Capítulo 15

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Scott

Não sei o que fiz de certo no mundo para merecer minha Lindinha, mas recebo esse presente feliz. Estar com Olivia deu um novo significado para felicidade, sempre zombei de poetas por escrever sobre o amor, e aqui estou eu bebendo desse sentimento.

Às coisas não são fáceis, há pessoas tentando destruir minha felicidade e viver a deriva sem saber em quem confiar torna tudo pior. Não é mais seguro confiar na sorte, posso ser bom em executar meus inimigos mas não sou imortal, preciso estar vivo para proteger minha mulher. O sentimento de impotência é amargo como ferro em minha boca.

Em nossa estadia em Nova Iorque fiz arranjos para que o apartamento fosse integrado com segurança de alto grau. Desde o primeiro ataque já tinha câmeras instaladas nos corredores com acesso direto ao meu telefone, providenciei um alarme silencioso onde em poucos minutos uma equipe da SWAT chegaria se necessário. Lógico, Olivia não sabe disso ou teria se oposto às medidas de proteção.

Ela é teimosa e confiante.

E será minha esposa, esse não é o momento certo para propor mas não vai demorar até que ela encontre a caixa de veludo contendo um anel que comprei algumas horas antes enquanto Julie a levava para comprar suvenires da estátua da liberdade.
Não faço ideia de como Ethan conseguiu que minha Liv descrevesse o anel que desejava mas ele conseguiu, e a pequena jóia queima em meu bolso neste momento.

Recebendo o frio gélido de Boston pago o taxista pela corrida e puxo Olivia adormecida para meu colo. O remédio para dormir fez efeito tardio no vôo e meu coração é fraco demais para acorda-la de um sono tranquilo.
Carrego minha garota no elevador sentindo sua respiração quente contra minha jaqueta.

O corredor iluminado com luzes bruxelantes dá um aspecto sombrio para o prédio. Um prédio antigo gênio.
O som das minhas botas batendo no piso, insetos batendo na lâmpada. Fui treinado bem demais para ignorar o frio na espinha que sinto agora.

Não estou sozinho.

Tirar minha arma da cintura colocaria Olivia em risco e a mulher dormindo em meus braços vale mais do que tudo para mim. Continuo caminhando até chegar a porta certa.

-Quero ver o rosto do meu próximo cadáver.

Minha voz ecoa e pendura um tempo até a silhueta de um homem sair de encosto da parede, o rosto inexpressivo e roupa preta não são um bom sinal. De onde estou posso enxergar uma cicatriz que corre sua bochecha esquerda até a orelha.

-Vai me matar segurando sua namorada Olivia Collins? Aliás, como foi sua visita a Nova Iorque? Carter's são uma família muito bonita não acha?

Guardo minha preocupação não deixando transparecer o quanto fui afetado por sua fala.

-Muito bem informado, sabe quantos centímetros tem o meu pau também?

Preciso proteger Olivia.

-Não maior que o meu aposto, não estou aqui para causar danos Harris, leve sua namorada para cama e teremos uma conversa.-diz retirando um distintivo-Detetive Bennett.

Detetive?

-Eu também tenho um distintivo e ele custou nove dólares na internet, se quiser sair respirando terá que ser melhor do que isso.-digo passando a mão sobre minha arma na cintura.

RevancheOnde as histórias ganham vida. Descobre agora