Justin com toda certeza estava muito ferrado.
Eu já havia bebido muito mais do que eu deveria, ainda mais nesta situação na qual me encontro. Podia ser visto de longe a preocupação na qual Justin estava depositando sobre mim, só temos um problema, ele quem me trouxe para cá.
— Eu duvido você beber 3 copinhos desse belo whisky em menos de 15 segundos. - disse Ryan tentando despertar meu pior lado de alcoólatra.
— Fácil, pode começar a cronometrar.
— 1, 2, 3, 4, 5, 6 , 7 , 8...
— Tá legal já chega, vamos embora Caitlyn. - chegou Justin interrompendo toda a diversão.
— Está vendo meninos, ele acha que é meu pai!
— Para de ser criança Rivers, você sabe que tem um longo dia amanhã.
— Se eu sei porque você está enchendo minha paciência Bieber?
— Porque parece que você esqueceu.
— Dá um tempo vai, você já fez muita merda, não precisa continuar o processo. - eu estava sendo cruel, mas eu queria tanto continuar ali e esquecer tudo que nem podia se quer me controlar.
— Tá legal, perdi minha paciência. - ele me pegou pelo braço e me levou até o canto do Pub. — Você me chamou para sair, eu tentei te ajudar, mas agora percebi que seu problema é maior do que eu pensei, e você não está sabendo lidar com ele.
— Cara, o problema é meu, eu resolvo ele da maneira que eu bem entender.
— Só que você não está resolvendo nada Caitlyn, tá só fugindo, igual uma pequenina mimada, na qual eu sempre te chamei, estou vendo que sempre estive certo.
— E você quer que eu faça o que cara? - confesso que deixei a emoção tomar conta de mim nesse momento, meus olhos se encheram de lágrimas, e meu coração apertou-se como nunca.
— Quero que você saia daqui comigo, chegue em casa, tome um banho, durma e amanhã pense melhor em tudo o que você deseja fazer, mas não haja com impulso, igual eu já fiz com você.
— Cadê o Justin Bieber e o que você fez com ele? - eu estava realmente espasmada pelo modo em que ele me aconselhava, não imaginava que Justin era assim.
— Eu disse que você não me conhece pequena.
— Ok, eu faço o que você pediu, mas eu não posso dormir no meu quarto de hotel.
— Você pode ficar no meu, desde que não tente se aproveitar do meu corpo sarado. - ironizou ele.
— Quando eu era sua fã até desejaria isso, mas felizmente me livrei deste mal.
(...)
— Justin, eu não estou conseguindo dormir! - disse o acordando, ele estava dormindo no chão, tadinho.
— Conta carneirinhos Caitlyn.
— Você tá zoando né?
— O que quer que eu faça? - falou ele sem se quer abrir os olhos.
— Quero que você cante para mim.
— Agora é você que está me zoando! - finalmente o mesmo abriu os olhos.
— Eu to falando sério, quero que cante para mim. - levantei-me e fui pegar seu violão que estava no canto do quarto.
— UMA musica Caitlyn, somente uma!
— Ok, quero que cante One time.
— Você não enjoou dessa musica não? - perguntou ele revirando seus olhos.
— Nunca! Ela sempre vai ser minha preferida!
— Ok...
O mesmo sentou-se no colchão no qual estava deitado, pegou o violão de minha mão, e olhou para mina antes de começar a cantar, como se perguntasse se eu tinha certeza.
Sua voz começou a ecoar sob meus ouvidos, era evidente sua evolução vocal, mas o que mais me chamou a atenção era o momento no qual eu estava vivendo. O cara que eu sempre admirei estava ao lado de mim cantando minha música preferida.
Um sentimento estranho surgiu dentro de mim, não sei o que é ao certo, mas é estranho, meu coração parece que vai sair pelos lábios.
— Eai, gostou? - perguntou Justin ao terminar de cantar.
— Eu.... - com certeza minha voz não saia, por mais que eu tentasse.
— Que foi? Você tá estranha?
Percebi que os olhares começaram a se cruzar. Meu coração gelou, finalmente eu comecei a entender o que eu estava sentindo, e não, isso não pode acontecer!
— Eu achei que você desafinou algumas vezes.
— Faz melhor então!
— Não, tenho que dormir, tenho um grande dia amanhã!