Caio narrando.
Só pode ser louca mesmo, mentir pra mim?!
essa filha da puta tá de tiraçao, achou que eu ia chegar metendo porrada na Ágata sem escutar a historia.
papo reto, nao tem porque a Ágata mentir, acredito nas palavras dela de olhos fechados! mas amanha vou tirar essa história a limpo com quem tava presente no momento.
estacionei a moto na frente de casa, boladao...
entrei e a Andressa tava no quintal, chorando com o celular na mao, quando me viu veio me abraçar.
sonsa do caralho!
peguei o capacete e meti na cara dela.
Caio: filha da puta, achou que ia mentir e ia passar batido? -Falei empurrando a mesma e colocando o dedo na cara dela. -Sou moleque nao sua arrombada. -Falei batendo com o capacete nas costas dela, enquanto ela tentava correr entrando.
Andressa: Eu menti porque foi preciso, você nunca ia acreditar em mim mesmo.
Caio: Foi fazer o que na porta da casa dela, foi arrumar treta? tú gosta de uma treta né, sua filha da puta -Falei puxando ela pelos cabelos
Andressa: PARA CAIO, PARA. -Falou gritando. -MANUUUU, MANUUU. -Começou a gritar nossa filha, essa vagabunda sabe que nao encosto um dedo nela, quando minha filha tá presente.
Caio: Chama ela nao caralho. -Falei empurrando ela e prensando a mesma na parede pelo pescoço.
Andressa: Eu... euu...tô..t.. se..sem.. arrr. -Falou com a voz falha, soltei a mesma e ela correu subindo as escadas.
Fui atrás.
cheguei lá ela tinha corrido pra se esconder no quarto da Manu.
que mulher filha da puta, abri a porta e tirei ela de lá pelos cabelos, a Manu dormia!
ela chutou a porta e a menina acordou assustada.
Manu: Papaii -Falou chorando, assustada.
Larguei ela ali e fui pro meu quarto, bolado....mt boladoo!
tomei um banho de água gelada, puro gelo. nem isso resolveu.
sai com a toalha na cintura e a Andressa tava na cama chorando, segurando o braço e passando a mao no rosto.
Andressa: Caio, nao me machuca por favor. Me leva pro hospital, eu tô a madrugada inteira chorando, com dor, desde quando cai. Inchou muito. -Falou mostrando o braço e só aí eu fui perceber que tava enorme de inchaço, e todo roxo de sangue preso.
Caio: Se arruma. -Falei curto e grosso.
virei as costas e fui no quarto da Manu, ela tava deitada com a mamadeira na boca, assistindo Dora aventureira no Tablet da Barbie que ela tanto me pediu.
Fui até ela e dei o maior beijao naquela bochecha toda babada, com aqueles olhinhos pequenos, pele clara, cabelos castanho, a cara da mae dela, papo reto.
mas até o jeito que ela se mexia, se movimentava, falava, era tudo igual a mim.
tudo!
é inexplicável um amor que o pai sente pela filha, pprt.
nao tem nada igual.
Manu: papai... a mae disse que a gente vai embora. -Na hora que ela falou aquilo me bateu a maior neurose.
na hora a Andressa entrou no quarto, vestida com outra roupa, e segurando o braço.
Desci as escadas na frente dela, e liguei pro mano Éder.
ele já sabia pra o que era.. Parou o carro na calçada
Andressa: a gente nao vai levar a Manu? tá doido de deixar ela sozinha?
Caio: quem disse que eu vou? quem tá com dor é você, nao eu! Eu vou ficar com ela. Vai lá. -Ela tentou relutar mais eu encarei ela firme. Ela fechou a boca na hora e entrou no carro.
Dei 500 reais pro Éder, nunca se sabe do que ela vai precisar, e pode pa que se precisar de mais, era só dar um salve.
Voltei pra dentro de casa, a Manu tava sentada na escada coçando os olhos e chorando.
Caio: Que foi? -Falei pegando ela no colo.
Manu: eu plensei q tinham me deixado, soxinha. -falou errado algumas palavra com a lingua enrolada.
beijei a testa dela e ela deitou a cabeça no meu ombro
fui no quarto dela e abri o guarda roupa e peguei qualquer roupa lá, joguei tudo dentro de uma bolsa que ela tinha da Galinha pintadinha.
Manu: aonde a gente vai? -Falou olhando tudo.
Caio: bora dormir fora. -Falei colocando ela no chao e ela puxou a mochila da minha mao, enfiando a chupeta e mamadeira lá dentro.
puts.... sorte que ela lembrou, eu ia esquecer!
entramos no carro e coloquei ela na cadeirinha atrás.
Sai com o carro nao muito rápido, correr perigo com minha filha nao é bom!
