Que ódio!

- Camila - ouvia meu nome repetidas vezes, Nanda tentava me chamar - Camila? Amiga, você tá bem? Sua mão está sangrando, para de chorar e me conta, acorda Camila!

Soluçava muito enquanto sentia as lágrimas caindo sobre meu rosto, agora pálido.

Senti me colocarem no colo, nem olhei quem era só pus minha cabeça em seu peito e chorei mais decepcionada comigo mesma.

João Pedro me colocou na maca, agradeci o mesmo e olhei envergonhada para Cinthya, a enfermeira da escola.

Disse que com o impacto torci alguns dedos e cortou com a quina do armário. Pôs uma tala gessada na minha mão esquerda mas pediu para que eu fosse no médico para ver se estava tudo bem mesmo.

*Camila off*
*Gustavo on*

Saí da salinha assim que tocou, fui no banheiro tirar a mancha de batom que a putinha da Kate tinha passado na boca.

Me esbarrei com Laura no caminho e passei o braço por seu pescoço rindo dela que tentava sair.

Quase que não entramos na sala, professora chata do caralho.

-

Até que a Kate é gostosinha, peguei ela na salinha dos funcionários, rebola bem só não tem onde pegar. - falei para Laura.

- Tu é ridículo, ela tem a idade da Luana pô.

- Idai fia, Luana já deve fazer isso com teu cunhado também.

- Que nada, tem coragem não.

- Chega perto que eu vou tirar uma foto, só para não perder a classe né gatinha - rimos e ela chegou mais perto de mim.

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Gustavo Oliveira

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Paty da favela ❤

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- Você viu a Camila hoje? Deve ter quebrado a mão com o murro que ela deu no armário.

- Ela tava cheirando pedra né? Só pode ser doida, tá muito estranha comigo.

Voltamos a "prestar" atenção na aula porque a professora chamou atenção, desgraçada.

*Gustavo off*
* Camila on*


Fui para sala depois, expliquei ao professor onde estava e ele me deixou entrar, sentei na minha carteira e lá fiquei.

Nanda virou preocupada querendo saber o que tinha acontecido mas não falei nada.

No final da aula fui direto para a entrada da escola, as meninas ficaram me enchendo até saberem o que tinha acontecido, mas me mantive calada.

Colocaram Gustavo na minha frente e ele só percebeu que não era drama quando viu minha mão engessada.

- O que aconteceu Mila? - ia tocar em meu rosto, mas virei rapidamente o impedindo de me tocar.

- Meu nome é Camila, Gustavo.

- É, pra me chamar de Gustavo foi sério o negócio, fez algo e se arrependeu? - disse se aproximando cada vez mais.

- O que será que eu fiz né? Seu idiota, eu vi você ficando com a vagabunda da Kate na salinha de limpeza - olhei para a mesma que ficou assustada - Pois é, essa cachorra estava rebolando em cima de você enquanto eu estava preocupada atrás de você! Será que não dá para gostar de mim, finge pelo menos caralho. - parei colocando minhas mãos sobre meu rosto, limpando as lágrimas - Mas você só me ignora, veio falar comigo porque a Nanda foi atrás de você, depois que eu te der não vai nem se quer olhar para mim. EU GOSTO DE VOCÊ, seu otário! - cuspi as palavras que estavam guardadas e me sufocavam.

- Primeiro abaixa o tom de voz que eu não sou seu pai não, a gente não tem nada e aposto que depois disso é agora que não vou querer ter algo com você, se você tem rixa com ela o problema já é seu, e pode parando de chorar que você não tem mais 8 anos.

- Eu grito mesmo que é para todos saberem o cachorro que você é, eu me arrasto por vocês todos os dias Gustavo, porra, eu quero você não entende? Eu vou chorar até quando eu quiser, não é você que gosta de ficar com crianças? - nessa hora, ele pegou em meus braços apertando fortemente, gemi de dor exprimindo meus olhos.

- Calma aí galera, cheia das emoções esses jovens né Juvenal - o professor de educação física se intrometeu, tirando Gustavo de perto de mim - Tá bem, gracinha? - assenti apertando a alça da minha mochila - O que é isso, Guga? Essa foi a educação que te dei? Mas respeito com as meninas né camarada.

Vi Seu Carlos do outro lado da rua e corri para lá, não aguentava mais vê a cara daquele idiota.

Pedi para ele me deixar no Hec - hospital da criança e do adolescente - hospital que minha mãe trabalha.

O médico falou que estava tudo bem e que minha mãe precisava engessar todos os dias e limpar para não infeccionar.

Continua...

A filha do dono do morroKde žijí příběhy. Začni objevovat