Eu

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Renascido de minha própria casca.
Renascido de minha própria dor.
Esse sou eu.
Criei coragem ao longo do tempo.
Tornei-me destemido a partir do momento que, inconsciente, deixei a minha vida passar.
Não temo nada; só temo abaixar novamente a cabeça e perder o controle de minha mente mais uma vez.
Fora isso, não temo. Não devo ter medo do futuro que estar por vir.
Por que temer?
Por que não viver?
Devo temer ou devo viver?
Se eu temo, eu não vivo.
Se eu vivo, eu não temo.
Tive de escolher.
Enquanto a mim, continuarei...
Eu sou aquele desconhecido que você vê e nem sabe o que dizer... Porque eu não te chamo a atenção; nunca chamarei. A verdade nunca fez você me olhar diante de tanta hipocrisia.
O falso e o transparente te chamam a atenção. Eu sei.
Eu já fui assim.
Hoje, preocupo-me com você. Obriguei-me a mudar, senão a vida continuaria a me cegar.
Fora tantas verdades, ainda tenho um pouco de amor. Um amor que tive de guardar pra mim, pois nunca o recebi. Um amor que eu mesmo fabriquei com aquela dor que alguém um dia me destes, mas que já passou. Se eu sinto dor, eu não vivo. E eu? Eu quero viver. Viver assim, cercado de amor. Amor imensurável.

MetamorphoseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora