Capítulo 7

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"Duas pessoas ungidas pelo amor tornam-se uma sociedade. Juntas, dividem as tarefas e duplicam os resultados. Se uma cai a outra levanta; se uma fraqueja a outra renova as forças. São duas aves sob o mesmo céu, guarnecendo uma à outra, voando unidas rumo ao mesmo norte!"

Inácio Dantas

Acordei ainda grogue de sono e fui ao banheiro. Escovei os cabelos enquanto tentava lembrar o que havia sonhado. Terminei de fazer minhas higienes e fui para o quarto olhando pela janela aquela linda manhã que se iniciava. Só pude notar essas coisas tão simples porém tão belas depois que o conheci. Depois que conheci a Jesus. Então todo esforço por Ele valia pena.

-Obrigada. -Sussurrei para Deus.

Ganhei forças e arrumei minha cama.

Me arrumei e tirei o versículo do dia, que dizia o seguinte:

"Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo."

Efésios 6:11

Se era assim, eu ia me entregar de verdade, dar o meu melhor, ia me revestir da palavra. Levantei e fui tomar café da manhã. Depois fui levada a escola e entrei na sala.

Era aula de história.

Me sentei e as pessoas foram chegando aos poucos. A aula se desenrolou sem muito tempo de sobra para conversar.

O sinal bateu e Benjamin disse:

-Tudo bem?

-Uhun, e com você?

-Estou bem. Parece preocupada.

-É só o negócio de filosofia. Me deixou um pouco nervosa.

-Entendi. Se precisar de qualquer ajuda eu tô aqui tá bem? -Disse ele.

Sorri e disse:

-Obrigada. Digo o mesmo.

Clara virou para trás e disse:

-Tem pistas de que é a pessoa que você tirou?

-Não. -Neguei.- E você?

-Acho que já sei quem é o meu. Se não for essa pessoa então não sei.

-Você pode tentar ouvir a conversa dos outros. -Sugeriu Benjamin.

-É. -Respondi.

Agora era aula de português e o professor nos pediu para produzir um conto. Comecei a fazer mas logo o sinal do intervalo soou. No refeitório, nos sentamos ao lado de outras pessoas da nossa sala. Era a minha oportunidade. Apurei os ouvidos.

-Eu assisti aquela série lá Hugo. -Disse Kely.

-O que você achou? -Perguntou Hugo.

-Legal.

-Eu já terminei ela, estou assistindo uma agora chamada House.

-Ah, eu já ouvi falar! -Disse Kely.

House, House, House, precisava me lembrar desse nome. Poderia ser uma pista. Eu já estava começando a parecer uma espiã.

Pouco tempo depois o sinal bateu.

Voltei para sala e escrevi meu conto, que Benjamin pediu para ler.

Enquanto eu lia o dele, ele lia o meu.

-Você escreve bem, muito bem. -Elogiou.

-Obrigada, mas eu sei que diz por educação.

-Ei! Eu não estou dizendo por educação, estou sendo sincero. Gostei da leitura.

Qual é o seu Norte?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora