A ILHA DOS ELEMENTOS

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– Aonde estamos? Como vamos saber chegar lá? – Perguntou Kiera assustada para as alta-damas.

– Estamos chegando nos limites do nosso reino princesa – afirmou a alta-alta-dama dos quatro elementos, embora Kiera mal pudesse vê-la, ouvia bem a sua voz.

– E não vamos cair para o reino humano? – Perguntou Kiera assustada segurando as rédeas de seu cavalo.

– Não, não se preocupe princesa, ainda não estamos no limite – disse a alta-dama com a voz calma e doce que fez Kiera se acalmar imediatamente.

Elas cavalgaram por essa névoa grossa por um bom tempo, Kiera perdera totalmente a ideia do quanto, não via sol, lua, não via se estava dia ou noite, somente o nevoeiro firme em sua volta.

– Eu estou com medo – afirmou ela baixinho.

– Não precisa ter medo da natureza princesa Kiera – disse uma das altas-alta-damas, ela não conseguia ver quem, sentira vergonha agora, não tinha a intenção de ser ouvida por elas, não queria parecer fraca diante de suas novas tutoras.

– Não tenho... – Mentiu ela.

Finalmente, o nevoeiro começou a se dissipar, o coração de Kiera se acalmara finalmente, ela conseguia já enxergar a grama verde nas patas do seu cavalo e a luz do sol brilhando diante das últimas árvores que agora passavam, era dia ainda, mas como era possível? Pareciam ter cavalgado por muito tempo e já estava quase chegando à noite antes de entrarem no nevoeiro.

– Chegamos princesa – disse a alta-alta-dama quando se aproximaram de um campo verde e brilhante, o sol parecia mais forte, mas não queimava a sua pele diretamente e nem doía à vista, à frente do campo apenas um grande rio branco, ele parecia não ter fim, Kiera viu com excitação que se tratava literalmente de um rio de nuvens.

– Aonde é a ilha? – Perguntou Kiera quando desceram de seus cavalos.

– Depois do rio – disse a alta-dama puxando o capuz de suas vestes para cima.

– E como vamos chegar lá? – Perguntou Kiera surpresa.

– Como atravessamos qualquer rio – respondeu ela antes de parar na beira do rio misterioso, as outras alta-damas pararam todas ao seu lado, as mãos para baixo e rentes ao corpo foram se abrindo aos poucos.

– Leranori nezmirneianez opjerjerziuno – disse a alta-alta-dama do ar.

No começo, Kiera não via nada, apenas o rio de nuvens brancas com um leve nevoeiro em cima dele, mas então viu quando quatro barcos se aproximaram, aparentemente sendo puxados sozinhos com remos aos seus lados e vindo em direção as alta-damas lentamente.

– Uau, como fizeste isso? – Perguntou Kiera chegando agora perto para admirar os barcos chegando.

– Magia antiga – disse a alta-dama do ar.

Quando os barcos chegaram nas margens do rio, primeiro as alta-damas colocaram os cavalos dentro de alguns deles, os animais pareciam estranhamento confortáveis e treinados, mesmo o seu, que nunca havia feito aquela viagem como ela, que ela soubesse pelo menos.

Depois que as alta-damas se acomodaram, restaram apenas em terra a alta-dama dos quatro elementos e Kiera, que estava ansiosa por entrar no barco.

– A partir daqui deixará o nome de sua casa, seu título, suas conquistas passadas e receberá seu treinamento como uma feiticeira – disse a alta-dama em um tom mais sério que o habitual. – Kiera da casa Deraleziu, repita comigo se aceita ser uma das nossas, Urgmu nezgur jerle no derajer jerjer.

– Urgmu nezgur jerle no derajer jerjer – disse Kiera sem jeito e com uma pronuncia falhada.

– Muito bem-disse a alta-dama, as outras alta-damas e os cavalos agora já haviam sumido no rio de nuvens. – Bem-vinda.

A Ilha dos elementos (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora