30 • Eu mato, não salvo.

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Rivânia foi esperta ao sequestrar a Borelli mais nova e usá-la como ponte para chegar a Kênia

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Rivânia foi esperta ao sequestrar a Borelli mais nova e usá-la como ponte para chegar a Kênia. Enviou suas coordenadas exatas para o número de Rico, deu ordens explícitas a serem seguidas, igualmente fases de um jogo. Kênia teria de ir sozinha ao encontro, sem armas, sem aparelhos de escutas, sem comunicação.

Rico não aceitou de primeira, Petrus e André muito menos. Os três discutiram táticas, soltaram ordens para seus homens que espalharam-se por Los Angeles. Petrus ligou para seu contato na polícia que emitiu um alerta de busca, Kelly hackeou todas as contas, cartões de créditos de Rivânia para saber todos os seus últimos passos. Invadiu as câmeras de trânsito da cidade, vasculhou minuciosamente a trajetória de Rivânia por toda a Califórnia. Nada passaria despercebido.

— Eu não vou deixar que ela saia sozinha! Ela não é confiável! — Rico grunhiu. Kelly bufou.

— E o que vai fazer? Esperar que a polícia a encontre? Ou teus homens? — indagou com sarcasmo.

— É o mais sensato a se fazer. — murmurou, ranzinza. — Ela devia estar morta! Dei uma ordem para matá-la mas...

Kelly semicerrou os olhos, tentando entender as intenções do chefe.

— Por que mandaria matá-la? Rivânia pode ser uma praga nesse mundo, mas trás muito dinheiro pra você.

— Dinheiro algum vale essa dor de cabeça que ela está me fazendo ter.

Kelly riu em nervosismo, não tinha tanta intimidade com Anelise, nem conhecia alguém que tinha além dos irmãos e sobrinhos, era uma menina problemática e antissocial, mas protegia aquela família com sua vida, e faria o que estava ao seu alcance para trazê-la de volta.

— Tenho uma ideia... — balbuciou de frente ao Borelli, que tratou de erguer as sobrancelhas.

— Qual?

Ela sorriu abertamente.

— Que tal cobrar uns favores da marinha?

Ele rolou os olhos em seguida, negando.

— Não. — respondeu de forma rápida. — Cobrar favores está fora de cogitação.

Kelly cruzou os braços sobre o peito, usava um de seus vestidos curtos de alças finas e corte lateral. Uma mulher com um corpo invejável, os longos cabelos loiros encaracolados batiam pouco a cima da bunda.

— Não seja teimoso! — insistiu. — Se fosse minha irmã em perigo, obviamente eu optaria por confiar de olhos bem fechados em Kênia.

— Mas não é. — rebateu.

— Não. Não é. Por isso não entendo por que estou aqui. — comentou. — Lido com números, com tecnologia e não com resgate. Me lembre quando foi exatamente o momento que passei de contadora à assistente pessoal.

Rico forçou um sorriso.

— Você e Kênia só podem ter nascido no mesmo ano, mês, dia e hora. Não é possível como podem ter tanto em comum e nem ao menos terem se conhecido em outra vida. — analisou curiosamente. — Isso é estranho.

O Grande Rico Borelli. - I Onde as histórias ganham vida. Descobre agora