O Diário dos 12 guerreiros (Livro 1) (Sendo Editada)

Sentença de morte

Vocês conheceram a história do passado, agora está na hora de conhecer a atual história.

Nesse novo tempo, os gêmeos possuem os nomes Miro e Minaco. Eu poderia dizer que ambos nasceram e viveram suas vidas bem até o dia prometido, mas, bom.... Seria uma grande mentira.

As coisas já começaram ruins desde seus nascimentos, onde ambos nasceram quase mortos. Quando todos acharam que não tinha salvação, o príncipe e a princesa do mundo espiritual desceram para Paraíso e falaram que iriam emprestar parte de sua essência, em forma de alma, para que ambas crianças voltassem a vida. Explicaram que isso só seria possível porque seus corpos não tinham perdido a vida. Em outras palavras, eles estavam vivos, óbvio, senão eu não estaria contando a história.

Foi uma grande festa em comemoração ao nascimento bem-sucedido, mas ninguém imaginava que Trevas já havia ressurgido anos antes deles e estava aprontando mundo afora, destruindo a vida dos guerreiros da profecia antes mesmo que começassem. Mas esse ainda não é o momento de falar sobre ela, e sim sobre o que aconteceu nos 5 anos que se passaram, até algo muito cruel acontecer.

Miro era uma criança de pura inteligência e possuía muitos aspectos de Afuro, seu "eu" antigo, enquanto Minaco era "meio" desastrada e cruel com suas funções o que logo acabou atraindo atenção negativa para si, fazendo com que muitas pessoas do reino ou sentissem raiva ou medo da menina. Diferente de seu irmão, ela não teve uma infância cheia de amigos, sorte que ambas crianças se davam muito bem. Quando ela chorava, ele estava lá e vice-versa, um amava o outro. Miro até conseguiu fazer com que Minaco tivesse dois amigos que vieram a ser especiais para ela, assim como seu irmão; a filha do general chefe, Lua e o filho do sumo sacerdote, Ceu. Tirando eles sua convivência se restringia a poucas pessoas.

Quando os gêmeos estavam para completar 5 anos, seus pais decidiram fazer uma festa em comemoração. Pediram para que arrumassem todo o salão de festa e mandaram dizer a todos do reino de Paraíso que estavam convidados. Os gêmeos ficaram muito felizes e esperaram ansiosos pelo dia, mal sabiam que depois disso nada seria igual para ninguém.

Dias se passaram, e o grande momento chegou. Pessoas não paravam de passar pelo grande portão do palácio. A festa rolou animada até a hora dos presentes. A rainha entregou nas mãos de sua filha mais velha, Aura, dois cordões: um com um pingente em formato de lua e outro em formato de sol, e ela passou um dos cordões para a segunda filha, Yue, para que colocassem nos gêmeos, e assim o fizeram, colocando o sol em Minaco e a lua em Miro. E a rainha comunicou que os cordões eram Tesouros Sagrados que iriam protegê-los, pois eram seus respectivos guardiões. Quando terminou sua frase, algo inesperado aconteceu: todas as janelas do salão se quebraram e, entrando por elas, criaturas em formas de sombras.

Pessoas e seres mágicos começaram a correr, pois onde as criaturas das sombras tocavam, virava pedra, seja vivo ou não, e como se não pudesse ficar pior, logo atrás das criaturas se encontrava Trevas, uma figura aterrorizante envolta em nuvens negras procurando pelas duas crianças.

O rei e a rainha, em um movimento rápido, pegaram as crianças e foram a caminho do santuário onde Trevas não poderia entrar. No meio do caminho, Minaco teve um vislumbre de visão em que seus dois únicos amigos de Paraíso precisavam de sua ajuda.

Seus pais disseram que não tinham tempo e que deveriam ir logo para o santuário, mas a menina bateu perna e falou que não iria sem os amigos. Vendo que não tinham alternativa, eles se separaram.

O rei iria com Minaco atrás de Ceu e Lua, enquanto a mãe levava Miro e as irmãs para o local sagrado. O menino teimou que não queria ficar longe da irmã mais nova, mas acabou indo junto da rainha.

Minaco encontrou os amigos no momento exato em que uma das criaturas os estava envolvendo e os transformando em pedra. Então em um levantar de mãos, ela jogou um feitiço de luz fazendo com que a criatura sumisse.

Parte boa: não havia mais nenhuma criatura e seus amigos estavam meio petrificados, mas salvos. Parte ruim: o feitiço chamou a atenção de Trevas, o grupo não tinha saída. O rei, em um pensamento desesperado, teleportou todos para o santuário, grande erro, pois isso enfraqueceu sua proteção.

Chegando lá, Miro e as irmãs mais velhas tentavam despetrificar as outras crianças enquanto Minaco ficava nos braços da mãe. Quando tudo parecia estar indo bem, o selo do santuário foi quebrado e Trevas entrou em sua forma humana. Vendo que não tinham outra opção o rei e a rainha foram lutar contra a criatura, enquanto as crianças desesperadas tentavam salvar logo seus amigos e fugir. Minaco olhava fixamente a luta de seus pais contra o grande ser maligno à sua frente.

Receio em dizer que as coisas não acabaram bem. À sua frente, Minaco viu seus pais serem decapitados e a cabeça de sua mãe rolar para perto de si. A menina entrou em colapso, poder emanava de seu corpo, mas ela permanecia parada, como em um vazio. A escuridão aproveitou esse momento para tentar lançar um feitiço, mas para o azar dela, o menino Miro entrou na frente do feitiço, logo depois puxando a irmã para perto das outras crianças.

Yue criou um escudo para atrasar a passagem da escuridão, Aura, por sua vez, falou para Miro que iria mandar ele e a irmã para a Terra e que separaria os dois.

O menino não aceitou a ideia de jeito nenhum, mesmo ela dizendo que Trevas os acharia se ficassem juntos. Então, Aura virou para a irmã mais nova, que por conta do choque não parecia estar ao menos viva, apagou as memórias da menina e depois abriu um portal. Miro tentou sem sucesso segurar a mão de sua gêmea, mas os portais separaram ambos, no momento certo em que Trevas destruiu o escudo e transformou as 4 crianças restantes em pedra, logo desaparecendo em um ato de fúria por deixar os gêmeos escaparem.

E a história real começou nesse momento.