tiroa rolavam soltos, nenhuma das duas mãos saiam do gatilho, tanto a minha quando a dos meninos, estávamos ganhando a guerra, tinham vários soldados deles, mas nossa estratégia era bem melhor.

Max: Quero geral na praça principal agora, se vinherem com graça a morena morre! - Falou pelas caixas de som, olhei pro P2 balançou a cabeça.

Fomos caminhando, os tiros tinham cessado, geral tava atento mas sem atirar. Chegamos na praça principal e a Sofia tava amarrada no poste toda acabada, sem cabelo, só de calcinha e sutiã,  um lado os caras do primeiro comando e do outro os comando vermelho, bagulho parecia a terceira guerra mundial, namoral!

P2: Solta ela pô, vocês não tão afim de mim? Tô aqui.- Abriu os braços largando as armas, olhei pra ele e neguei com a cabeça mas ele ignorou.

Max: Agora é fácil falar né! - Riu.- Quando tu foi lá matar mãe, irmã de parceiro e o Beto, num pensou nisso. Tu sabe melhor do que qualquer um aqui os proceder da favela, tu gosta de cobrar mas num quer ser cobrado. Hoje vai ser ela, mas fica ligado que amanhã é tu que vai tá com a boca cheia de formiga, filho da puta! - Sacou a arma pra ela fazendo todos os outros apontarem também.

Sofi: Não faz isso.- Pediu chorando, virei a cara pra não ver e vi que o Lukas chorava calado do meu lado enquanto Cadu tentava acalmar ele.

Max: Tudo na favela é cobrado, nada passa.- Falou e deu o primeiro tiro, olhei pra lá e vi o tiro na cabeça, em seguida os outros dele começaram a descarregar a arma no corpo dela que não tinha vida mais.

Eu atirei logo na cabeça dele fazendo ele cair e meus soldados começarem a guerra novamente...

{...}

Minha mulher me abraçou chorando pra caralho, abracei ela de volta beijando a cabeça dela.

Jota: Pode crer que se eu pudesse passar tua dor pra mim eu passava, namoral.- Falei baixo.- Odeio de ver assim, cara.

Jú: Ela era inocente no meio de toda essa história, ela só queria realizar os sonhos, só queria ser feliz.- Me olhou.

Jota: Infelizmente é isso pô, nosso dia-dia! Quem não tem nada a ver é cobrado por culpa dos envolvidos, por isso que eu mermo quando tenho vontade de fazer alguma coisa com os inimigos eu penso em tu e na cria.- Ela fechou os olhos e eu puxei ela de volta pro meu peito.

Jú: Obrigada por cumprir tua promessa.- Falou baixinho.

Jota: Eu nunca vou te abandonar, morena.

Lá No Morro 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora